O Papel das Religiões no Mundo
Por: eduardamaia17 • 3/4/2018 • 1.728 Palavras (7 Páginas) • 382 Visualizações
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manifestações culturais e religiosas. Além da Índia, tem um grande número de seguidores em países como, por exemplo, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka e Indonésia.
Aqueles que seguem o Hinduísmo devem respeitar as coisas antigas e a tradição; acreditar nos livros sagrados; crer nas divindades; persistir no sistema das castas (determina o status de cada pessoa na sociedade); ter conhecimento da importância dos ritos; confiar nos guias espirituais e, ainda, acreditar na existência de encarnações anteriores.
O nascimento de uma pessoa dentro de uma casta é resultado do karma produzido em vidas passadas. Somente os brâmanes, pertencentes as castas "superiores" podem realizar os rituais religiosos hindus e assumir posições de autoridade dentro dos templos. Os hindus são politeístas (acreditam em vários deuses). São os principais: Brahma (representa a força criadora do Universo); Ganesha (deus da sabedoria e sorte); Matsya (aquele que salvou a espécie humana da destruição); Sarasvati (deusa das artes e da música); Shiva (deus supremo, criador da Ioga), Vishnu (responsável pela manutenção do Universo).
BUDISMO
O budismo nada mais é do que uma filosofia, uma religião, que é fundamentada nos ensinamentos de Sidarta Gautama, conhecido popularmente apenas como Buda. Este nome significa ‘O Iluminado’, e compartilhou seu conhecimento com o objetivo de ajudar os seres de forma espiritual, condicionando a mente para que possa transmitir sabedoria, paz, serenidade, alegria e liberdade, alcançando assim o fim do sofrimento, o Nirvana.
As escolas budistas variam sobre a natureza exata da canonicidade e da importância de diversos ensinamentos, sobre a natureza exata do caminho da libertação e também de suas práticas. Podemos dizer, que são três bases das práticas e dessas tradições, chamadas de Três Joias. O primeiro é Buda, considerado o mestre dessa religião, a comunidade budista, chamada de Sangha, e os ensinamentos que se baseiam nas leis do universo, o Dharma. O que diferencia um não budista de um budista é o encontro nas Três Joias de um refúgio espiritual, além da renúncia convencional de vida secular para se tornar uma monja ou monge.
No budismo, a sabedoria, o conhecimento e ainda o intelecto possuem grande destaque, e com a prática, os seus seguidores passam a adquirir a tão esperada paz interior. Essa filosofia surgiu há cerca de 2.500 anos e rapidamente se espalhou pela Ásia, China, Coreia, Ásia Central, Índia, Myanmar, Japão, Vietnã, Sudeste Asiático, Sri Lanka e Tibete. Atualmente, adeptos do budismo podem ser encontrados por qualquer parte do planeta.
XINTOÍSMO
O Xintoísmo é a única religião que pode ser considerada genuinamente japonesa, tendo origens mesclando-se com a do próprio povo japonês. Há dois milênios percebe-se sua predominância no misticismo do país. A denominação adaptada do chinês xin-tao, que significa "via dos deuses", só foi aceita por volta do século XI, embora muitos utilizem o termo kami-no-michi, com a mesma significação.
Ao contrário do Budismo, de origem indiana e influência chinesa, o Xintoísmo é dominante apenas no Japão, embora sua prática não exija o abandono ou recusa de outras formas de manifestação de crença religiosa. Não se trata de uma crença exclusivista, pois convive pacificamente e até complementa-se com outras religiões.
Muitos estudiosos nem consideram o Xintoísmo uma religião, devido ao fato de não terem sido criados códigos de leis explícitas, filosofia escrita e definida, profetas ou um livro sagrado, que contivesse os dogmas para quem a segue. Entretanto, a forma ostensiva com que o xintoísmo comanda a vida de seus praticantes, é perceptível não só em seus rituais, mas nos demais aspectos da vida, o que garante a posição de uma das grandes religiões do mundo.
Sua base é de origem panteísta, com inúmeras divindades, as quais atribuem valor sagrado a todos os elementos da natureza. Em sua concepção, tudo no universo é divino, interligado e interdependente. Assim, não só os seres vivos, mas todos os elementos, visíveis e invisíveis da natureza, coexistem em harmonia tendo se originado da mesma fonte.
O Xintoísmo diz que tudo é regido por forças de pureza hare, impureza ke, e a fusão de ambos kegare, formando uma das mais importantes características de seus rituais, a purificação de corpo e da alma, assim como a harmonia com a natureza. O praticante se familiariza e se integra à natureza, num relacionamento de intimidade, de reciprocidade, sabendo que dela ele tira seu sustento e, portanto, deve retribuir de alguma forma. Assim, sua sobrevivência depende do seu entendimento de toda a estrutura vital da natureza, considerando-a uma parceira e uma guia.
Contrária à visão ocidental de que o homem é adversário da natureza, tentando dominá-la e subjugá-la, na concepção Xintoísta considera-se que o ser humano não pode viver em luta com a natureza, o que é interessante perceber, considerando as condições geográficas e climáticas do Japão que são, sem dúvida, uma das mais implacáveis do mundo, com vulcões ativos, intensos terremotos e furacões arrasadores.
Ao estudar o Xintoísmo, tem-se um bom entendimento da cultura japonesa, com sua visão de mundo que determina boa parte do comportamento do seu povo, sua capacidade de adaptação e aceitação de novas idéias, preservando as antigas, sua recepção a novas culturas, seu comportamento valorizador da higiene e da saúde e seu nacionalismo sempre presente.
Mesmo mesclando-se com outras religiões e com vários desdobramentos, o Xintoísmo deixa uma herança que, com certeza,
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