IMPLANTAÇÃO E ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE ÍNDICES DE MANUTENÇAO EM UMA INDÚSTRIA DE SANEAMENTO COM FOCO EM EQUIPAMENTOS
Por: Carolina234 • 7/11/2018 • 2.489 Palavras (10 Páginas) • 329 Visualizações
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A manutenção é uma área de extrema importância nas atividades gerais da atualidade. Ela está presente em praticamente tudo, inclusive nos seres vivos. Nosso corpo está o tempo todo executando algum tipo de manutenção em alguma parte com problema. E é fundamental que esta manutenção seja executada de forma correta e eficaz, a fim de evitar problemas com o funcionamento correto.
Na indústria não é diferente. Uma manutenção ineficaz traz inúmeros problemas, e a gestão é uma forma de controlar a manutenção, com intuito de evitar o desperdícios, retrabalhos e, de forma geral, o custo em manutenção, mantendo um nível de excelência mundial.
4 Revisão Sistemática do Tema
Segundo Machado e Otani (2008), a globalização da economia mundial leva a um constante aumento na competitividade organizacional. Isto coloca em contraste idéias e concepções que aumentam a produtividade, garantindo a qualidade e redução dos custos às organizações. Portanto, a utilização de sistemas de gestão eficientes que possam potencializar a utilização dos recursos nos processos produtivos se traduz como condição à performance organizacional.
A manutenção tem procurado novos modos de pensar, técnicos e administrativos, já que as novas exigências de mercado tornaram visíveis as limitações dos atuais sistemas de gestão (Tavares, 1998).
Que a manutenção é uma atividade, meio do processo produtivo que alicerça Segundo os conhecidos fabricantes de classe mundial, cujos produtos competem nos mercados domésticos, bem como nos mercados que se localizam além de suas próprias fronteiras.
O termo “classe mundial” significa para um fabricante ter as condições para competir em qualquer lugar do mundo oferecendo produtos com qualidade e com preços atrativos, prazos de entrega e ser reconhecido como um fornecedor confiável.
Segundo Kardec (2002) e ABNT (1994) a manutenção pode ser dividida em alguns tipos básicos de manutenção, sendo:
Manutenção corretiva - é a atuação para correção de falha ou do desempenho menor que o esperado. É oriundo da palavra “corrigir”. Pode ser dividida em duas fases:
Manutenção corretiva não planejada – correção da falha de maneira aleatória, ou seja, é a correção da falha ou desempenho menor que o esperado após a ocorrência do fato. Esse tipo de manutenção implica em altos custos, pois, causa perdas de produção e, em conseqüência, os danos aos equipamentos é maior;
Manutenção corretiva planejada – é a correção que se faz em função de um acompanhamento preditivo, detectivo ou até mesmo pela decisão gerencial de se operar até ocorrer à falha. “Pelo seu próprio nome planejado”, indica que tudo o que é planejado, tende a ficar mais barato, mais seguro e mais rápido.
Manutenção Preventiva - é a atuação realizada para reduzirem falhas ou queda no desempenho, obedecendo a um planejamento baseado em períodos estabelecidos de tempo. Um dos segredos de uma boa preventiva está na determinação dos intervalos de tempo. Como, na dúvida, temos a tendência de sermos mais conservadores, os intervalos normalmente são menores que o necessário, o que implicam paradas e troca de peças desnecessárias;
Manutenção Preditiva - é um conjunto de atividades de acompanhamento das variáveis ou parâmetros que indicam o desempenho dos equipamentos, de modo sistemático, visando a definir a necessidade ou não de intervenção. Quando a intervenção, fruto do acompanhamento preditivo, é realizado, fazendo uma Manutenção Corretiva Planejada. Esse tipo de manutenção é conhecido como CBM — CONDITION BASED MAINTENANCE — ou manutenção baseada na condição. Essa manutenção permite que os equipamentos operem por mais tempo e a intervenção ocorre com base em dados e não em suposições;
Manutenção Detectiva - é a atuação efetuada em sistemas de proteção ou comando, buscando detectarem falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção. Um exemplo clássico é o circuito que comanda a entrada de um gerador em um hospital. Se houver falta de energia e o circuito tiver uma falha o gerador não entra. À medida que aumenta a utilização de sistemas automatizados nas operações, o mais importante e mais utilizado será, garantindo a confiabilidade dos sistemas
Segundo Kardec (2002) , a manutenção preditiva é um tipo de manutenção que tem evoluído apenas recentemente, nas últimas três décadas. E hoje, tem-se uma variedade muito grande de equipamentos e técnicas especificas para realizar este tipo de manutenção. A manutenção preditiva se caracteriza por não ser necessária a parada da máquina ao qual se realiza a manutenção, sendo coletados dados de medição como: temperatura, vibração, ruído, entre outros parâmetros e em seguida é feita a avaliação das medições feitas. Os parâmetros são então comparados com outros, como histórico, dados de normas e experiência do pessoal da manutenção, e assim feito o diagnostico e acompanhamento de uma possível falha. A intervenção ocorre apenas quando é os valores de medição chegam num determinado limite, sendo assim executada a manutenção corretiva/preventiva para normalização das condições da máquina.
Analisando-se as empresas líderes, ou de sucesso, percebe-se que essas organizações adotam, cada vez mais, técnicas preditivas e a prática da engenharia de manutenção. A manutenção, assim, é considerada estratégica para as organizações, pois ela garante a disponibilidade dos equipamentos e instalações com confiabilidade, segurança e dentro de custos adequados. De acordo com a tendência mundial, entender o tipo de manutenção adequada para cada organização é fator de sucesso, garantia de otimização nos processos e, por conseguinte, à atividade auferir lucros, ou seja, não apenas garantir a sobrevivência das organizações, mas possibilitar-lhes crescimento e expansão. No Brasil ainda se trabalha com muita manutenção corretiva não planejada e com manutenção preventiva em excesso.
Existem diversos tipos de indicadores utilizados para gestão da manutenção. Neste trabalho, foram abordados nove tipos de indicadores, recomendados por Teles (2016). São eles: Benchmarking, Distribuição de Atividades por Tipo de Manutenção, BackLog, Cumprimento da Programação, Tempo Médio Entre Falhas (MTBF), Tempo Médio para Reparo (MTTR), Disponibilidade, Retrabalho e Confiabilidade.
Segundo Filho (2006) o Benchmarking, é o processo de melhoria da performance pela contínua identificação,
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