Teoria da Colonização Moderna

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- Acumulação Externa

A Europa passou a partir desse momento, século XVI e XVII, a colocar os seus tentáculos em todos os continentes praticamente, a botar seus interesses na África, na América, mais tarde na Oceania, na Ásia, transformando essas áreas descontentes em colônias.

A partir dessa configuração, nós temos um capital que se torna cada vez mais agressivo com o surgimento do capitalismo, está demandando mais matéria prima, com o movimento do capitalismo está querendo ampliar o mercado consumidor e o capitalismo comercial vai ser o responsável de construir a sociedade, a economia mundo europeia. Então todas as áreas do mundo foram anexadas na mesma magnitude.

Explicação do desenho feito no quadro

América, África, Ásia se integraram de acordo com a legenda abaixo:

- Áreas muito integradas – Se tornou tributária, muito dependente da Europa.

- Áreas intermediárias – A Europa teve uma intervenção, mais teve que se adaptar, a organização pré-existente, que eram estruturas bem sedimentares, bem construídas pelos Incas, Maias, Árabes, essas áreas ficavam numa situação intermediária.

- Áreas pouco integradas – Que o capital comercial não teve muito interesse, então pouca deu pra essas áreas, normalmente do mesmo clima da Europa, temperado.

- Áreas não integradas – Não foram descobertas ou os europeus sabiam que existiam, mas tinham dificuldade de acessar essas áreas.

ÁREAS MUITO INTEGRADAS

Sul dos EUA, Antilhas e o caso do Brasil. Essas áreas se transformaram áreas produtivas, grandes plantations, ou seja, grandes propriedades que produzem um só produto e mandavam para território de grande expansão, e mandavam produtos tropicais para a Europa. EUA – Algodão e Antilhas e Brasil – Açucar (produtos tropicais)

Essas áreas se tornaram colônias europeias. A população pré-europeia que existia aqui era muito rarefeita, viviam num estado ainda muito primitivo das forças produtivas, viviam na idade da pedra, não conheciam a escrita.

A única porta para a civilização nessa área, para os interesses europeus era a Escravidão, era o que o Sul dos EUA, Antilhas e Brasil tinham em comum. O modo de produção escravista foi se implantando, foi sendo construído desde o século XVI, aqui, desde 1500 quando Cabral decretou que isso aqui eram terras da coroa de Portugal.

Eram classe média pouco numerosa viviam a serviços dos senhoras.

Essa área foi uma área que levou muita riqueza pro Centro de sistema – produtos tropicais.

ÁREAS INTERMEDIÁRIAS

A América Espanhola, diferentemente da área do Brasil, que tinha uma população rarefeita, aqui tinha uma população concentrada, maior densidade populacional. Essas sociedades já tinham uma estrutura social muito definida, os administradores, uma classe intermediária, média, relativamente numerosa, classe social de artesões e camponeses que produziam para esses estados, estados astecas, maias e incas que conheciam a língua, a escrita, já fundiam o ferro, faziam peças de ferro, não só ferro, mas outros metais como o ouro, bronze, platina, prata, já conheciam essas técnicas. Estavam numa sociedade muito mais desenvolvida, com uma estrutura ADMISTRAÇÃO, CLASSE MÉDIA, CAMPONESES E ARTESÃOS, base material da sociedade.

Os espanhóis ao chegarem aqui, eles não puderam mudar a base da sociedade, eles trataram de mudar só a parte da administração, substituindo a administração Inca, Maia e Asteca por uma administração espanhola, e o restante permanece como está. A partir de então, a riqueza vai para a coroa espanhola.

E assim, como os ÁRABES vão continuar com uma estrutura arcaica, como vivem lá, preservando a cultura deles, mas essas áreas se tornam colônias europeias, áreas tributárias, muda a administração também até que se tornem independentes.

Enquanto que a RÚSSIA foi uma área interessante, por que tinha uma região, um solo muito rico e de produção de cereais, como o trigo, aveia, centeio e uma expropriação camponesa na ING, levou a diminuição da produção de alimentos, consequentemente, a ING precisava para manter a sua sociedade, importar esses alimentos.

Aqui o capital comercial, ascendente, se alia aos senhores feudais russos e promove a chamada 2ª servidão da Rússia, que é o fato desses camponeses, que eram artesãos, eram independentes, e voltam camponeses e artesãos dele mesmo, passa de RENDA PRODUTO para RENDA TRABALHO.

Na Rússia, ao invés de acontecer uma evolução, aconteceu uma involução, ela caminha para trás, passa a produzir trigo para a Europa, sobretudo e outros cereais, e importar da ING manufaturados e torna-se a 1ª periferia, propriamente dita. Não só a Rússia, mas também os países europeus, área que vai se transformar em área tributária. Isso vai dar até 1917, onde vai acontecer a Revolução Russa, independência dela da Europa, a revolução comunista, socialista na Rússia e depois se transforma a URSS. Essa revolução socialista permitiu também um desenvolvimento na Rússia que chegou a ser a 2ª potencia mundial, perdeu espaço agora, mais está se recuperando, sobretudo, sobre o ponto de vista Bélico.

Com a implantação do Socialismo, não quer dizer que existem lugares uns capitalistas, outros socialistas. O mundo é capitalista e surgiu uma formação social socialista. Hoje a esquerda geral e a Historiografia geral não entendem isso. Nunca tivemos dois mundos, socialista e capitalismo, e isso o papel aceita. Esse mundo é capitalista, é o modo de produção dominante no mundo. Num outro momento foi o feudalismo, hoje é o capitalismo e está surgindo o socialismo que está tentando romper com o capitalismo. Mais isso é um processo que pode durar muito tempo. Na Alemanha foi só no século XIX que o feudalismo acabou, na Itália também, no Brasil só no século XX.

Então a Rússia teve essas lideranças que lideraram esse processo e fizeram a Revolução socialista.

A Inglaterra fez sua revolução através de uma reforma religiosa, a França através de uma reforma burguesa e a Rússia saltou pela reforma religiosa e reforma burguesa, fez uma revolução liderada pelos trabalhadores soviéticos.

ÁREAS POUCO INTEGRADAS

A África, negra, foi uma área