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Resenha de textos de patrimonio historico II

Por:   •  7/5/2018  •  2.159 Palavras (9 Páginas)  •  363 Visualizações

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No Museu Mariano Procópio há outras obras que remetem a imagem da princesa Isabel um deles é o desenho feito pela princesa que é abordado no artigo “Exercícios de desenho no acervo do Museu Mariano Procópio: ser ou não ser a princesa Isabel?” de Maraliz de Castro Vieira Christo. Neste artigo a autora relata um desenho que destaca o busto de uma jovem que se encontra em uma das salas do Museu, sua legenda apresenta como autoria da princesa. A autora utiliza o ponto em que um visitante refere-se ao desenho como sendo representante da própria princesa para discorrer o tema.

A princesa realizou o desenho quando tinha 17 anos de idade, sua educação foi estabelecida por D. Pedro II que a mantinha sempre ocupada e distante de um contato pessoal com o mundo fora dos castelos, a princesa recebeu formação tanto clássica quanto cientifica. Mario José de Almeida foi seu professor de desenho, hoje ele é um artista desconhecido, ele foi também professor do Liceu de Artes e Ofícios. O desenho do Museu Mariano Procópio ganha sentindo a partir do momento que o aproximamos da coleção de autoria da Princesa Isabel, que esta no Museu Imperial. São aproximadamente 40 desenhos, vindos da coleção de D. Tereza Cristina. Estes são exercícios de cópia que aparecem certas habilidades. Estas cópias estão espelhadas em processo similar ao desenho do Museu Mariano Procópio, dentre elas existem várias temáticas como, por exemplo, o estudo das flores, dos animais, das paisagens.

É difícil saber o tamanho da representatividade da coleção do Museu Imperial em relação a totalidade da produção da obra artística da Princesa Isabel, sabe se que ela utilizava estas obras para dar de presente aos pais, doar a eventos caritativos. Mas difícil ainda é saber se estas obras representava o gosto da princesa. As obras demostram a felicidade da vida familiar em harmonia. Seu primeiro desenho mostra uma boneca sentada numa cadeira, em 1862 é feita sua primeira representação de uma família. O desenho que se encontra no museu não representa uma família, mas nota se a personalidade da Princesa Isabel.

O desenho feito pela princesa que se encontra no Museu Mariano Procópio foi adquirido por Alfredo Ferreira Lage que era um colecionador e fundador do Museu que pretendia preservar a imagem do império, Alfredo possuía também desenhos de D. Pedro II e suas irmãs. O desenho foi tratado como relíquia no Museu Mariano Procópio. Na década de 1980 o museu sofreu uma expansão e exposição de alguns objetos foi feito no prédio anexo. E apesar de ter uma legenda identificando o desenho como autoria da Princesa o público começou assimilar a imagem do desenho com a imagem de Isabel, o mito da Princesa como “redentora” favoreceu o erro do telespectador.

O artigo é concluído destacando que o desenho feito pela Princesa Isabel constitui de um bom exemplo de possibilidades vindas do estudo centrado na trajetória dos objetos da cultura material.

O museu Mariano Procópio possui outras obras além das que são relacionadas a Princesa Isabel, exemplo de uma delas são as esculturas presentes no jardim. Estas esculturas são retratadas no artigo “Cultura clássica entre jabuticabeiras: esculturas no Jardim do Museu Mariano Procópio” de Maraliz de Castro Vieira Christo. Este artigo tem como objetivo fazer um exercício de leitura histórica presente no jardim do museu, estas esculturas retomam a mitologia e a alegoria, o que demonstra o gosto pela cultura clássica. Elas também remetem a revolução industrial, o que gerou uma possibilidade maior e democrática de acesso à obras de artes que passou a serem fabricadas em série.

Havia um simpático repuxo que recepcionava as pessoas que se dirigiam a casa de Mariano Procópio Ferreira Lage mesmo depois de a casa ser transformada em museu o repuxo continua no mesmo lugar para recepcionar os visitantes. Um simples repuxo é capaz de nos revelar sobre a época que foi produzido. É importante destacar que não há informações sobre sua aquisição, origem, autoria e data.

Ao observar o material de que foi feito começou se a desvendar o mistério em volta da escultura. O ferro fundido material utilizado para confecção da escultura, diz muito sobre a época que foi produzida, pois num novo cenário o fero fundido representava a produção de objetos em serie e de baixo custo, aspecto esse da Revolução Industrial. Este material foi utilizado também para a produção de objetos artísticos. Essa produção em longa escala e os preços acessíveis teve a intenção de conquistar novos mercados. Mesmo não sabendo a data da fundição do repuxo pode se atribuir a criação de seu modelo Fonderie Ducel, no período entre 1840 e 1850. O repuxo provavelmente foi comprado por Mariano Procópio para sua casa de veraneio, este repuxo é fruto da Revolução Industrial que representou a democratização de obra de artes, que antes era restritas aos museus e uma minoria que eram capazes de adquiri-las, além disso o empuxo representa a disseminação de um gosto europeu junto a uma burguesia ansiosa para se mostrar culta e elegante.

O artigo é finalizado através da ideia de que o Jardim é o domínio da mitologia e da alegoria. E todo esse contexto de mitologia participa da busca da família brasileira a cultura europeia.

Outra obra muito interessante que se encontra no Museu é o quadro Jardin des Plantes que é um quadro de um francês: Jules Scarbert. A obra esta presente no acervo do Museu Mariano Procópio ela representa o bojo da produção artística no final do século XIX, que se interessava em descrever o cotidiano. Todo esse contexto é explicitado no artigo “A representação da vida moderna: Jardin des Plantes, de Jules Scalbert, no Museu Mariano Procópio” de Maraliz de Castro Vieira Chiristo.

Esta obra chama atenção inicialmente pela qualidade da pintura e pelo tema abordado, em seu primeiro plano é encontrado o fosso do urso no zoológico, situado no Jardin des Plantes. Logo em cima do fosso, atrás do gradil, pode se vê o publico, dessa forma é revelado a variedade de comportamento, através do jeito que cada um se veste, da idade, do sexo e classe social. Não se sabe muita a cerca da trajetória dessa obra para o museu, a pesquisa que foi feita para elaboração do artigo identificou no Catálogo do Solon de Paris de 1982 uma obra cujo nome é La fosse aux ours, o que faz a autora supor que a obra La fosse aux ours e Jardin des Plantes sejam a mesma obra.

Através do quadro foi possível levantar uma série de questões sobre a vida moderna e das formas de representa-la. O Jardin des Plantes situa-se num período de grande produção de temas contemporâneos.

Foi a partir do século

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