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Piaget e Adolescencia Desenvolvimento Moral e Cognitivo

Por:   •  29/11/2018  •  2.124 Palavras (9 Páginas)  •  575 Visualizações

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Dessa forma a criança estrutura sua vida mental, passando pela fase sensório-motora, período pré-conceitual até alcançar o período do pensamento lógico-concreto. Nesta fase que antecede a puberdade, as operações mentais exigem situações concretas, presentes, a fim de se processarem. É devido a maturação e a cooperação com outros indivíduos que a pessoa, na puberdade, é levada ao desenvolvimento da lógica formal, baseada nos símbolos e na ação internalizada ou operação.

No período das operações formais, que corresponde ao período da adolescência até chegar a vida adulta, ocorre a passagem do pensamento formal, abstrato, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das ideias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas, como no período anterior. É capaz de tirar conclusões a partir de hipóteses. O livre exercício da reflexão permite ao adolescente, inicialmente, submeter o mundo real aos sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de criar. Isto se vai atenuando de forma crescente, através da reconciliação do pensamento com a realidade, até ficar claro que a função da reflexão não é contradizer, porém se adiantar e interpretar a experiência.

Nas relações sociais, o adolescente passa por um processo de se caracterizar por uma fase de interiorização, que pode até no princípio ser identificado como anti-social. Ele se afasta da família, não aceita conselhos dos adultos; contudo, na realidade, o ponto chave de sua reflexão é a sociedade. Depois, ele atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando compreende a importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real. No período da afetividade, o adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda depende dele. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é um importante referencial para o jovem, determinando as palavras, as vestimentas e outros aspectos de seu comportamento. Aqui ele começa a estabelecer sua moral individual, que é referencial a moral do grupo.

Entretanto, os interesses dos adolescentes são diversos e mutáveis, sendo que a estabilidade chega quando está próximo da idade adulta. Os teóricos da adolescência, há muito tem concordado que a transição da segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma nova qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, lógica e hipotética.

Piaget divide os períodos do desenvolvimento de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que, por sua vez, interfere no desenvolvimento global. Ele afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua sociedade tem como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica que ele titulava de operações formais. Os períodos do desenvolvimento são caracterizados por aquilo de melhor que o indivíduo consegue fazer nas faixas etárias, como: sensório-motor, pré-operatório, operações concretas, e por último, as operações formais.

Portanto, todos os indivíduos passam por todos esses estágios ou períodos, nessa sequência, mas o início e o término de cada uma delas dependem das características biológicas do ser humano e de fatores educacionais e sociais. No estágio sensório-motor (de zero a dois anos) a maneira pela qual o bebê conhece o mundo é, sobretudo sensório-motor, ou seja, nesse estágio predomina o desenvolvimento das percepções sensoriais e dos movimentos.

No estágio pré-operatório (dos dois aos sete anos) este momento começa quando a lógica infantil realiza um salto, com a descoberta do símbolo e a aprendizagem da fala. Neste período a inteligência é intuitiva porque não se separa da experiência vivida, ou seja, a criança não transpõe abstratamente o que foi vivenciado pela percepção. A inteligência aqui é egocêntrica, entendida não como um defeito, porém decorrente da própria condição humana nesse estágio.

No estágio das operações concretas (de sete a doze anos) este período é mais longo e representa grande salto da ação às operações mentais concretas. Elas são concretas porque se baseiam diretamente nos objetos e não em hipóteses, habilidade que será conquistada no estágio final.

Finalmente o último período ou estágio é o das “operações formais”, ocorre de onde a doze anos em diante. Neste período acontece o amadurecimento das características da vida adulta. Entretanto, o atributo mais geral do pensamento operatório formal é o reconhecimento de que a realidade é nada mais que um conjunto de todas as possibilidades. Piaget assegurava que as mudanças na maneira como os adolescentes raciocinam sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre o caráter da sua sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica que ele chamava de operações formais.

No período das operações formais há sempre os questionamentos dos adolescentes no âmbito escolar e na família. Como exemplos poderiam citar alguns jovens que fazem questionamentos durante as aulas, tipos: porque tenho que estudar filosofia? Para que serve esta disciplina de geografia quando eu estiver no ambiente de trabalho? Portanto, é exatamente no decorrer das aulas que os professores necessitam citar exemplos concretos para convencer os adolescentes a necessidade do estudo das diversas disciplinas curriculares, para o desenvolvimento cognitivo e de seus respectivos conhecimentos.

Uma pessoa no nível do pensamento operatório formal é capaz de fazer uma análise combinatória para resolver um problema específico. Como exemplo podemos citar um adolescente que recebeu quatro baldes de tinta, essas tintas teria uma cor primária diferente. O indivíduo teria que combinar dois dos quatros baldes para criar uma cor singular. Portanto, o indivíduo na fase da adolescência, ou seja, no estádio das operações formais, descobre que deve combinar um com dois, um com três, um com quatro, dois com três, etc. Entretanto, todas as combinações possíveis são levadas em consideração. O adolescente também tem a capacidade de aplicar regras simplificadas como uma operação de ordem mais alta para chegar à solução de um problema.

O indivíduo, ou seja, o adolescente sofre influências neurológicas e ambientais se combinando para causar a maturidade cognitiva. Portanto, é neste momento que os adolescentes podem aplicar a nova capacidade para considerar e testar possibilidades a todo tipo de problema, eles podem desenvolver uma hipótese e conceder um experimento para testá-la. Eles, também, consideram todos os relacionamentos que pode imaginar

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