O FAZER SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CUNHATAÍ: O EMPODERAMENTO
Por: Evandro.2016 • 23/4/2018 • 5.236 Palavras (21 Páginas) • 287 Visualizações
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Este relato foi construído a partir das minhas contribuições na caixa de afecções, ferramenta primordial na condução do curso Educação Permanente em Saúde e também contribuições vindas de meu diário cartográfico também do mesmo curso.
Agora posso antever o alcance desta ideia, que busca rastrear e sinalizar experiências bem sucedidas no campo da saúde, aonde os trabalhadores, gestores, usuários enfim todos os atores estão engajados em movimentos para melhorar tanto a qualidade de vida local como o Sistema Único de Saúde, como um todo.
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2 DESENVOLVIMENTO
Para bem funcionar, um sistema que tenha por base alguma politica publica, precisa trabalhar com sujeitos ativos, conhecedores de seus direitos e deveres, ou seja, pessoas que exercem plenamente a sua cidadania. Atualmente, utiliza-se o nome de empoderamento, para essa tomada e reconhecimento de direitos e deveres pelos cidadãos.
O empoderamento vem ressignificar às relações entre entes públicos e a população, pois se pressupõem que os dois estejam de posse das mesmas informações e por isso falam em um mesmo patamar. Por isso compartilhar informações não pode ser considerado como perda, e sim como multiplicação, ou seja, multiplicamos as pessoas que podem lutar juntas por um bem comum, nesses moldes e dentro da saúde, surge o controle social. Cujo objetivo é ser uma ferramenta de controle, apoio, tomada de decisões e principalmente de retorno, de ‘eco’ dessas decisões na comunidade. Um grupo de pessoas que objetiva auxiliar na melhoria e construção de um sistema de saúde forte e de qualidade para todos.
Assim o empoderamento surge com o desenvolvimento de potencialidades dos envolvidos, com distribuição de informação e aumento da percepção, para que se concretize uma participação real e simbólica, de todos, tanto dentro do controle social, como na vida em sociedade para que possibilite o desenvolvimento da democracia de fato.
Vasconcelos (2004), coloca o empoderamento como o aumento da autonomia pessoal e coletiva de indivíduos e grupos sociais, tanto nas relações interpessoais quanto institucionais, dando vez principalmente aqueles mais discriminados ou e excluídos da sociedade.
Nesse contexto empoderar passa a ser o papel de gestão, parceria e responsabilidade que cada ator social assume, junto com o Estado, diante da vida, na acepção de tomar os rumos para influenciar no destino dos recursos públicos e na formulação de políticas públicas que representem a necessidade e a vontade dos cidadãos. É entender que a transformação da realidade é uma tarefa comum ao ser humano, que envolve laços de afeto, inclusão, sentimento de pertencimento e politização (Oakley e Clayton, 2003).
Vale destacar que a saúde aparece na Constituição Federal no art. 6º, de Título dos Direitos e Garantias Fundamentais. Por isso ela é considerada, como direito básico, que deve valer de maneira equitativa para todos os cidadãos, ou seja, ser justo, equivalente, imparcial e igual para garantir uma vida digna, saudável e de boa qualidade a todos. E para isso todos os atores envolvidos precisam estar cientes de seu papel, de suas responsabilidades para manter, promover e melhorar a sua saúde e do meio como um todo, então surge a educação permanente.
A educação permanente é o encontro entre o mundo da formação e do trabalho, no qual o aprender e o ensinar incorporam-se ao cotidiano das organizações. Baseia-se na aprendizagem significativa e desenvolve-se a partir dos problemas diários que ocorrem no lócus de atuação profissional, levando em consideração os conhecimentos e as experiências pré-existentes da equipe (BRASIL, 2004).
2.1 Outubro Rosa e Novembro Azul
Logo no inicio do presente curso compartilhei uma experiência que tivemos em meu município, no ano de 2014, referente as campanhas outubro rosa e novembro azul, que abordam o câncer de mama e de próstata respectivamente.
A importância dessa experiência na vida de todos os envolvidos, inclusive a minha, foi marcante ao ponto de escolhê-la como objeto desse Trabalho de Conclusão de Curso. Como uma experiência do empoderamento dos sujeitos.
Não faz muito tempo que começamos a utilizar essa didática de trabalho, trazendo um trabalho focado em um mês e ênfase em uma cor, como forma de chamar atenção do publico alvo. Exatamente como acontece com o Movimento do Outubro Rosa e no Novembro Azul.
Outubro Rosa é uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês de outubro dirigida à sociedade e mais especificamente às mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Este movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referente ao câncer de mama e ou mamografia no mês de outubro, posteriormente com a aprovação do Congresso Americano o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
O laço rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura em 1990, na primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, e desde então, vem sendo promovida anualmente na cidade. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades.
Segundo o INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, o câncer de mama:
É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.
Estimativa de novos casos: 57.120 (2015 - INCA)
Número de mortes: 14.388, sendo 181 homens e14.207 mulheres (2013 - SIM)(INCA,2015).
A campanha tem por objetivo, divulgar
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