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AFROATIVISMO E EMPODERAMENTO FEMININO PELA ESTÉTICA

Por:   •  7/5/2018  •  2.699 Palavras (11 Páginas)  •  291 Visualizações

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O autor afirma em relação ao valor trabalho que: “os economistas burgueses acham poder seguramente desprezar, porque estão interessados não nas relações sociais mas nas relações dos preços; não no trabalho mas na produção, não no ponto de vista humano mas no ponto de vista burguês”, ou seja, o interesse daqueles burgueses era apenas em relação ao lucro, sem se importar com o trabalhador.

Atualmente, o interesse ainda é o mesmo, porém a relação do chefe com o trabalhador é outra, existe uma preocupação com o bem-estar deste, claro que é para melhorar a produtividade e consequentemente aumentar o lucro, mas nesse caso ambos saem ganhando.

A produção capitalista é resultado da compra e venda de força de trabalho, por um lado o capitalista, detentor dos meios de produção, e do outro o trabalhador, detentor da força de trabalho. O individuo é separado dos meios utilizados para a produção, e só podem ter acesso a elas vendendo sua força de trabalho, mas eles são livres para não vende-las caso queiram (o que por sinal é muito difícil, já que dependem disso para sobeviver), esse emprego do trabalhador é uma unidade pertencente ao capitalista. Essa relação de compra e venda começa com um acordo ou contrato.

O processo de trabalho está sob controle dos capitalistas, ou seja, todo o modo de trabalho é controlado e modelado pela acumulação de capital (força motriz da sociedade capitalista). O que o trabalhador vende e o que o capitalista compra, não é uma quantidade contratada de trabalho, mas a força para trabalhar por um período contratado de tempo.

O trabalho humano é capaz de produzir mais do que consome, e esse trabalho a mais é o “trabalho excedente”, que é aproveitado pelo capitalista. Nada mais é do que a mais-valia, que pode ser relativa ou absoluta, de acordo com Karl Marx.

Pelo fato de o trabalho humano ser esclarecido e orientado por um entendimento social e culturalmente desenvolvido, ele resulta em diversas atividades produtivas. Essa potencialidade do trabalho se diversificar rapidamente, proporciona ao capitalista o acumulo de capital, de modo a expandi-lo.

Para aumentar a produção da força de trabalho, o capitalista empreende todos os meios, por exemplo, aumenta a jornada de trabalho do individuo, utilização de instrumentos mais produtivos e etc. Dessa forma, é fundamental para ele que o controle sobre esse processo de trabalho esteja em suas mãos e não nas do trabalhador. Esta transição apresenta-se na história como a alienação progressiva dos processos de produção do trabalhador; para o capitalista, apresenta-se como o problema de gerência.

Capítulo 2

AS ORIGENS DA GERÊNCIA

Quando um número significativo de trabalhadores são empregados por um único capitalista, surge o capitalismo industrial. No início, o trabalho era executado como antes, o trabalhador tinha seu equipamento e produzia a mercadoria, como os artesãos, serralheiros, padeiros. A diferença era que a partir daquele momento eles começaram a se aglomerar em pequenas unidades de produção, refletindo pouca mudança quanto aos métodos tradicionais, de modo que o trabalho permanecia sob imediato controle dos produtores, nos quais estavam encarnados o conhecimento tradicional e as perícias de seus ofícios.

E ao reunir os produtores, surgiu o problema da gerência. Primeiro surgiram funções de gerência pelo próprio exercício do trabalho cooperativo, pois uma reunião de artesãos atuando independentemente exige coordenação, e é necessário ter-se uma oficina e os processos, no interior dela, de ordenar as operações, centralização do suprimento de materiais, uma hierarquia das prioridades, atribuição de funções, manutenção dos registros de custos, folhas de pagamento, matérias-primas, produtos acabados, vendas, cadastro de crédito e os cálculos de lucros e perdas. Depois, empresas como estaleiros e fábricas de viaturas exigiam mistura de diferentes tipos de trabalho, como engenharia elétrica, engenharia civil e etc.

Logo em seguida, surgiram industrias que necessitavam de pouca experiência manufatureira, como as refinarias de açúcar, fábricas de sabão, e ao mesmo tempo vários processos importantes como fundição de ferro, laminaria de cobre e latão, equipamento bélico, papel e pólvora, foram totalmente transformados. Tudo isso exigia funções de concepção e coordenação que na indústria capitalista assumiram a forma de gerência.

O capitalista se tornou gerente em virtude de sua propriedade do capital. Nas relações de troca, o tempo dos assalariados, a matéria-prima fornecida e os produtos saídos de sua oficina eram de sua propriedade, por isso era fundamental que ele gerenciasse todo o processo. Com o tempo o capitalista foi conquistando o poder na sociedade e começou a destruir aspectos jurídicos das formações pré-capitalistas. Assim, o contrato “livre” entre comprado e vendedor foi conquistado, ou seja, o capitalista podia determinar os modos técnicos de trabalho.

No começo do capitalismo industrial, o capitalista distribuía os materiais aos trabalhadores em suas casas, para isso eram feito contratos individual ou de grupos por intermédio de um empregador subcontratado do trabalho.

Por exemplo, no século XIX, o empregador imediato de muitos trabalhadores não era o grande capitalista, mas o subcontratador intermediário, que era ao mesmo tempo empregado e pequeno empregador de trabalho. De fato, o trabalhador especializado de meados de 1870, tendia a ser até certo ponto um subcontratador. Nos altos fornos havia os alimentadores e os recolhedores pagos pelo capitalista de acordo com a tonelagem da produção do forno e empregando turmas de homens, mulheres, meninos e cavalos para abastecer o forno ou controlar a fundição.

Por mais que esses sistemas implicassem no pagamento de salários por tarefas, essa não era o aspecto fundamental. Esse modo de pagamento ainda ocorre atualmente, e é o mais comum é a conversão do salário por tempo numa forma que tenta arrolar o trabalhador como cúmplice voluntário de sua própria exploração. Porém, hoje, o pagamento por peça feita está combinado com o controle sistemático e minucioso por parte da gerência sobre os processos do trabalho.

Os primeiros sistemas de tarefas domiciliares e de subcontratação representavam uma forma de transição, fase durante a qual o capitalista não havia ainda assumido a função essencial de direção no capitalismo industrial e o controle sobre o processo de trabalho: por esta razão era incompatível com o desenvolvimento geral da produção

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