O Excesso de Informação
Por: Hugo.bassi • 3/12/2018 • 2.111 Palavras (9 Páginas) • 304 Visualizações
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Acesso as Informações
Para que a questão fique com um melhor entendimento, vamos verificar um exemplo prático e um real. Para uma pessoa que sabe ler em inglês e em português e quer se aprofundar em um tema como “Crianças Hiperativas”, ela irá se deparar com mais ou menos a quantidade de:
- Mais de 200.000 páginas na internet (até janeiro de 2004);
- 7000 artigos científicos publicados em revistas na área da saúde nos últimos 12 anos;
- 5.000 artigos científicos publicados em revistas da área da educação nos últimos 10 anos;
- 1.500 artigos e matérias de jornais e revistas informativas em português publicadas nos últimos 5 anos;
- 557 livros, sendo 32 em português.
A Síndrome do Excesso de Informação
A Síndrome do Excesso de Informação ainda não é uma doença. Considerada isoladamente, ela faz parte dos componentes do stress associado ao trabalho. Mesmo assim, ela já começa a apresentar características próprias.
Na medida em que a ansiedade no trato com a informação vai crescendo, o nível de stress vai subindo, com consequências mais graves para o nosso organismo. Começa com desordens do humor, com o aumento da irritabilidade e continua com a dificuldade para adormecer, distúrbios da memória até chegar a níveis elevados de stress e desenvolvimento de um comportamento neurótico.
É importante ressaltar que a origem do problema está na incapacidade das pessoas em lidar com o excesso de informação e não, obrigatoriamente, na quantidade de informações.
Profissionais, pressionados por chefes, gurus, consultores e outros mais, vivem tendo a sensação de que não se sentem capazes de assimilar todas as novidades em sua área, nem de lidar com todas as informações que recebem. O sentimento de obsolescência profissional é eminente.
Mitos profissionais acabam passando essa ansiedade para seus filhos. Já estão se tornando comuns depoimentos como o do jovem Ricardo Zalem, de 15 anos, que frequenta um colégio de ensino médio, estuda inglês e espanhol, pratica voleibol, faz academia e tem aulas semanais de informática e violão. “Eu só queria ter tempo para fazer mais coisas, queria que a semana tivesse 10 dias e que o dia tivesse 36 horas”, diz Ricardo, já candidato aos efeitos da síndrome do excesso de informação.
Processos de degeneração precoce da memória, que antes só apareciam em pessoas com mais de 50 anos, agora, passam a ser encontrados em pessoas com idade entre 20 a 40 anos. Especialistas do Grupo de Estudos em Linguagem da USP acreditam que tal fato se deva ao excesso de informações e estímulos que bombardeiam nosso cérebro diariamente. São informações cada vez mais rápidas, provenientes dos meios de comunicação, dos smartphones e principalmente da Internet. O problema acomete principalmente em executivos e profissionais workaholics (viciados em trabalhos), que precisam estar sempre bem informados.
Um dos principais sinais de início da síndrome é quando você começa a demorar muito para se "desligar" das atividades diárias mesmo quando está fora delas. Exemplo: em casa, no final de semana, na companhia da família ou diante da TV, você não consegue tirar da cabeça o relatório que faltou fazer, o livro que gostaria de ter lido no fim de semana e não leu ou aquele dado do gráfico da companhia que não ficou bem compreendido.
- Procure concluir as tarefas que começou. Cada vez que você abandona uma atividade para fazer outra (parar de ler um email para atender ao telefone, por exemplo), o seu cérebro interrompe a construção de circuitos neuroniais necessários àquela atividade para iniciar outra. Isso promove o esquecimento da primeira tarefa e exige mais energia do cérebro.
Como Trabalhar o Excesso de Informação
- Admita para você mesmo que você será um eterno aprendiz. Nunca poderá nem precisará saber de tudo;
- Lembre-se sempre que você não precisa saber tudo, mas somente como encontrar o que precisa. O mais importante, então, não é acumular informações, mas aprender a localizá-las e inseri-las em um contexto que faça sentido prático (aplicabilidade). Vale mais saber como localizar e selecionar as informações sobre determinado assunto do que tentar saber tudo sobre ele. Quando você realmente precisar deste conhecimento, você pode construí-lo com rapidez;
- Aprenda profundamente como funcionam os princípios e métodos de organização das informações, para poder extrair delas valor e significado. Descubra como a estrutura da informação está organizada (num livro, numa revista, num jornal ou na Internet), isto é a chave para a correta busca e seleção da informação;
- Compreenda que grande parte dos textos e sites na Internet dizem a mesma coisa com outras palavras;
- Sempre estabeleça limites na busca de informações (cronológico e quantitativo);
- Procure aprender os melhores critérios de seletividade. Não leia as informações provenientes de boas fontes. Leia apenas as de fontes excelentes. Priorização é a chave;
- Procure associar sempre ideias e conceitos com fatos. Desta forma, a recuperação da informação será sempre mais fácil;
- Ao invés de ler sempre todas as notícias e fatos que lhe interessam, recorte-os e guarde em uma pasta, separando-os por assunto. Quando uma pasta, sobre determinado assunto, tiver mais do que 50 recortes, leia-os todos de uma vez. Com isso você aprenderá a ter mais visão de conjunto, associar informações com mais facilidade, e então, você descobrirá o tempo que você perdia lendo a mesma coisa em vários lugares diferentes ou com outras palavras;
- Também é importante saber quem são as pessoas-chave que poderão ajudá-lo a integrar e contextualizar as informações quando você precisar;
- Procure concluir as tarefas que começou. Cada vez que você abandona uma atividade para fazer outra (parar de ler um email para atender ao telefone, por exemplo), o seu cérebro interrompe a construção de circuitos neuronais necessários àquela atividade para iniciar outra. Isso promove o esquecimento da primeira tarefa e exige mais energia do cérebro.
Conclusão
Procurar por ajuda médica pode ser uma das alternativas que poderá
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