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Asfixia das raizes pelo excesso da agua no solo.

Por:   •  27/7/2017  •  1.618 Palavras (7 Páginas)  •  581 Visualizações

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Com isso, pode dizer-se que está-se perante excesso da água no solo quando a percentagem da água é superior a 95%, ou melhor ocupa todo espaço não deixando até o espaço para a aeração do solo, ou ainda quando a quantidade de agua ultrapassa a capacidade do campo, como mostra a Fig. 2.

[pic 4]

Fig. 2. Ilustração do excesso de água no solo.

Fonte: o grupo, baseado em Braga (2010).

O gráfico ilustra o excesso de água no solo, onde esta encontra-se numa percentagem de 95% e 5% da matéria mineral, não verificando-se assim a presença da matéria orgânica e da aeração.

Aeração do solo é concebida por Costa (2008) como o processo pelo qual gases dentro do perfil do solo são permutados por gases da atmosfera externa do solo, isto é, o fluxo de gases entre o interior do solo e a atmosfera livre.

Food and Agriculture Organization - FAO (2003) enfatiza que as raízes saudáveis precisam de ar (arejamento) para se desenvolverem, mas um excesso de água no solo impede o ar de penetrar, o que prejudica as raízes da planta. Um solo rico em matérias orgânicas tem um melhor arejamento, uma estrutura melhor e uma melhor capacidade de retenção da água.

Através do processo da aeração, percebe-se que o O2 necessário para a respiração provem do ar atmosférico. O ar atmosférico é uma mistura de gases, onde apresenta como principais componentes o nitrogênio diatômico (N2) com 78%, o oxigênio diatômico (O2) com 21%, o argônio (Ar) com 1% e o gás carbônico (CO2) com cerca de 0,04% Mozeto (2001).

Dai que logo nota-se que embora o oxigénio seja componente da molécula da água, não tem nenhuma influência na actividade respiratória das plantas. Isso é explicado por Stefanelli (s/d), quando diz que a molécula de água tem origem na ligação covalente (ligação que ocorre entre ametais, onde há compartilhamento de elétrons para que os átomos se estabilizem) entre o hidrogênio e o oxigênio. Por tanto, a água é formada por átomos que se unem numa proporção fixa, são necessários dois átomos de hidrogênio para estabilizar um átomo de oxigênio. Nesse processo o oxigênio compartilha 2 de seus elétrons com cada átomo de hidrogênio. Onde tem-se como fórmula estrutural e molecular respectivamente:

O

/ \

H H e H2O.

Por tanto, verifica-se que o oxigénio encontra-se ligado aos dois átomos de oxigénio não se encontrando livre para a respiração das raízes. Consequentemente o excesso da água, vai impedir a penetração do oxigénio do ar atmosférico através da aeração e logo a asfixia das raízes levando a morte das plantas caso não seja feita a drenagem da água em excesso, por um determinado período de tempo.

3. CONCLUSÃO

Neste ensaio, abordou-se acerca da asfixia das raízes pelo excesso da água no solo, mesmo que esta tenha na sua composição um átomo de oxigénio. Nessa abordagem notou-se que é verdade que a água em excesso no solo em percentagem acima de 95% cria asfixia as raízes de plantas pela ocupação do espaço responsável pela aeração do solo, quando o átomo existente na sua composição encontra-se ligado aos dois átomos de hidrogénio, tornando assim estável a molécula de água, já que não se encontra disponível oxigénio para a respiração das raízes.

Nessa abordagem foi de tirar algumas lições a ter em conta: é sempre bom procurar entender uma dada situação, porem antes de levantar a questão há que se fazer uma boa analise envolvendo os possíveis elementos integrantes nessa tal situação, pois análises de forma separada podem dar resultados não fiáveis. É evidente que a água é constituída por H2 e O2 mas a molécula de O2 não se encontra livre para poder ser integrado no processo respiratório. Para poder chegar ate essa conclusão era necessário fazer uma análise mais complexa antes de levantar a questão.

Associado a este tema, destaca-se a produção em cultivo hidropónico, enque as plantas desenvolvem-se submersas em água. Antes que possa surgir a questão, mas porque se a planta precisa respirar? Nota-se que neste cultivo a água é oxigenada, isto é, apresenta dois átomos de hidrogénio e dois de oxigénio encontrando-se assim oxigénio livre para a respiração. Este tema poderá ser abordado futuramente.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Braga, M. B. (2010). Sistema de Produção de Melão. Embrapa-Brasil. Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melao/SistemaProducaoMelao/.

Costa, R. N. T. (2008). Drenagem Agrícola. Universidade Federal do Cerá. Fortaleza – CE. Disponível em: www.gpeas.ufc.br/disc/dren/apostila_drenagem.pdf.

Food and Agriculture Organization - FAO (2013). Melhorar a Nutrição através das Hortas Familiares: Módulo de Formação Técnicos de Extensão Agrícola em África. Roma-Itália. Autor.

França, G. (1995). Medicina Legal. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara. Koogan. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA-w8AI/asfixia-geral?part=3

Gomes, A. S. & Clavico, E. (2005). Propriedades Físico-Químicas da Água. Universidade Federal Fluminense. Disponível em: www.uff.br/ecosed/PropriedadesH2O.pdf

Kluge, R. A. (2002). FOTOSSÍNTESE. Escola Superior de agricultura Luiz de Queiroz, Brasil.

Morreira, A. R. & Vidor, A. C. (2013). EVENTOS AGUDOS NA ATENÇÃO BÁSICA: Asfixia. UFSC, Florianópolis – SC. Disponível em: www.unasus.ufsc.br.

Mozeto, A. (2001). Química atmosférica: a química das nossas cabeças. Edição especial – 41-49. Disponível: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/atmosfera.pdf

Neves, O. (2006). Componentes do solo. Lisboa-Portugal. Disponível em: http://fenix.tecnico.ulisboa.pt.

Universidade de são Paulo

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