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ESCOLAS ECONÔMICAS: MONETARISMO

Por:   •  31/3/2018  •  1.750 Palavras (7 Páginas)  •  305 Visualizações

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Desta forma, pode-se afirmar que a Teoria Quantitativa da Moeda consiste em um conjunto de proposições inter-relacionadas, ou postulados, que embasam a conclusão principal, de que o nível de preços é originado em função da oferta monetária. Tais postulados são:

- PROPORCIONALIDADE: continuavam a defender que um aumento na oferta monetária afetaria os preços na mesma proporção no decorrer do tempo, com margem apenas para acobertar o crescimento do produto;

- NEUTRALUIDADE: as variações monetárias não afetariam as variáveis reais da economia, tais como o produto, o nível de emprego, etc., porém apenas no longo prazo. Davam destaque aos efeitos não-neutros da moeda no curto prazo, incluindo, também, as variações na moeda como parte integrante dos estudos dos ciclos econômicos;

- CAUSALIDADE: os canais de influência correm da oferta monetária para o índice de preços, sendo as variações monetárias a causa e as variações de preço o efeito;

- EXOGENEIDADE DO ESTOQUE NOMINAL DE MOEDA: admitiam que a oferta monetária, em ternos globais, é exógena ou independente, não sendo determinada passivamente pelas condições de demanda, mas sim por determinações das Autoridades Monetárias.

- NÍVEL GERAL DOS PREÇOS: as variações na oferta monetária afetam tão-somente o nível geral de preços e não os preços relativos, que são determinados pelas variáveis reais da economia.

Como defendiam que a principal causa das variações monetária era o crescimento dos meios de pagamento, defendiam um rígido controle da Base Monetária como meio de assegurar o direcionamento dos demais agregados monetários, pois os estudos indicavam que existia uma estreita relação das proporções das reservas bancarias, mantidas pelos bancos, com seu volume de depósitos; dos saldos de caixa que o público conserva em seu poder com a quantidade de depósitos que mantém nos bancos, sendo possível, com apenas o controle da Base Monetária, regular os demais agregados.

Esse controle era para evitar os altos e baixos da economia, pois embora acreditassem que uma variação na quantidade de moeda iria se refletir, de futuro, nos preços, davam ênfase nos efeitos nocivos de curto prozo na atividade econômica que essas variações originavam, defendendo o controle ou gerenciamento dos agregados monetários.

- A nova apresentação da teoria quantitativa da moeda por Friedman

A Teoria Quantitativa da Moeda é uma teoria da demanda por moeda e não uma teoria da geração de renda sendo a moeda um ativo como outros e concorre por uma posição na carteira dos agentes. Mesmo com estas hipóteses, Friedman chega à conclusão, similarmente à Teoria Quantitativa Da Moeda clássica, de que a demanda por moeda guarda uma relação estável com a renda nominal. Consequentemente, a oferta de moeda afetará apenas o nível geral de preços.

Friedman destaca que a quantidade nominal de moeda é determinada, primeiramente, pela oferta e que a quantidade real de moeda é determinada pela demanda. Segundo Friedman, a oferta monetária, “M”, é função de variáveis como taxa de inflação (π), renda nominal (Y), taxa de juros (R) e outras. Podemos escrever a oferta monetária como:

M = ʄ (R;π;Y;...)

Segundo Friedman (1997, p.235): “A teoria quantitativa é, em primeiro lugar, uma teoria da demanda por moeda. Não é uma teoria do produto, ou da renda monetária, ou do nível de preços.” Para as famílias a moeda é um ativo como outro qualquer que fornece algum serviço útil, enquanto para uma empresa a moeda é como um bem de capital, uma fonte de serviços produtivos. Friedman (p.236) argumenta que: “…a análise da demanda por moeda por parte das unidades básicas detentoras de riqueza na sociedade pode ser tornada formalmente idêntica à análise da demanda por um serviço de consumo.”

Para os detentores de riqueza final, a demanda por saldos reais é função de algumas variáveis como:

- Riqueza total: a riqueza total pode ser alocada em diversas formas de ativos, monetários ou não. Friedman argumentava que o conceito de renda permanente pode ser uma boa aproximação da riqueza total do agente.

- Divisão da riqueza na forma humana e não-humana: as formas que a riqueza pode assumir seriam:

- Moeda: comodidade, segurança, poder de compra real (inverso ao nível de preços)

- Títulos: rende juros

- Ações: apreciação mais dividendos

- Bens físicos: retornos dependendo dos preços das mercadorias

- Capital humano: para Friedman não é possível expressar preços de mercado ou taxas de retorno sobre o capital humano.

- Taxa esperada de retorno da moeda e outros ativos: estes retornos estão relacionados com as taxas de juros dos ativos e a mudança do preço dos mesmos, de especial importância em períodos de inflação ou deflação.

- Preferência pela liquidez: para Friedman, os agentes tem certa “necessidade” de reter moeda, pois, conforme sua renda corrente aumenta, o seu consumo também aumenta, mas não na mesma proporção do aumento de sua renda.

- Grau de estabilidade econômica: ambientes onde prevalece a instabilidade aumentam a importância da liquidez. Estes ambientes de instabilidade são difíceis de serem observados quantitativamente, embora qualitativamente seja possível prever suas direções, via aumento ou diminuição da preferência pela liquidez.

- Taxa de inflação: o aumento na taxa de inflação aumenta o custo de oportunidade de reter moeda e é o principal elemento que afeta a utilidade de sua retenção.

A principal conclusão deste trabalho é que a Teoria Quantitativa da Moeda foi reinterpretada por Friedman como uma teoria da demanda por moeda, mais do que uma teoria da determinação do nível de preços e da renda nominal. Friedman estabeleceu que a inflação é um fenômeno monetário, fruto de uma grande oferta monetária.

- Relação com a Atualidade

Com o conhecimento dos conceitos do monetarismo, podemos então fazer uma análise da atual situação do Brasil, que atualmente está vivenciando uma crise econômica muito grave.

Ao termos em mente

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