DESAFIOS, PERSPECTIVAS E LEGADO DA COPA DO MUNDO DE 2014 NO RIO GRANDE DO SUL

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O Brasil, que vinha há anos pleiteando a possibilidade de sediá-la, finalmente conseguiu atingir seu objetivo em 2008 quando do anúncio oficial feito pela FIFA.

Logo após recebida a confirmação do Brasil como sede, passou-se a organizar um cronograma a fim de viabilizar e atender as exigências feitas pela FIFA para que o mundial de fato venha a ocorrer em nosso país. Dentre elas, estão as adequações dos estádios tanto em relação à infra-estrutura quanto de acessibilidade. As cidades também necessitarão aumentar a capacidade de alguns aeroportos, melhorar o sistema de transporte e hotelaria, além de oferecer toda infra-estrutura necessária para transmitir o evento para as TVs de todo o mundo e tecnologia para suportar o grande volume de troca de informações (por internet e telefone).

A escolha do Brasil como país sede da Copa do Mundo de 2014 tornou-se motivo de orgulho para grande parte da população brasileira porém, não há uma unanimidade por parte dos brasileiros quanto a importância do Brasil sediar a copa, assim como o alto teor dos investimentos necessários na construção da infraestrutura necessária exigida pela FIFA é questionado por muitos, com a justificativa de que, se esses recursos fossem realocados em serviços essenciais ao cidadão seriam melhor aproveitados, já que o país ainda conta com sérios problemas no atendimento universal à saúde, a educação e a qualidade de vida.

Assim, o objetivo deste trabalho é analisar os principais acontecimentos voltados à Copa do Mundo 2014 que ocorrerá no Estado do Rio Grande do Sul, tais como, os gastos que serão necessários para construir aeroportos, estádios, hotéis, vias de acesso aos estádios e, principalmente, avaliar o retorno a curto e longo prazo para o cidadão gaúcho dos investimentos feitos, além de avaliar a capacidade do nosso Estado em sediar um evento de tão grande porte dentro das exigências previstas pela FIFA.

Dentro desta perspectiva far-se-á uma análise da real situação do Rio Grande do Sul para sediar os jogos do evento: o que está programado para acontecer, os investimentos a serem feitos e o que ficará como legado para o povo gaúcho após o encerramento da Copa.

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OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais

Analisar investimentos no estado para a Copa do Mundo 2014, especialmente no referente a construção e reforma na infra-estrutura, relacionando os custos com os benefícios gerados ao cidadão gaúcho.

2.2 Objetivos Específicos

Analisar a situação da infra-estrutura exigida pela FIFA na cidade de Porto Alegre;

Analisar o andamento das obras de construção e reforma dos estádios que sediarão jogos na Copa em território gaúcho;

Avaliar o nível dos investimentos, comparando-os com o custo benefício ao cidadão gaúcho.

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JUSTIFICATIVA

Sediar uma Copa do Mundo exige uma estrutura capaz de atender não só as exigências da FIFA mas, principalmente receber e atender muito bem todo o turista que chegará ao Rio Grande do Sul. Assim, fazem-se necessários altos investimentos para que o estado consiga chegar a 2014 com essa estrutura completamente instalada e em pleno funcionamento.

Desta forma, o presente trabalho tem por finalidade mostrar o que será feito nos próximos anos no Estado, em gastos de infra-estrutura para a Copa do Mundo 2014, já que há a necessidade de revitalizar a estrutura viária da capital gaúcha que, em função do aumento gradativo de veículos circulando, não comporta mais o atendimento ideal, especialmente em horários de pico; o aeroporto Salgado Filho há anos vem pleiteando melhorias na sua infra estrutura, especialmente no concernente a propiciar condições de voo em época de instabilidade climática, típicos do clima rio-grandense; o estádio que sediará os eventos oficiais da Copa passará por uma grande reforma para atender os quesitos exigidos pela FIFA; as cidades do entorno da capital que receberão delegações para treinos e hospedagens precisam melhorar e em alguns casos, até construir estádios e infra-estrutura necessária.

Porém, considerando que o Rio Grande do Sul ainda tem um longo caminho a percorrer no atendimento básico ao cidadão gaúcho, faz-se uma análise dos indicadores sociais atuais com o objetivo de lembrar que todo o gasto que se terá com a Copa do Mundo terá um retorno durante e após o evento.

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4.1. Origem da Copa do Mundo do Futebol

Em 1932, na cidade de Los Angeles, EUA, seriam realizados os Jogos Olímpicos sem a inclusão do futebol por considerá-lo um esporte de baixa popularidade nesse país. Não concordando com essa decisão, a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), sob o comando do francês Jules Rimet em 1928, decidiu realizar sua própria competição mundial de futebol: a Copa do Mundo, que teve sua primeira edição em 1930 e, desde então vem sendo realizada de quatro em quatro anos em países sede previamente escolhidos nos cinco continentes.

A primeira edição da Copa do Mundo foi realizada no Uruguai em 1930. Contou com a participação de apenas 13 seleções, que foram convidadas pela FIFA, sem disputa de eliminatórias, como acontece atualmente. A seleção uruguaia sagrou-se campeã e pôde ficar, por quatro anos, com a taça Jules Rimet

Nas duas copas seguintes (1934 e 1938) a Itália ficou com o título. Porém, entre os anos de 1942 e 1946, a competição foi suspensa em função da eclosão da Segunda Guerra Mundial.

Em 1950, o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo. Os brasileiros ficaram entusiasmados e confiantes no título. Com uma ótima equipe, o Brasil chegou à final contra o Uruguai. A final, realizada no recém construído Maracanã (Rio de Janeiro - RJ) teve a presença de aproximadamente 200 mil espectadores. Um simples empate daria o título ao Brasil, porém a celeste olímpica uruguaia conseguiu o que parecia impossível: venceu o Brasil por 2 a 1 e tornou-se campeã. O Maracanã se calou e o choro tomou conta do país do futebol.

O Brasil sentiria o gosto de erguer