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Análise sociológica sobre desigualdade de gênero ou desigualdade social

Por:   •  20/12/2018  •  1.429 Palavras (6 Páginas)  •  336 Visualizações

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manifestações e o local se consolidou como referência na luta do movimento negro pelos direitos civis nos Estados Unidos. Mas abandonado pelo poder público, foi se transformando num núcleo de medo e insegurança com gangues, criminalidade e tráfico de drogas andando de mãos dadas. Aliás, até a década de 80, não só o Harlem, mas toda Nova York estava tomada pelo crack e pela criminalidade, o que exigiu uma ação pública efetiva – política Tolerância Zero - para transformar toda a cidade. (...)

A referência especial ao bairro onde nossa personagem principal vivia com a mãe remete à violência e ao abandono social a que estava submetida.

3. Qual a mensagem do filme?

O filme é baseado no livro Push da escritora norte-americana Sapphire. Em acordo com o título do filme - enfatizando a palavra esperança - e no nome dado ao livro - que significa “empurrar” -, as adversidades à que são submetidas as pessoas que vivem em condição de pobreza, dificuldade de aprendizagem, abusos físicos e/ou sexuais, violência doméstica, abandono familiar, racismo, preconceito ou qualquer outra consequência da desigualdade social e/ou de gênero, e cito ainda a desigualdade racial, não serão a causa do total abandono de si mesmo se forem assistidas por profissionais que estejam preparados para lidar com pessoas nessas condições impulsionando-as à lutar por igualdade, por melhoria ou mudança de vida. A personagem vive no mundo da lua a sonhar com uma realidade que desconstrói sua identidade e a faz crer que para ser feliz é preciso ter uma aparência diferente da que tem, morar em outro bairro, casar com um homem branco e de “cabelo bom”. Tudo começa a mudar quando ela é transferida para uma escola alternativa, onde faz amizades, aprende a ler e conta com o apoio da professora Blue Rain (Paula Patton), que com sua metodologia de ensino e empatia com as alunas encaminha a personagem Preciosa à uma transformação de vida. Preciosa entende que pode ser protagonista de sua própria história e apesar das condições ainda adversas não desiste e renova as forças a cada novo aprendizado. Como ilustrado na capa do filme, Preciosa sai do casulo em que estava aprisionada agora como uma borboleta pronta para voar e ultrapassar as barreiras que lhe foram impostas pela desigualdade social e de gênero quando era apenas uma lagarta rastejando em seu sofrimento.

4. Que conclusão você chegou sobre o filme?

Somente através da educação podemos vencer batalha após batalha a desigualdade de gênero ainda ensinada em casa e na escola. A escola não consegue comportar todas as políticas educacionais necessárias para atender as diversas realidades sociais dos alunos e fracassa em muitos casos nem ao menos conseguindo identificar uma aluna que possa estar sofrendo abuso sexual, por exemplo. Mas mesmo que seja trabalhoso e complexo vale a pena investir tempo em fazer o reconhecimento do contexto da comunidade em que está inserida a escola e fazer alterações no modo de ensinar e insistir na participação ativa das famílias. As ações sociais protagonizadas por grupos que atendem públicos-alvo específicos precisam de apoio e reconhecimento do governo pois têm proposta interessantes com resultados positivos como a instituição em que Preciosa encontrou o que tanto precisava.

5. Como os conceitos de desigualdade de gênero ou desigualdade social são apresentados na narrativa?

Nas cenas em que Preciosa tem obrigações domésticas bem estabelecidas a mãe da personagem, sempre depreciando a filha, define as obrigações como intrínsecas dos deveres de uma mulher.

Preciosa é levada a entender amor como algo ruim e que não é possível ser diferente por conta dos abusos sexuais constantemente realizados pelo próprio pai e pela mãe, e que deve ser submissa a isso. Ser menina ou mulher inferioriza ainda mais uma vítima de abuso sexual devido à fragilidade e dependência, características propagadas pela sociedade como próprias do gênero feminino que impedem uma posição de revolta contra o abuso.

Referências

https://www.geledes.org.br/desigualdade-de-genero-e-ensinada-em-casa-e-na-escola/ - acesso em 20/11/2017 às 20h00min

http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/segunda-feira-negra-bolsa-despenca-em-wall-street-no-mundo-9947739 - acesso em 21/11/2017 às 15h08min

http://www.matraqueando.com.br/nova-york-bairro-a-bairro-harlem - acesso em 21/11/2017 às 15h35min

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