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A violência contra a mulher

Por:   •  12/4/2018  •  3.877 Palavras (16 Páginas)  •  310 Visualizações

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a década de 60 e 80. Onde já se havia conquistado alguns direitos, nesse momento o foco era a igualdade de direitos contra a discriminação, elas tentavam mostrar para sociedade que poderia exercer funções antes ocupadas apenas por homens e lutavam para serem donas das suas vidas e terem respeito por isso, buscavam a Libertação das mulheres.

A terceira fase teve início na década de 90, as feministas dessa fase tinham objetivos políticos além dos sociais e frequentemente desafiavam os termos sobre o que é ou não bom para as mulheres, buscavam a igualdade social e política, além de respeito de opinião e uma nova visão sobre o papel da mulher na sociedade.

Atualmente, o feminismo possui várias correntes de pensamento, fato que dificulta pensá-lo como uma unidade, as mulheres evoluíram tanto no modo de pensar que discordam de tudo que não é bom para si mesmas e para a sociedade que representam. Diferentes opiniões foram formando-se, ao longo do tempo e dentre elas destacamos o direito de igualdade sem prevalecer a diferença entre gêneros.

É possível entender que toda essa luta através dos tempos e que continua ate hoje tem o objetivo de igualdade de gêneros, as mulheres em geral, não querem ser tratadas como homens, querem ser mulheres tratadas como mulheres, porém querem o respeito e querem ter os mesmos direitos que os homens. Elas mostram seus valores sociais, contribuindo para a vida política, familiar e social, e apenas desejam o fim da opressão masculina, transmitida culturalmente através das gerações machistas e de uma sociedade opressiva.

OS TIPOS DE VIOLÊNCIA SOFRIDOS PELAS MULHERES

Segundo dados relatados pela secretaria de segurança pública e pela e a central de atendimento a mulher o 180, em 2015 cerca de 38,72% das mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência, esses dados foram baseados em denuncias feitas durante o ano, desde modo é possível que esses dados sejam bem maiores pois muitas mulheres deixam de denunciar por medo ou vergonha, nesse sentido não se tem uma real situação da violência que as mulheres enfrentam diariamente.

Dos relatos registrados cerca de 85,8%, dos casos de violência são domésticos causados por pessoas que deveriam ser de confiança, pessoas próximas, como pai, maridos, irmãos, tios e outros do meio de convivência, desses casos, cerca de 49,82% sofreram violência física, 30,45% violência psicológica, 7,33% violência sexual, 4,86% violência patrimonial, 1,76% outros tipos de violência.

Para entender a violência contra a mulher, deve se compreender os tipos de violência e como ele é praticada, muitas vezes ate de forma inconsciente. A violência psicológica, por exemplo, é toda ação ou omissão que causa dano à autoestima ou desenvolvimento da pessoa como ser humano, por exemplo, ameaças, humilhações, explorações, chantagem, criticas, discriminação, e ate mesmo isolamento da pessoa de amigos e familiares. Apesar de ser uma das violências mais praticadas contra as mulheres, ela é a mais difícil de ser identificada, pois as mulheres se sentem tão desvalorizadas a ponto de acharem que são realmente inúteis, não levando em consideração seu potencial, muitas vezes entram em depressão e não tem forças para reagir a essa violência.

Na maioria das vezes não há denuncia, por causa da fragilidade em que a vitima se encontra, dessa forma o agressor permanece impune e a mulher sofre ainda mais com a situação de humilhação, passando por ansiedade, muitas vezes adoece com facilidade, e arrastar essa situação por muito tempo, evoluindo para a agressão física, assassinato ou algumas vezes ao suicídio pelo desespero.

Já a violência física ocorre quando o agressor utiliza força física para ferir ou causar dano a outra pessoa, o agressor além de sua própria força ainda pode utilizar objetos para agredir como armas de fogo, facas, e outros capazes de causar, hemorragias, fraturas, cortes, hematomas e feridas.

Essa violência é muito comum no meio doméstico, quando a mulher é mais jovem, geralmente a agressão é causada pelo próprio pai com a desculpa de educar e corrigir problemas de caráter muitas vezes adquiridos pelos próprios exemplos que lhe foram passados, já quando a mulher casa e adquiri família, muitas vezes viram reféns do próprio marido que deveria ser um companheiro e ajudar nos desafios da vida, infelizmente a situação e contraria e o companheiro se transforma em um mostro que comete violência de todas as formas contra mulher, agredindo fisicamente, psicologicamente e ate sexualmente.

Com a ajuda da informação e das politicas publicas, essa violência tem sido cada vez mais denunciada pelas mulheres, que teve um apoio ainda maior com a criação da lei n° 11.340 de 7 de agosto de 2006, mais conhecida como lei Maria da penha, que prevê pena de três anos de reclusão para agressores. Após a criação dessa lei muitas mulheres resolveram buscar ajuda para acabar com a violência sofrida, é como se a lei tivesse aberto novos horizontes, onde elas tiveram um apoio da sociedade e do poder publico, com a certeza que o agressor realmente poderia ser punido de alguma forma.

Segundo o IPEA (instituto de pesquisa econômica aplicada), a lei Maria da penha tem diminuído anualmente cerca de 10% os casos de agressões físicas e homicídios domésticos. Apesar de ter uma ajuda significante para as mulheres a lei Maria da Penha ainda tem algumas falhas e não resolve a problemática sozinha, ate porque esse problema não é só baseado em leis, além do fato de os agressores serem punidos penalmente, também é preciso conscientizar os homens que as mulheres merecem respeito e esse fato deve ser tratado como um problema social e politico e deve ser combatido por toda a sociedade.

Outra forma de violência é a sexual que representa toda a ação na qual uma pessoa, obriga a outra à realização de atos sexuais contra a vontade, usando artifícios como a força física, a influência, intimidação, ou uso de armas ou drogas de forma que a mulher não tenha reação para impedir o ato.

Essa violência é bem mais comum do que se imagina, porém na maioria dos casos o agressor fica impune levando a reincidência pela impunidade. Contudo em 2015, o Ipea levou a campo um questionário sobre vitimização, no âmbito do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), que continha algumas questões sobre violência sexual. A partir das respostas apuradas, estimou-se que a cada ano no Brasil 0,26% da população sofre violência sexual, o que indica que haja anualmente 527 mil tentativas ou casos de estupros consumados no país, dos quais apenas 10% são reportados à polícia.

Segundo Faúndes 2006, um estupro pode

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