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A Morte e o Morrer

Por:   •  22/8/2018  •  1.755 Palavras (8 Páginas)  •  307 Visualizações

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crenças, as quais muitos buscam através de sua religião, meios de entendimento, aceitação e até mesmo mudanças de vida diante da morte de entes queridos ou por pensarem no amanhã, por imaginar que após a sua morte haverá recompensas ou cobranças perante sua existência e feitorias enquanto vivos.

Enquanto temos em muitos países como o nosso, a recusa, a tristeza, a angústia, sentimentos que nos assolam, em outros temos festas como meio de alegrar e celebrar a vida do moribundo, como é o caso do México que celebram o dia dos mortos com festa.

Trazendo uma explicação da morte para a religião, bem como outros assuntos, também temos diversas explicações, dentre elas das religiões mais citadas como o Cristianismo que diz que a morte põe fim à vida do homem como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo.

O Novo Testamento fala do juízo principalmente na perspectiva do encontro final com Cristo na segunda vinda deste, mas repetidas vezes afirma também a retribuição, imediatamente depois da morte, de cada um em função de suas obras e de sua fé. A parábola do pobre Lázaro e a palavra de Cristo na cruz ao bom ladrão assim como outros textos do Novo Testamento, falam de um destino último da alma que pode ser diferente para uns e outros.

Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja por meio de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre.

Já para o Espiritismo acredita-se que, no momento da morte, de pronto tudo é confusão. A alma precisa de algum tempo para se reconhecer. O tempo de perturbação que se segue à morte varia muito. Pode ser de algumas horas apenas ou de muitos anos.

A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem. É tranquila e em tudo semelhante àquela que acompanha um lúcido despertar. Para aquele cuja consciência não é pura e que teve mais apego à vida material que à espiritual, a sensação é de desassossego, plena de angústias, que aumentam à medida que assenta as ideias, pois que então o assalta o medo, uma espécie de terror, em presença do que vê e, sobretudo do que pressente.

No Islamismo diz-se que os mulçumanos acreditam que ao morrer a pessoa entra em uma fase intermediária entre a morte e a ressureição. Muitos eventos ocorrem nesse novo “mundo”, como a vidas na sepultura e o teste do túmulo, o Barzakh (chamado de mundo alegórico) e o Qiymat (dia do juízo final).

A ressureição será precedente ao fim do mundo, as balanças serão posicionadas e os atos dos homens serão pesados. Siraat é a ponte que será posicionada sobre o inferno se estendendo até o paraíso. Qualquer um que seja perseverante na religião de Deus nessa vida achará fácil passar por ela. Paraíso e inferno são moradas finais para os crentes e os condenados após o último julgamento.

Logo, ainda buscando explicações sobre esta, tem-se 5 estágios de reações habituais que descrevem os sentimentos dos indivíduos diante da perda, sendo elas:

Negação: ajuda a aliviar o impacto da notícia, servindo como uma defesa necessária a seu equilíbrio. Geralmente em pacientes informados abruptamente e prematuramente. O paciente desconfia de troca de exames ou competência da equipe de saúde. Geralmente o pensamento que traduz essa defesa é: "não, eu não, não é verdade". O médico deve respeitar, porém ter o cuidado de não estimular, compactuar ou reforçar a negação.

Raiva: o paciente já assimilou seu diagnóstico e prognóstico, mas se revolta por ter sido escolhido. Surgem sentimentos de ira, revolta, e ressentimento e tenta arranjar um culpado por sua condenação. Geralmente se mostra muito queixoso e exigente, procurando ter certeza de não estar sendo esquecido, reclamando atenção, talvez como último brado: Não esqueçam que ainda estou vivo! Nesta fase deve-se tentar compreender o momento emocional do paciente, dando espaço para que ele expresse seus sentimentos, não tomando as explosões de humor como agressões pessoais.

Negociação: tentativa de negociar o prazo de sua morte, através de promessas e orações. A pessoa já aceita o fato, mas tenta adiá-lo. Deve-se respeitar e ajudar o paciente.

Depressão: aceita o fim próximo, fazendo uma revisão da vida, mostrando-se quieto e pensativo. É um instrumento na preparação da perda iminente, facilitando o estado de aceitação. Neste momento, as pessoas que o acompanham devem procurar ficar próximas e em silêncio. Cabe ressaltar que o termo "depressão" não está sendo utilizado aqui para designar a doença depressiva, mas sim um estado de espírito.

Estes estágios se inserem no que podemos denominar como conceitos Tanalógicos que ainda define o morrer clínico como primeiro a morte do coração, depois a morte do cérebro (morte clínica) e morte vital.

Por fim, diante de tantas explicações que se relacionam como meio de explicar, aceitar, regredir ou conviver com esta espera pela morte, nos mostra o quanto a sociedade por variadas vezes tem deixado de lado o afeto, muitas pessoas se tornam invisíveis perante a sociedade, pessoas de baixa renda, sem status

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