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A VISÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PROCESSO DE MORTE E MORRER

Por:   •  10/10/2018  •  7.446 Palavras (30 Páginas)  •  373 Visualizações

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Palavras chaves: Tanatologia; Enfermagem; Morte e Morrer.

ABSTRACT

Nurses react in different ways by providing care and accompanying the suffering of a patient's family members during the process of dying and dying. These experienced situations reflect on your emotions and trigger different sensations, causing even wear and negative feelings. The present literature review article aims to detail the nurses' view of the death and dying process and the importance of studying tanatology at graduation to better prepare future professionals. Feeling experienced in the process was pointed out and demonstrated the importance of educating for death in order to better qualify for assistance planning. The methodology used for this study was descriptive and exploratory, of a qualitative nature, in the form of an integrative review of the literature. The literature review was carried out through scientific journals, electronic books and journals in the scientific databases of Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System online (Medline) , Brazilian Journal of Nursing (RBEn), Scientific Journal of Nursing (RECIEM) and Scientific Electronic Library Online (SciELO) that contemplate the proposed theme, between the years of 2007 to 2017. Based on this research it can be concluded that death and dying Are still a subject little addressed and inserted in the academic environment and this causes psychological impacts and negative feelings in nursing professionals who are often not prepared to deal with death as part of human experience, since their role is to care for Rehabilitation and healing ...

Keywords: Thanatology; Nursing; Death and Die.

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1 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem do Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN).

2 Discente do 9º semestre do curso de graduação em Enfermagem da UNIGRAN. Dourados, MS.

3 Enfermeira. Mestre em Teologia. Docente do curso de graduação em Enfermagem da UNIGRAN. Dourados, MS.

INTRODUÇÃO

Tratar de questões de morte e morrer, para a enfermagem, obviamente é algo desconfortável e angustiante, pois mesmo em meio a exaustivos esforços pacientes alguns pacientes veem a falecer. Diante a tal situação, vivenciar a proximidade da morte é uma experiência única e impregnada de enorme carga emocional (ARAÚJO e SILVA, 2012). Apesar de não conseguir se mudar tal realidade, o profissional enfermeiro pode desempenhar um efeito significativo sobre a maneira pela qual os pacientes tendem a passar por esse processo, inevitável em muitos casos, e também sobre a maneira como este ocorre e sobre os impactos causados para a família. A morte embora seja algo muito antigo na natureza, permanece até hoje sem definição. Exceto as bactérias e alguns protistas elementares, todos os seres vivos, tanto animais como vegetais, estão destinados a morrer. A morte é, portanto, um fenômeno constante e biologicamente necessário (SANTOS, 2009).

Muitas vezes diante a uma situação inevitável de morte, o profissional enfermeiro se vê com sentimentos como impotência, frustração, culpa o que a leva muitas vezes ate um estado de depressão, não sabendo ao certo como se posicionar frente ao sofrimento e à dor que, em muitos casos não tem alivio, visto que, além de tudo, esse profissional enfermeiro conviveu com esses pacientes, e criou em muitos casos vínculos afetivo muito forte e intenso (KOVACS, 2003).

Essas dificuldades se refletem no cuidado, pois não são raros os profissionais de enfermagem que, escalados a cuidar de algum paciente com risco iminente de morte, se negam e manifestam atitudes de negativa. Isso, geralmente, acontece porque eles não estão sendo preparados para trabalhar com esse fato inevitável da mesma maneira que foram preparados quando acadêmicos para a manutenção da vida. Esta falta de preparo teórico e psicológico diante a algo inevitável como a morte e o morrer faz com que muitos enfermeiros não saibam a maneira certa de se lidar com pacientes em estado terminal e com suas famílias. (KOVACS, 2003).

Os profissionais enfermeiro devem realizar seu papel profissional, dando o suporte necessário para esse familiar se abrir e expressar suas emoções visto que é o enfermeiro que esta mais presente e acaba criando mais vínculos afetivos com os familiares. O importante é o profissional estar ao lado e sempre à disposição das pessoas naquele momento tão difícil. E é papel das Universidades e dar o suporte teórico a, a esses futuros profissionais, para que eles possam ser capazes de lidar com seus próprios sentimentos e usá-los de modo conveniente e humanamente sensato, oferecendo uma assistência de enfermagem adequada, dando suporte emocional para quem está necessitando, e sabendo neste momento lidar com seu próprio lado emocional. O profissional deve passar a ver o indivíduo como pessoa e sujeito de sua própria vontade, com direito a uma morte digna (BERNIERI; HIDER, 2006).

Uma dura realidade é que o enfermeiro, ainda como estudante, não teve nenhum preparo para pensar ou analisar esse tabu que é o ato de morrer ou morte, sendo muitas vezes pego de surpresa por tal fato acorrido com algum pacientes a seu cuidado, podendo neste caso não oferecer uma assistência de qualidade e profissional, devido a não ser preparado como estudante e assim sendo, não conseguindo assistir a pessoa que está morrendo, e em consequência muito menos a família do paciente que neste momento se encontra em estado de total vulnerabilidade, que em razão da morte o enfermeiro se encontra se sentindo vulnerável e fracassado, levando em conta que a ação principal de sua profissão está na manutenção da vida (CARVALHO et al. 2006, p.4).

A partir desta realidade, vem à necessidade dos profissionais enfermeiros possuírem uma preparação especial quando ainda acadêmicos, não apenas relacionados ao referencial teórico-científico para exercer as habilidades incumbidas a ele, mas das habilidades e dos conhecimentos, que o façam refletir as relações humanas do cuidar, que não podem ser improvisados. Levando em conta que ajudar ou assistir uma pessoa a morrer seja uma das tarefas mais difíceis existentes e que entra com toda certeza na assistência e cuidado. Esse profissional deve entender que o não poder curar não significa fracassar, mas

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