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A Importância da Educação Ambiental no Ensino fundamental

Por:   •  4/11/2018  •  5.002 Palavras (21 Páginas)  •  329 Visualizações

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O Ensino Fundamental é um momento especial para os alunos pois eles aprendem com maior facilidade e conseguem assimilar uma conscientização para a preservação ambiental. Como os problemas ambientais tem se intensificado pela ação antrópica, essa conscientização torna-se urgente.

Para a concretização deste artigo foi realizada uma pesquisa bibliográfica recorrendo a livros e principalmente a site de periódicos que foi uma ferramenta importante para tornar a pesquisa atualizada, pois é um tema muito discutido entre os educadores.

2 Educação Ambiental

2.1 Educação Ambiental: Breve Histórico

Os primeiros registros do termo “Educação Ambiental” ocorreram num encontro da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) em 1948 em Paris mas só foram realmente definidos a partir da Conferência de Estocolmo, em 1972, onde houve a inserção da temática da Educação Ambiental na agenda internacional (BRASIL, 2007).

A conferência de Estocolmo instituiu-se a Declaração de Estocolmo que tem vários princípios que visam estabelecer meios de preservação do meio ambiente. De acordo com o princípio 19 da Declaração de Estocolmo:

É indispensável um esforço para a educação em questões ambientais, dirigida tanto às gerações jovens como aos adultos e que preste a devida atenção ao setor da população menos privilegiado, para fundamentar as bases de uma opinião pública bem informada, e de uma conduta dos indivíduos, das empresas e das coletividades inspirada no sentido de sua responsabilidade sobre a proteção e melhoramento do meio ambiente em toda sua dimensão humana. É igualmente essencial que os meios de comunicação de massas evitem contribuir para a deterioração do meio ambiente humano e, ao contrário, difundam informação de caráter educativo sobre a necessidade de protegê-lo e melhorá-lo, a fim de que o homem possa desenvolver-se em todos os aspectos (MMA, 2004, p.07).

No ano de 1975 em Belgrado (na então Iugoslávia), foi lançado em o Programa Internacional de Educação Ambiental, onde foram definidos os princípios e orientações para o futuro (BRASIL, 2007).

De acordo com esse programa internacional a EA “deveria ser contínua, multidisciplinar, integrada às diferenças regionais, e voltada para os interesses nacionais.’ O que culminou a Carta de Belgrado, um documento importante para o progresso da EA (DIAS, 1991, p.4).

A Carta de Belgrado divulgou a necessidade de se tratar questões como: “a erradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, da poluição, e da dominação e exploração humana.” E também ressaltou que os recursos naturais necessitavam ser empregados de maneira consciente para beneficiar e proporcionar uma melhor qualidade de vida para toda a humanidade (DIAS, 1991, p.4).

Em 1977, aconteceu a primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, em Tbilisi, na Georgia (ex-União Soviética), A Conferência de Tbilisi foi um marco pois nela foram definidos os objetivos, princípios e estratégias para pratica da Educação Ambiental (LOUREIRO, 2009).

Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992 (Rio-92), a Educação Ambiental ficou definida como uma educação capaz de mudar velhos hábitos melhorando a qualidade de vida de toda uma população e não somente de um grupo; ficou estabelecida uma educação em dois níveis: formal (na escola) e não formal (fora da escola) (CUBA, 2010).

Carvalho (2006) confirma que a educação ambiental deve ser um ato político voltado para uma mudança de valores e atitudes, edificando novos hábitos sensibilizando e conscientizando a relação homem-sociedade-natureza buscando o equilíbrio local e globalmente.

Em Johanesburgo (África do Sul) no ano de 2002 foi realizado o Encontro Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10) com o intuito de avaliar se as metas propostas na a Rio-92 foram atingidas. O evento reuniu representantes de diversos países desenvolvidos ou não para tratarem sobre questões importantes referentes ao futuro do planeta (CUBA, 2010).

Outro encontro da ONU (Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável), foi a Rio+20 onde o principal objetivo foi garantir o compromisso político internacional para o desenvolvimento sustentável que foi realizada na cidade do Rio de Janeiro em Junho de 2012. O encontro marca o vigésimo aniversário das Conferencias das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu na capital carioca em 1992 e os 10 anos da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Johanesburgo (África do Sul) em 2002 (MMA, 2012).

2.2 Educação Ambiental no Brasil

No início dos anos 70, o movimento ambientalista se une ao movimento conservacionista e lutam pelas direitos da sociedade civil em geral e pela proteção e defesa do meio ambiente. Surgiu também, no Brasil, os primeiro curso de especialização em EA. (BRASIL, 2007).

Para Carvalho (2006) a Educação Ambiental iniciou com os movimentos ambientais que estavam preocupados com utilização, distribuição e esgotamento dos recursos naturais e que era preciso o envolvimento dos cidadão para uma consciência ecologicamente correta.

Santos (2007) confirma que o surgimento e o desenvolvimento da Educação Ambiental como método de ensino está relacionado ao movimento ambientalista, pois é fruto da conscientização da problemática ambiental. A ecologia trouxe a preocupação com os problemas ambientais, surgindo a necessidade de se educar para preservar o meio ambiente.

Na Conferência de Estocolmo de 1972 o Brasil teve o registro mais polêmico da política externa. Os nossos representantes afirmaram que o país não se importaria em pagar o preço da degradação ambiental, desde que o resultado fosse o aumento do Produto Nacional Bruto (PNB) (DIAS, 1991).

No ano seguinte, 1973, a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) foi criada e em 1981, outro fato marcante foi a criação da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) onde ficou estabelecido que a Educação Ambiental deveria ser incluída em todos os níveis de ensino capacitando-os para uma participação de todos em prol da defesa do meio ambiente (BRASIL, 2007).

Conforme o inciso VI do artigo 225 da Constituição Federal que estabelece a necessidade de “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação

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