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A Agente Etiológico

Por:   •  26/11/2018  •  2.856 Palavras (12 Páginas)  •  404 Visualizações

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Pela ação dos sucos digestivos e da bile, a oncosfera sai de dentro do embrioforo na luz do intestino delgado do hospedeiro intermediário, penetra ativamente na parede intestinal, cai na corrente sanguinea, alcançando a circulação geral e indo encalhar nos músculos de maior movimentação (Base da língua, coração, masseter, diafragma etc.), bem como no cérebro e globo ocular. Nesses tecidos, a oncosfera performa-se em uma minúscula larva. A partir de dois a três meses da ingestão do ovo, essa larva esta madura e apta a concluir o ciclo se for ingerida por uma pessoa, juntamente com a carne mal cozida ou crua. Ela permanece viável por três a seis meses (o cisticerco da T. saginata degenera em poucas semanas); Mais tarde morrerm, degeneram e geralmente se tornam calcificados, podendo assim permanecer por vários anos.

Após ser ingerida, chegará ao intestino delgado humano, sob a ação dos sucos digestivos e, principalmente, da bile, o cisticerco desenvaginará, exteriorizando o escólex; esse, com o auxilio das ventosas (e do rostro, no caso da T. solium), vai-se fixar entre as criptas da mucosa do intestino delgado, a vesícula desintegrará e o colo dará inicio à formação das proglotes para a composição do estrobilo. Cerca de dois meses depois da ingestão da carne contendo larvas, paciente inicia a liberaçao das primeiras proglotes. ~

O desprendimento das proglotes grávida, dá-se de forma diferente para cada espécie de tênia: em T. soluim, cerca de três a seis anéis saem passivamente durante a defecação e em T. saginata saem ativamente cerca de oito a nove anéis, no intervalo das defecações.

Se o individuo portador de teníase não elimina, com o tratamento, a tênia completa, ficando no seu intestino ainda a cabeça e o colo, certamente nela haverá a regeneração completa do parasita.

Patogenia

A teníase é uma infecção pouco patogênica, frequentemente assintomática. O paciente se queixa dessa parasitose ao encontrar proglotes do helminto em suas fezes ou mesmo em suas roupas intimas. Porem, algumas manifestações podem surgir, especialmente quando o parasitismo for pela T. saginata, o numero de formas parasitarias for elevado e o estado nutricional do paciente estar precário; a T. solium normalmente é pouco patogênica.

A nutriçoa das tênias dá-se principalmente através de seu tegumento recoberto por microvilosidades oumicrotriquias, formado por uma membrana celular altamente permeável. As tênias apresentam grande consumo de carboidratos (glicose, galactose), lipidios, proteínas e vitaminas.

Esses parasitas podem viver muitos anos no organismo humano: a T. solium vive cerca de três anos, mas pode alcançar 25 anos e a T. saginata vive cerca de dez anos, podendo chegar ate 30 anos.

‘ A teníase deve ser tratada, pois pode ser capaz de geral um problema maior, uma moléstia mais grave, que é a cisticercose.

Sintomas

Crianças e pacientes imunodeprimidos podem apresentar uma sintomatologia mais grave, inclusive manifestar ataques de epilepsia. A teníase possui dois tipos de manifestações: as manifestações abdominais e as gerais. As manifestações abdominais são dor epigástrica (dor de fome ou dor semelhante à ulcera), náusea, constipçao intestinal, prurido anal (no caso da saída ativa dos proglotes de T. saginata), pequenas hemorragias pela fixação do escóxelex; inflamação e edema do intestino delgado; aumento da secreção gástrica e da motricidade intestinal; Dentre as manifestações gerais estão a cefaléia, excitação, perda de peso, eosinofilia (aumento de eosinofilos no sangue) e desnutriçao, essa causada pelo elevado consumo de nutrientes pelas formas adultas.

Profilaxia

A aplicação de medidas para o controle da teníase depende das características epidemiológicas da enfermidade na região, incluindo condições econômicas, sociais e culturais. A estratégia fundamental consiste em interromper o ciclo evolutivo do parasita, a fim de evitar a infecção nos animais e na população humana . Outras estrategias são o melhoramento das condições de saneamento do meio ambiente; tratamento da população; melhoramento da criação de animais (evitar o acesso de animais a fezes humanas); inspeçao veterinaria em frigoríficos; educação em saúde promovendo a adoção de hábitos de higiene. Para países endêmicos, além das medidas já citadas, poderiam ser adotadas medidas para o congelamento da carne com o objetivo de diminuir a transmissão da enfermidade. Além disso, entidades locais incentivarem os cidadãos a congelar a carne a temperaturas inferiores a -15ºC pelo menos durante 6 dias. Essas medidas poderiam ser tomadas no frigorífico, antes mesmo da distribuição da carne para o mercado consumidor, diminuindo a transmissão da enfermidade.

Cisticercose

Agente etiológico

A cisticercose humana é decorrente da ingestão de ovos da T. solium.

Hospedeiro

A ingestão de ovos da T. solium faz com que os humanos possam exercer o papel de hospedeiro definitivo e hospedeiro intermediário acidental dessa tênia. Outros animais, tais como o cão, o gato, o rato e alguns macacos já foram encontrados naturalmente infectados.

Transmissao

Para a cisticercose ser adquirida, há a necessidade de ingestão de ovos da T. solium através da carne suína contaminada por auto-infeccçao externa, auto-infecçao interna ou heteroinfecçao.

- auto-infecçao externa: o paciente ingere ovos ou proglotes de sua própria T. solium, através de falta de higiene ou de coprofagia.

- Auto-infecçao interna: por mecanismos de retroperistaltismo, proglotes grávidas de T. solium chegariam ate o estomago e depois retornariam ao intestino, liberando as oncosferas (ovos que contem embrião), que completariam o ciclo;

- Heteroinfecçao: ovos de T. solium provenienetes de algum paciente seriam ingeridos junto com alimentos (ou mesmo em laboratório durante a manipulação de fezes contaminadas); esses ovos liberariam a oncosfera no nível do intestino, completando o ciclo.

Morfologia

Basicamente, é a mesma morfologia já abordada em teníase. A T. solium possui escólex, pescoço ou colo, corpo ou estróbilo, ovos e cisticerco. Seu escólex é globoso, com rostro e ganchos, possui poucas ramificaçoes uterinas e suas

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