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Os Problemas na fase adulta

Por:   •  1/8/2018  •  Dissertação  •  2.211 Palavras (9 Páginas)  •  420 Visualizações

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Problemas na fase adulta

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Universidade de Évora

Licenciatura em Ciências do Desporto

UC: Pscicologia do Desenvolvimento

Ano letivo: 2016/2017

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Definição de “adulto” ou “fase adulta”

Na linguagem comum, um adulto é um ser humano que é considerado alguém que já atingiu uma idade que lhe permita casar, que já responde pelos seus atos e que, em geral, pode realizar ações que lhe são restritas. A entrada legal na idade adulta varia entre os 16 e os 21 anos, dependendo da região em causa. Em algumas culturas africanas consideram adultos todos os maiores de 13 anos, mas a maior parte das civilizações enquadram essa idade na adolescência. Sendo a idade comum de entrada na maioridade a de 18 anos. Assim, tornar-se adulto, quando e como, depende da cultura em que se vive.[1] A vida adulta é entendida muitas vezes como uma fase de estabilidade, sendo mesmo essa estabilidade apresentada como uma característica de maturidade. No entanto a literatura mais relevante sobre a vida adulta mostra, ao invés, que esta fase é marcada por várias transições e transformações.[2]

A representação do adulto continua a impor-se numa perspetiva de estabilidade – o adulto socialmente inserido – contudo, o individuo pressionado ou de forma voluntária procura afastar-se dessa impressão de estabilidade. O adulto situa-se atualmente numa sociedade de escolhas, decisões e projetos, contudo isto tudo realiza-se cada vez mais sem a proteção de um quadro estruturado de identificações, cada vez mais as decisões dependem do individuo e da sua capacidade de se auscultar a si próprio.[3]

O início da vida adulta pode ter em consideração os seguintes aspetos:

* Ter um emprego

* Ser financeiramente independente

* Independência e autonomia

* Autonomia psicológica

* Saber tomar decisões, independentemente

* Estabilidade

* Sabedoria

* Ter filhos [4]

Problemas na fase adulta

São vários os problemas que se concentram na fase adulta do ser humano, muitos deles incidentes em grande parte da vida do indivíduo e que acabam por se agravar nesta fase. Esta fase é descrita por ser estável e sem grandes mudanças, pois a personalidade do adulto, por norma, já está definida.

Contudo, a literatura tem, desde há bastante tempo, acentuado que a fase adulta não é de forma alguma uma etapa de estabilidade e imutabilidade, ligando este facto aos problemas que surgem neste ponto da vida de um humano e que seram referidos ao longo deste trabalho.[5]

O suicídio é definido como: “morte auto provocada e com evidência de que a pessoa pretendia morrer”.[6] É um problema complexo que tem várias causas ou razões, decorrente da interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, ambientais e culturais, dos quais podemos retirar, por exemplo, o desemprego/problemas financeiros, o stress do dia-a-dia, transtornos mentais, abusos na infância, isolamento social, perdas afetivas e doenças crónicas, e as doenças psicológicas.

Para algumas pessoas, em determinado momento da vida, pensar na morte como a única saída para uma situação de sofrimento intolerável, talvez pareça a única solução possível. O silêncio que está muitas vezes presente nas situações de suicídio funciona como uma “máscara”, que esconde uma realidade de profunda dor, misturada com vergonha, estigma e diferença.

Em todo o mundo, num só ano ocorreram cerca de um milhão de mortes por suicídio, o que significa 1 morte em cada 40 segundos, e cerca de 4 milhões de pessoas tentaram provocar o suicídio, tornando-se assim uma das 10 primeiras causas de morte. Sabe-se que 20% das pessoas que tentam o suicídio não procuram ajuda especializada e tentam repetir essa tentativa em menos de um ano aumentando assim a probabilidade de ser fatal. Sabe-se também que 10% de todas as tentativas são mortais.

Em Portugal, a taxa de suicídio dobrou na última década, passando assim de 600 casos para 1200 por ano. Estima-se que o risco de suicídio, ao longo da vida das pessoas, com perturbações de humor, principalmente depressão, é de 6 a 15%, em perturbações com álcool é de 7 a 15% e com esquizofrenia vai de 4 a 10%.

Em geral a probabilidade de tentar o suicídio é 2 a 3 vezes superior na mulheres do que nos homens, enquanto que os homens têm uma probabilidade 4 vezes maior de consumirem o suicídio.[7] Sabe-se também que há grupos mais vulneráveis para a prática de suicídio, como os homossexuais, refugiados, homossexuais, bissexuais, transsexuais, provavelmente, por muita das vezes, não serem aceites pela sociedade.[8]

O suicídio pode ser compreendido como resultado de 3 fatores:

* Pressão/ stress social

* Vulnerabilidade individual

* Disponibilidade de meios[9]

O divórcio também é um dos problemas mais frequentes nos dias de hoje e considerado uma das mais importantes crises na vida de um adulto, que pode desencadear níveis elevados de stress e um grande sofrimento psicoógico.[10] A taxa de divórcio tem aumentado cada vez mais, e Portugal lidera o ranking europeu de divórcios: por cada 100 casamentos, existem 70 divórcios[11], e registaram-se mais 14 mil divórcios em 2013 do que em 1986.[12]

No casamento, ambos os parceiros mudam ou evoluem com o passar dos anos, e, por vezes, essas direções não são complementares, podendo surgir assim a necessidade de separação.

Quando existe um casamento que não é satisfatório, tanto para a esposa, como para o esposo, começam a surgir vários problemas no relacionamento entre os dois,

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