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Os Movimentos literários

Por:   •  11/12/2018  •  2.029 Palavras (9 Páginas)  •  372 Visualizações

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morte do eu lírico

A poesia de João Cabral é uma das primeiras a indicar um corte entre a poesia romântica e a moderna para ele a poesia não é fruto de inspiração nem de estados emocionais, e sim o resultado de um trabalho racional e árduo.

Pg 343

Morte e vida severina

É a obra mais conhecida de João Cabral. Trata-se de um auto de Natal, que faz uso da redondilha, do ritmo e da musicalidade. Sua primeira encenação, com música de Chico Buarque de Hollanda em 1966 no teatro da PUC de São Paulo, fez grande sucesso e ganhou prêmios no Brasil e na França. A obra conta a história de Severino, um lavrador do sertão pernambucano que para fugir da seca e da miséria vai em busca de trabalho na capital e, no caminho encontra fome, mais miséria e mortes, já na capital, ao ouvir a conversa de dois coveiros, descobre que ali há miséria e morte.

Pg 356

A prosa A Revolução dos Cravos deu origem a uma literatura de extração revisionista, que busca reler os fatos históricos sob uma ótica crítica e social. Nessa produção destacam-se duas linhas: a literatura de guerra e a literatura de fundo histórico. Ao primeiro grupo pertencem escritores como Antonio Lobo Antunes, Wanda Ramos, Francisco Assis Pacheco e Martins Garcia. No segundo grupo situam-se, entre outros, José Saramago, José Cardoso Pires, Augusto Abelaira e Jorge de Sena.

A travessia

Está presente em diversos momentos da obra: a travessia do Rio São Francisco; a travessia do sertão; do amor e do medo, da morte e do diabo e também a travessia que Ribaldo faz de sua própria vida ao repassá-la na memória e contar sua história ao interlocutor.

Pg 356

José Saramago: a utopia e a crítica da realidade É o mais conhecido escritor da literatura portuguesa contemporânea e, depois de ganhar o prêmio Nobel de literatura, em 1998, tornou-se o mais conhecido escritor em língua portuguesa. Saramago escreveu poesia, contos, peças teatrais, crônicas e romances. Com parágrafos que podem ter páginas inteiras, ele conduz a narrativa às vezes de forma ágil e leve, às vezes de forma lenta e intricada, conforme sua intenção. A fala do narrador frequentemente se mistura à fala dos personagens, isoladas apenas pela vírgula, o que exige uma leitura muito atenta.

Pg 364

Tendências da literatura brasileira contemporânea A literatura da primeira metade do século XXI se apropria das tradições literárias desenvolvidas a partir da segunda metade do século XX. Metalinguagem, experimentalismo formal, engajamento social e mistura de tendências estéticas são alguns dos traços que marcam a produção contemporânea.

Pg 357

Ensaio sobre a cegueira ou o ensaio sobre a (des)razão Diante do semáforo, vários motoristas esperam o sinal verde. Finalmente ele aparece, mas o carro que está à frente da fila não arranca. Depois de protestos e buzinadas, os motoristas saem de seus carros para ver o que está acontecendo. Surpreendem-se: o motorista daquele automóvel havia subitamente ficado cego. Assim começa a intrigante narrativa de Ensaio sobre a cegueira. Depois desse episódio, muitos outros vão formando um cenário de caos e horror.

Pg 367

O Concretismo ou o "rock’n’roll da poesia" É um movimento de vanguarda tardio, surgido no Brasil em meio à euforia desenvolvimentista da década de 1950. Com foco principal na poesia o movimento ganhou muita força e tornou-se uma referência importante no Brasil e em todo o mundo. A proposta principal do Concretismo é a construção de poemas-objeto , trabalho que, à semelhança de um produto fabricado industrialmente, deixa de ter, no processo de sua composição, qualquer relação subjetiva ou psicológica com seu autor.

Pg 370

A poesia marginal de 1970-1980

Os poetas das décadas de 1970-1980, principalmente os que faziam poesia social, tinham poucas opções diante do controle da censura: utilizar uma linguagem indireta, metafórica, e publicar nos meios editoriais convencionais, ou driblar a censura e cuidar eles mesmos da produção, divulgação e distribuição de seu trabalho. Os que trilharam esse último caminho foram chamados de "poetas marginais" tais como: Waly Salomão, Torquato Neto, Chacal, Roberto Piva, Rodrigo Haro, Claudio Willer, Sebastião Leite Uchoa e Hilda Hilst.

Pg 368

Ferreira Gullar: a poesia nos anos de chumbo

O poeta maranhense Ferreira Gullar (1930) tem uma produção extensa, que compreende, além de poesia, ensaio, dramaturgia, prosa e crítica de arte. Como poeta, foi um dos principais representantes da poesia social e engajada que se fez no Brasil. Em 1962, Ferreira Gullar retomou o verso discursivo e resgatando o uso do eu lírico, voltou a abordar temas de interesse social, como a fome, a Guerra Fria, a corrida atômica, o neocapitalismo, o Terceiro Mundo, etc. Desse período as suas principais poesias foram: as obras Dentro da noite Veloz e Poema Sujo.

Pg 371

A poesia do fim do século XX à década atual

O grupo de poetas que surgiram nas décadas de 1990 e 2000 revela em sua produção influência tanto da poesia marginal, pela apropriação do lirismo espontâneo, quanto de grandes referências do passado recente da literatura brasileira, como Drummond, João Cabral e Manuel Bandeira. Os temas dessa poesia brasileira atual são os mais variados possíveis, indo da vida nos grandes centros urbanos à discussão metalinguística.

Pg 373

A prosa

A partir de 1960 a ficção brasileira consolidou a tendência, já apontada pela geração de 1940-1950, de abandonar a abordagem realista. A visão de um mundo complexo e fragmentado manifestou-se na prosa de ficção com a ruptura da narrativa linear e totalizante e com a construção de uma narração desordenada, fragmentária, sem um foco narrativo claramente definido.

Nesse período, a crônica e o conto, mais do que a poesia, ganharam novos representantes. A crônica, amplamente difundida em jornais e revistas semanais, revelou ou confirmou autores como Luis Fernando Verissimo, Jô Soares, Marcos Rey, Walcyr Carrasco, Moacyr Scliar, Carlos Heitor Cony, Mário Prata, entre outros. O romance desdobra-se em diferentes linhas, como o

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