A Crise de 1929
Por: Ednelso245 • 13/3/2018 • 1.374 Palavras (6 Páginas) • 463 Visualizações
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O “American Way of Life”
Internamente, nos EUA o mercado consumidor apresentava-se cada vez mais pulsante. O estilo de vida fundamentava o consumismo vinculando o bem-estar ao seu poder aquisitivo, promovendo assim, o desenvolvimento das indústrias estadunidenses. Essa expressão máxima do ethos nacionalista. Esse rápido desenvolvimento, atrelado ao comportamento, criou um modelo que inspirou os americanos e o restante do mundo capitalista: a ideia do “self made man.” Uma das ferramentas de estimulo ao consumo, foi facilitar o crédito. Nessa onda, o governo americano ampliou a venda dos títulos de credito, com as chamadas Liberty Loan Campaigns. Nessa nova onda de investimentos, com grandes possibilidades de lucros, a população em massa começou a se interessar essa modalidade. Visando aproveitar-se dessa onda, grandes empresas começaram a vender ações, tentando captar mais recursos para seus investimentos. Com a grande oferta de crédito, as pessoas começaram a investir no mercado de ações com dinheiro de empréstimos. Crucial à economia estadunidense, a Bolsa de Valores de New York comportava importantes negociações feitas pelas principais empresas do mundo e havia se tornado verdadeira febre entre os americanos. Essa grande procura elevou significativamente o preço das ações no mercado.
A crise e a quebra da Bolsa de New York
Em um cenário marcado por forte especulação financeira, negociatas internas com vistas a manipular o mercado e, uma crise fundamentada na perigosa interação entre o aumento irresponsável da produção e a estagnação do consumo, sem uma intervenção ou fiscalização estatal. Em 24 de outubro de 1929, a grande oferta de ações fez com que os preços despencassem. Na semana seguinte, a indústria americana havia perdido 36% do seu valor. Nos meses seguintes, o caos social tomou conta do país. Com os efeitos da crise de superprodução se apresentando cada vez mais graves, diversos empresários foram à falência, grandes bancos encerraram as atividades e os índices de desemprego bateram recordes históricos.
O desespero dos desempregados e das famílias empobrecidas fez com que crescessem vertiginosamente os casos de suicídio, alcoolismo, prostituição e violência urbana. Tais condições possibilitaram ainda o fortalecimento das máfias, responsáveis, por exemplo, pelo comércio de bebidas alcoólicas em um momento onde tal prática era proibida em todo território norte-americano.
A crise e suas consequências no mundo
Como efeito da grande crise americana, empresas começaram a exigir os pagamentos de empréstimos feitos e também houve uma redução de gastos para conter e recuperar a economia. Dois exemplos de países afetados diretamente pela crise, podemos citar o Brasil e a Alemanha.
O Brasil, na época governado pelo presidente Washington Luiz, do Partido Republicano Paulista, tinha vários empréstimos e grande parte de sua produção cafeeira era importada pelos americanos. Com a queda dos preços pelo acumulo dos estoques de café, o governo queimou toneladas de café para tentar elevar seu preço no mercado internacional, sem sucesso. Isso fragilizou não apenas a economia, mas também a estrutura do sistema “café com leite”, permitindo que ocorresse a revolução de 1930 e que Getúlio Vargas ascendesse ao poder.
O caso alemão, onde as duras penas e indenizações de guerra penalizaram a economia, viu seus problemas econômicos chegarem a níveis épicos. Com a capacidade industrial reduzida e inflação altíssima, além de uma taxa de desemprego exorbitante, reforçou apoios de empresários alemães e outros segmentos da sociedade apoiarem o partido nazista, que atingiu 1/3 do Bundestag. Mais tarde, trariam Adolf Hitler a chancelaria, para em 1934, após a morte de Alfred Hugenberg, Hitler se torna o Führer.
O combate à crise e a política do New Deal
Em 1932, Franklin Delano Roosevelt assumiu o governo dos EUA, com o discurso de combate ao medo, na tentativa de resgatar a confiança no sistema bancário. Ele prometeu um novo plano social e econômico, que previa a intervenção e fiscalização do sistema financeiro pelo governo. Foi lançada no Congresso, investigação sobre a quebra de Wall st e fraudes no sistema financeiro. Várias pessoas, dentre elas funcionários do alto escalão do governo foram presos. O presidente Roosevelt também criou o Conselho de Segurança nas Transações, dando o cargo de presidente à Joseph Kennedy, pai do presidente John Kennedy.
O New Deal foi um conjunto dessas medidas econômicas visando essa recuperação. Dentre às políticas implementadas, destacam-se: fortes investimentos estatais em obras públicas, reforma do sistema bancário e monetário, controle de preços e produção
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