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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINASCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

Por:   •  2/10/2018  •  2.364 Palavras (10 Páginas)  •  408 Visualizações

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O PAIF é um serviço de convivência e fortalecimento de vínculos voltado diretamente a famílias em vulnerabilidade social, destacando-se neste contexto diversas formas de violência, dependências psicoativas, miséria, agravantes à saúde, entre outros fatores que muitas vezes são ocasionados pelo desemprego. Esse estudo nos trará informações e orientações referentes ao desemprego e subemprego afim de quebrar esse ciclo histórico familiar.

Como processo histórico deve ser melhor compreendido, principalmente em um período político que se encontra economicamente abalado, em um crescente número da população desempregada. Buscará a eficácia e o trabalho do serviço social na execução e planejamento de serviços e políticas públicas que potencializem e emancipem o cidadão de direitos; através de projetos de convivência e fortalecimento de vínculos; bem como trabalhos em grupo, oficinas multidirecionais, palestras, entre outros.

Outro fato a ser considerado é que essa, exige uma análise profunda de todas as variáveis envolvidas, a fim de se expor as resultantes. Dentro deste contexto, esse trabalho científico se justifica, pois como fonte de informação para estudantes, usuários do PAIF e demais interessados na área do serviço Social.

REVISAR A JUSTIFICATIVA NO MACRO

4. REFERENCIAL TEÓRICO

A reflexão do mundo do trabalho nos conduz a várias diretrizes geradoras de análises críticas, através de processos sociais, econômicos, políticos e culturais, nos quais envolvem-se vários sujeitos.

A prevalência do capital se instaura sob uma relação de dominador, onde os dominados se encontram incluídos ou excluídos socialmente, uma vez que rotulado produtivo ou improdutivo. O indivíduo pode ser considerado produtivo, se interessa ao capital excludente de alguma maneira, pois de acordo com Antunes (2004), o trabalho é a fonte de toda riqueza.

Sabe-se que a desigualdade social produz riqueza apenas as classes dominantes, uma vez que a classe subalterna apenas mantém sua sobrevivência, através da venda de sua força de trabalho.

Apesar do antagonismo de classes, os dominantes precisam dos dominados, pois, a garantia do ciclo capitalista se faz pela troca de mão de obra, o mesmo se faz aos dominados, que com a venda de sua força de trabalho buscam a integração social e econômica. O processo de integração e dependência das classes reflete diretamente na força de trabalho, a qual será analisada seguidamente por Antunes (2004).

A utilização da força de trabalho é o próprio trabalho. O comprador da força de trabalho a consome ao fazer trabalhar o vendedor dela. O último torna-se desse modo actu [de fato], força de trabalho realmente ativa, o que antes era apenas potentia [em potencial]. Para representar seu trabalho em mercadoria, ele tem de representá-lo, sobretudo em valores de uso, em coisas que sirvam para satisfazer a necessidade de alguma espécie (Antunes, 2004, p.35).

Se referindo ao trabalhador improdutivo, entende-se segundo MESZAROS apud ANTUNES (2003), apesar de não terem um valor momentâneo, estão inseridos na corrente capitalista, sendo uma “engrenagem reserva” para acumulo de valor futuro.

Os trabalhadores improdutivos são aqueles que se constituem em agentes não-produtivos, geradores de anti-valor no processo de trabalho capitalista, mas que “vivenciam as mesmas premissas” e se erigem sobre os fundamentos materiais [dos trabalhadores produtivos] (MESZAROS apud ANTUNES, 2003, p. 102)

Neste contexto, se faz necessário caracterizar e se estudar a palavra informalidade (que não aparece ou se recusa a aparecer sob uma forma definida, reconhecível ou ainda por ausência do 'convencional', 'cerimonioso'). Contudo, segundo Tavares (2004), não se apresenta um conceito único e fechado, é difícil tecer sua descrição.

O trabalho informal (subemprego) é visto como setor abrangente de sujeitos não inseridos no mercado formal. No entanto, compreende-se ao estudar a temática mais profundamente, que outros fatores relevantes devem ser levantados. Tavares (2004) evidencia que até a década de 1980, as atividades denominadas como informais eram exercidas de maneira predominante pela população idosa, pois a mesma não mais pertencia ao mercado de trabalho formal, assim como analfabetos e outras pessoas com baixa escolaridade eram caracterizados pelo preconceito sofrido, ou seja, pessoas atuantes no mercado de trabalho informal eram visados como incapazes em exercer atividades do mercado de trabalho formal, seja pela idade ou escolaridade.

Apesar desse processo de descriminalização, Tavares (2004) aponta que:

Esse quadro foi modificado pela acentuada insuficiência dos empregos gerados no setor formal, frente à força de trabalho disponível, o que determina o ingresso de muitos trabalhadores qualificados nas relações informais de produção, e coloca em dúvida a capacidade de relação salarial moderna abranger todos os trabalhadores (Tavares, 2004, p.35).

É evidente que a reestruturação da forma produtiva no mundo industrial, promoveu à chamada flexibilização do trabalho, dando origem concomitante a crise no mercado, deixando muitos trabalhadores a mercê, ocasionado insuficiência de empregos e conduzindo pessoas com escolaridade ou não, ao mercado informal.

Ressalta-se que a informalidade nesse contexto se expõe como estratégia de sobrevivência e não apenas como suporte aos que não possuem condições de se inserir no mercado de trabalho formal.

A cada ano o setor informal cresce, sobremaneira com a elevação da pobreza, cenário esse pertencente a vários países, consequência causada por um sistema que explora e se apropria das formas de subsistência. Tavares (2004) diz que quando se pensou que mercado informal pudesse ser combatido com políticas de emprego e de apoio para a renda familiar, emergiu a noção da informalidade como forma mais adequada para a efetivação flexível. Para compreender melhor esse fator, Vidotti e Bento apud Harley (2003) tecem o conceito da acumulação flexível dizendo que:

A acumulação flexível, como é chamada, é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apoia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Caracterizam-se pelo surgimento dos setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica

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