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MOVIMENTO DE POPULAÇÃO DE RUA

Por:   •  7/2/2018  •  2.168 Palavras (9 Páginas)  •  314 Visualizações

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A reintegração social desses moradores é promovida através da venda dos periódicos que os auxilia na saída das ruas, na geração de renda e na mudança de imagem dos que continuam nessa situação.

Integra também as parcerias com o movimento da população de rua a Associação Rua Tua de Salvador que tem como objetivo representar os moradores de rua em situação vulnerável, com projetos e programas que atendam politicamente nas ações com órgãos competentes institucionais e privados.

A associação rua tua é um espaço de aprendizagem sócio produtivo que oferece cursos em oficina à população em situação de rua, consolidando atividades de resgate da cidadania de homens e mulheres que compõem esse grupo populacional.

Sua finalidade é atender todas as demandas de interesse social relevante como Saúde, Educação, Inclusão Social, Mercado de Trabalho e Lazer.

Entrevista com Sueli Oliveira Coordenadora do Movimento População de Rua Salvador

Sueli iniciou o seu discurso abordando sobre a gênese do movimento, em salvador no qual começou com Maria Lucia, instituindo a sede em 2012.

A pergunta feita sobre as pessoas que vão para as ruas se elas são totalmente responsáveis por esse processo ou a situação esta vinculada com a sociedade entre ricos e pobres?

Ela respondeu que a desigualdade da sociedade influência juntamente com a falta de políticas públicas.

Citou que o secretário municipal de promoção social, diz que as pessoas estão nas ruas por que querem, enfatizou que espera que um dia ele não chegue a tal condição para saber e ver essa realidade, pois só quem sabe dessa situação é quem já passou por ela.

Ninguém vai para a rua porque quer as pessoas para saírem de casa com certeza tem um motivo, e estar na rua disposto a tudo até comer lixo se tiver com fome, passando várias atribulações. A pessoa não ver que aquele ser humano está passando por algum problema.

Expôs sua experiência nas ruas na qual descreve que naquele momento estava com psicológico abalado, após a morte dos avós que eram a sua principal família e teve que morar com sua mãe e o padrasto não conseguindo se adaptar.

Saindo vários dias para as ruas se deu conta de que se sentia melhor fora de casa, passou a compor a família na rua onde se sentia mais acolhida se apegando a essas pessoas das ruas.

Conta que estava em depressão e ninguém percebeu pelo motivo de ter perdido os avós e ter ido para outra família assim ela se referiu a sua mãe, e que nem mesmo assistente social percebeu.

Enfatizou que todos pensam que morador de rua só precisa de casa, comida e trabalho e não pensa que tem que ver a saúde em primeiro lugar, não adianta fazer outra coisa se não trabalhar o psicológico daquela pessoa.

Relata que a recuperação dela foi ter conhecido o movimento onde foi acolhida e teve suporte.

Hoje ela não pensa em nada que não esteja ligado ao movimento que resgata a dignidade das pessoas, levantando a autoestima.

O movimento se fortalece com parceria de entidades que oferece cursos, dentre alguns o de inclusão digital, camareira, costura e o projeto economia solidaria na qual são oferecidos cursos e oficinas a população em situação de rua.

Diversidade na rua

Palestra com Fabiana Miranda (Defensora Pública de Direitos Humanos e Coordenadora da Equipe Pop Rua)

Realizada no dia 20/11/2015 na Defensoria Pública da Bahia

Fatores que causa a situação de rua:

Falta de emprego, sofrimento causado por álcool e outras drogas, morte de algum membro da família ou fatos da natureza como inundações, enchentes dentre outros.

Causa uma situação de rua quando não há uma rede de proteção próxima e quando não há uma família, não há uma rede que acompanhe e apoie. Essas pessoas em situação de rua vão parar na rua porque não tem ninguém por elas que as proteja e acolha. Isso pode acontecer com qualquer um de nós.

Por conta dessa inexistência da rede essa falta de proteção, a reconstrução desses vínculos familiares acontecem nas ruas com as filhas da rua, mãe das ruas, irmãs e irmãos das ruas. Que não tem parentesco consanguíneo, porém tem algo que é muito mais, o afeto e proteção.

Já foi constatado tanto na pesquisa nacional quanto municipal que 85% das pessoas em situação de rua são negras. A maior parte é adulta, negra e do gênero masculino em idade produtiva, mas no mercado de trabalho formal não há lugar para elas.

A situação atual está muito pior pois quem não está em situação de rua já tem dificuldade para conseguir trabalhar imagine as pessoas que tem uma trajetória de rua.

Que não foram capacitadas, não tiveram acesso a direitos como educação, saúde, família direito a assistência desde sempre para que pudessem ter recurso para não ir parar nas ruas.

Em 2007/2008 pesquisa do ministério do desenvolvimento e combate à pobreza indicou 3.289 pessoas em situação de rua em Salvador.

Outra pesquisa municipal promovida pela prefeitura em 2009 contou 2.010 pessoas.

Segundo a pesquisa nacional e municipal 20% é do gênero feminino e essa mesma pesquisa aponta que 5% das pessoas não se declaram heterossexuais seria LGBT em situação de rua.

A violência contra mulheres em situação de rua.

Está na rua é algo de extrema brutalidade para as mulheres pois elas sofrem todos os tipos de violência, dentre elas sexuais e física. Tanto que muitas optam por se travestirem para ter uma aparência masculina para se protegerem de possíveis violência principalmente sexuais.

As mulheres em situação de rua nunca estão sozinhas procurando conviver em grupos como uma forma de proteção, tem muitas mulheres com companheiros no intuito de protegê-las de outros homens sejam das ruas ou não, seja da polícia ou da guarda municipal.

Já teve um caso de estupro de uma mulher em situação de rua por conta de um segurança de uma loja que era o local no qual ela costumava ficar, então estar com companheiro é para protegê-la.

O problema é que muitas vezes esse companheiro comete abusos como

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