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O PARNASIANISMO: MOVIMENTO LITERÁRIO

Por:   •  5/11/2017  •  1.218 Palavras (5 Páginas)  •  579 Visualizações

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• Descritivismo – Analisa, mostra cada instante/detalhe do que quer ser mostrado;

• Culto à forma – Principal característica, pois havia a preocupação dos poetas de elaborarem poemas/sonetos perfeitos, com métrica, rimas raras, vocábulos nada usuais, sem coloquialismo e sim norma culta.

• Preciosismo Vocabular – Erudito, palavras complexas, praticamente ter que consultar a um dicionário a cada poema, pra poder obter um entendimento melhor, visto que são mais palavras mais difíceis.

• Arte pela Arte – Para todos os parnasianos, a visão é de que a arte por si só se complementa, sem necessidade de engajamentos. Só a parte estética já é mais que suficiente. Então, quando um poeta realista vai falar de amor, nação, da sua família, fala porque quer externar. Já para o parnasiano, não é preciso, ele busca a palavra perfeita para o poema perfeito e isso é primordial.

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TRÍADE PARNASIANA E TRECHOS DE POEMAS

Composta pelos três gênios da poesia parnasiana brasileira:

• Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac – Príncipe dos poetas, uma figura brilhante. Mesmo sem o sentimentalismo, sem subjetividade, ele consegue fugir um pouco da frieza, pois algumas de suas reflexões têm a ver com a existência, com a temática da perfeição, não só busca-la, mas tentar entendê-la e explica-la. Nacionalismo não exacerbado, ele fala da língua-portuguesa, da geografia brasileira, mas sempre se contendo. Os parnasianos, como um todo, buscam os valores clássicos Greco-romanos (Mitologia) e Sensualismo.

Profissão de Fé (trecho, Olavo Bilac):

Invejo o ourives quando escrevo:

Imito o amor

Com que ele, em ouro, o alto relevo

Faz de uma flor.

...

Assim procedo. Minha pena

Segue esta norma,

Por te servir, Deusa serena,

Serena Forma!

Este é um dos poemas mais conhecidos de Bilac, onde ele compara o poeta ao ourives, sendo este, o homem que pega a pedra bruta, diamante ou pedaço de ouro, lapida e a transforma na joia perfeita. No caso, o poeta pega a sua pena e começa a escrever, em busca da palavra e expressão perfeita para concluir o poema perfeito. A forma realmente é uma deusa, a busca por essa deusa. Portanto, profissão de fé nada mais é para o poeta, lapidar as palavras.

• Antônio Mariano de Oliveira, mais conhecido como Alberto de Oliveira – Suas características tem tudo a ver com Parnasianismo: Rigidez formal, ou seja, a busca incessante do poema perfeito como o fator de mais importância. A precisão cirúrgica, pobreza de temática, até porque quem se preocupa muito com isso o conteúdo acaba não sendo muito proveitoso. Sem emoção, frio e descritivo.

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Vaso Grego (trecho, Alberto de Oliveira)

Esta, de áureos relevos, trabalhada

De divas mãos, brilhante copa, um dia,

Já de aos deuses servir como cansada,

Vindo do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia

Então e, ora repleta, ora, esvazada,

A taça amiga aos dedos seus tinia

Toda de roxas pétalas colmada.

Este poema retrata um vaso que um deus usava. Na parte ‘a’ do poema, fala do vaso em si e na parte ‘b’, um pouco do relevo dos desenhos contidos na pintura do objeto. Assim, é visível a frieza do autor, onde pessoas não podem se identificar no poema e não há nenhum tipo de sentimento.

• Raimundo de Mota Azevedo Correia – Dos três, este se diferencia por ser singular, por falar da natureza, da melancolia. Filosófico, pois tentou entender sua passagem aqui, mas totalmente pessimista: onde tudo dói, tudo é difícil e a dor o incomoda. Mas colocou nos seus poemas também, visões de moralidade (o que deveria ser feito e seguido).

As Pombas (trecho, Raimundo Correia)

Vai-se a primeira pomba despertada,

Vai-se outras mais... mais outra... enfim dezenas

De pombas vão-se dos pombais (...)

Também dos corações onde abotoam,

Os sonhos, um por um, céleres voam,

Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,

Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,

E eles aos corações não voltam mais...

Ou seja, Raimundo fez um paralelo, assim como as pombas voam, os corações também voam. As pombas vão e voltam, mas os corações e amores, nem sempre.

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ANEXOS

Anexo 1

[pic 1]

Olavo Bilac

Anexo 2[pic 2]

Alberto de Oliveira

19

Anexo 3[pic 3]

Raimundo Correia

Anexo 4[pic 4]

Parnaso

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BIBLIOGRAFIA

http://educacao.globo.com/literatura/assunto/movimentos-literarios/parnasianismo.html

http://www.significados.com.br/parnasianismo/http://literaturaestudantil2m1imh.blogspot.com.br/2012/10/parnasianismo-e-simbolismo.htmlhttp://parnasianhttp.blogspot.com.br/2008/11/contexto-historico.htmlhttp://www.portugues.com.br/literatura/parnasianismo-estetica-arte-pela-arte.html

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