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Os projetos profissionais apresentam a autoimagem de uma profissão, elegem os valores que a legitimam socialmente, delimitam e priorizam seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos, práticos e institucionais) para o seu exercício, prescrevem normas para o comportamento dos profissionais e estabelecem as bases das suas relações com os usuários de seus serviços, com as outras profissões e com as organizações e instituições sociais privadas e públicas. (NETTO, 2010 p.04)

Sabendo disso, estudar para se profissionalizar no serviço social, deve se conhecer e o Código de Ética Profissional e confrontar com sua ética pessoal, para que não aja descontentamento nem arrependimentos, frustrações, podendo assim avaliar e se identificar ou não com sua escolha. São muitas as teorias que o serviço social relaciona, mas devem ser revistas diariamente, entendendo que essa profissão lida com pessoas, e necessita de muito estudo que possibilita o profissional uma visão mais ampla e cuidadosa sobre o fenômeno social.

Terceiro Setor é de origem norte americano e tem uma abordagem dominante, de organizações sem fins lucrativos, todos permeados pela "promessa" de transformação social. Usa padrão emergente de intervenção social, aqui no Brasil segundo Falconer quem foi responsável pelo Terceiro Setor é o Governo Federal.

No governo de Fernando Henrique Cardoso teve por fim uma ação administrativa chamado de Plano Diretor de Reforma do Estado, de responsabilidade do Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE), comandado pelo então ministro Luis Carlos Bresser Pereira, tinha como pilar central a ideia de que a crise brasileira era “uma crise de Estado, da estratégia estatizante e do modelo de ‘administração pública burocrática’”.

“Como resposta a este esgotamento, propõe o conceito de ‘administração pública gerencial’, caracterizada pela eficiência e qualidade, descentralizada e com foco no cidadão”

(Falconer, 1999:14).

Com todos esses subsídios e diversidades a política de assistência social vem se expandindo, e cada vez mais precisando inserir assistentes sociais comprometidos a grandeza da seguridade social e as políticas públicas em consolidação do Estado democrático dos direitos, assim fortalecendo os espaços de controle social e fazendo o mais democrático. Isso requer fortalecer uma intervenção profissional crítica, ética, autônoma e politicamente comprometida com a classe trabalhadora e as organizações populares de defesa de direitos.

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CONCLUSÃO

Houve uma busca histórica na formação do profissional do serviço social, que vem de movimentos e de conceitos e mais conceitos adquiridos desde a década de 1960 no Brasil. Essas lutas na construção da identidade profissional do assistente social destacam se em desafios profissionais relacionados à natureza teórica e prática do serviço social na atualidade.

É importante refletirmos sobre o nosso potencial frente à sociedade, considerando nossa bagagem histórica, nosso protagonismo no desenrolar desta história e sua capacidade de renovação diante das exigências que perpassam nosso compromisso ético, nossa autonomia relativa, nossas necessidades, valores e aspirações pessoais; nossas limitações diante das contradições do espaço onde atuamos nossa construção de conhecimentos, enfim, decifrar a nossa própria identidade.

O desenvolvimento da competência profissional do serviço social hoje se associa a diversas áreas do saber, que essas associações não parem após a graduação. Que busquemos novos caminhos que se baseie na ética, nas reflexões filosóficas, que utilizemos dos recursos profissionais que só o serviço social traz. Que concretizemos as competências específicas e apropriemos dos espaços institucionais através de ações que distingue este saber profissional.

4 REFERÊNCIAS

CONSELHO Federal de Serviço Social. Parâmetros para atuação de assistentes sociais na política de assistência social. Brasília: CFESS, 2009. (Série trabalho e projeto profissional nas políticas sociais). Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/Cartilha_CFESS_Finalgrafica.pdf

GUEDES, Olegna de Souza, LACERDA, Lélica Pereira Elis. Serviço Social em Revista: Do conservadorismo à moral conservadora no Serviço Social brasileiro. Disponível em http://www.uel.br/revistas/ssrevista **

IAMAMOTO, Marilda de CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. Esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Cortez Ed., CELATS (Lima-Perú), 1982.

IAMAMOTO, Marilda V. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social. Ensaios críticos. São Paulo, Cortez Ed., 1992.

FALCONER, Andres Pablo (1999). A Promessa do Terceiro Setor: Um estudo sobre a construção do papel das Organizações Sem fins Lucrativos e de seu campo de gestão. Dissertação de mestrado. São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP-SP.

NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social.