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Atuação interdisciplinar entre Serviço Social e Psicologia

Por:   •  30/12/2017  •  3.454 Palavras (14 Páginas)  •  309 Visualizações

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Na década de 1930, surgiram os primeiros cursos superiores em Psicologia Social, à partir desse momento, outros cursos foram se desenvolvendo, até que houvesse a regulamentação da Psicologia como profissão em 1962,porém a ditadura militar de 1964 impediu que esse processo evoluísse, somente na década de 80, a atuação do Psicólogo sofreu alterações, adotando-se assim, o tema do compromisso social como diretriz da atuação psicológica.A década de 90, além de responder questões levantadas anteriormente também foi importante, no que tange as seguintes questões:

“o psicólogo começou a ser visto como profissional da saúde; a profissão se aproximou dos contextos sociais; houve aumento do número de profissionais em outros campos de trabalho não tradicionais, o que levou à necessidade de rever a formação tradicional dos psicólogos” (Bock APUD Araújo).

Nos últimos quinze anos, houve um considerável aumento da participação do Psicólogo nas políticas públicas, entra em cena a transformação social voltada para a emancipação humana. “ Como resultado dessas experiências houve uma ampliação da concepção social e governamental acerca das contribuições da Psicologia para as políticas públicas, além da geração de novas referencias para o exercício de profissão de psicólogo no interior da sociedade” (CFP,2005).

- BREVE HISTÓRICO DO SURGIMENTO SERVIÇO SOCIAL, AOS DIAS ATUAIS

Em 1930, surge no Brasil o serviço Social, quando se iniciou um processo de urbanização e industrialização,o que trouxe um grande contingente de proletários que viviam em cortiços e tinhas péssimas condições de trabalho e sobrevivência, a insatisfação desses profissionais com a excessiva jornada de trabalho e os baixos salários, obrigaram o Estado a promover algumas concessões que, na verdade, tinham como pano de fundo o controle das massas. Desta forma foi implantado o trabalho de agentes sociais para atuarem no controle social dos que só tinham a sua força de trabalho para vender nascida no seio da Igreja católica, possui raízes no assistencialismo.

A implantação do Serviço Social se dá no decorrer desse processo histórico. Não se baseará, no entanto, em medidas coercitivas emanadas do Estado. Surge da iniciativa particular de grupos e frações de classe, que se manifestam, principalmente, por intermédio da Igreja Católica (IAMAMOTO & CARVALHO, 2005, p.127)

Os “Agentes Sociais” dessa época eram membros da Igreja, ou seja, que pertenciam a classe dominante, que possuíam uma atuação mista entre caridade e repressão.

Em 1932 surge o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), com o incentivo e sob o controle da Igreja, a partir do “Curso Intensivo de Formação Social para Moças”, promovido pelas Cônegas de Santo Agostinho, para o qual foi convidada a Mademoselle Adéle Loneux, da Escola Católica de Serviço social de Bruxelas. As atividades do CEAS se orientarão para a formação técnica especializada de quadros para a ação social e para a difusão da doutrina social da Igreja. ““(...) São promovidos diversos cursos de filosofia, moral, legislação do trabalho, doutrina social, enfermagem de emergência etc.” (IAMAMOTO & CARVALHO, 2005, p. 173).”

Em 1940 surge o Instituto de Serviço Social de São Paulo, outra escola de Serviço Social, voltada para homens, vinda de uma necessidade de levar o trabalho social para os presídios masculinos, bem como para instituições de internação e correção de menores,

Por volta de 1960 ( durante o governo de Juscelino Kubistchek), começou-se a discutir o atendimento individual, uma vez que existia um grupo de militantes de esquerda que defendiam o atendimento coletivo, como no caso de comunidades; começaram a questionar o trabalho social meramente assistencialista e sem perspectiva de mudança na realidade dos assistidos. Segundo nos afirma Albernaz e Silva:

“O desejo de romper com o Serviço Social tradicional contribuiu para a formação de grupos de discussão dentre os profissionais assistentes sociais, culminando com debates ao longo dos vários congressos nacionais periódicos da categoria e delimitando os espaços de pensamentos, entre conservadores – os que queriam manter a perspectiva tradicional, e aqueles modernizadores – um novo projeto com vistas à transformação social. Esse debate foi sufocado pela ditadura militar, ressurgindo com o processo de renovação do Serviço Social que ocorreu entre os anos de 1967 e 1984. Os eventos deste período foram organizados num primeiro momento por iniciativa do CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço Social), que envolveu profissionais e professores da área. E depois se articulando com a ABESS1 (Associação Brasileira de Assistentes Sociais)”.

Em 1967, o congresso de Araxá foi realizado, trazendo um movimento de reconceituação do Serviço Social. Nele fica elencada a necessidade da busca do desenvolvimento associado à promoção humana, através da conscientização da população, embasada na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Em 1972, foi aprovada uma nova metodologia de ensino para formação de assistentes sociais, aferindo cientificidade ao curso com a introdução das disciplinas: Planejamento, Administração, Estatística, Política Social, Economia e Sociologia.Em 1979, o Movimento de Reconceituação que havia sido abafado pela ditadura militar volta com força maior

(...), o Movimento de Reconceituação procura se orientar por uma perspectiva dialética, com base na concepção de Estado ampliado, que permite perceber a instituição como espaço contraditório e de luta de classes. A partir daí, começa a se desenvolver um esforço no sentido de fortalecer a prática institucional, vista na sua articulação com os movimentos sociais populares organizados, passando a se configurar a possibilidade de uma dissociação entre os objetivos institucionais e os da prática profissional. Nessa perspectiva, o Serviço Social questiona a vinculação histórica da profissão com os interesses dos setores dominantes e aponta a necessidade de desvendar a dimensão política da prática profissional e a busca de novas bases de legitimação. (SILVA Apud Albernaz 1995)

Iniciou-se uma ampla reforma no Serviço Social, desde a formação acadêmica, com introdução de novas disciplinas, até a recomposição das direções das associações representativas da categoria de Assistentes Sociais. Uma nova proposta curricular foi introduzida em 1982, fundamentada na teoria marxista do mundo do trabalho e seu materialismo histórico-dialético, pois o Assistente Social atua nas sequelas

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