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A CRISE PESSOAL NAS RELAÇÕES HUMANAS NA MODERNIDADE

Por:   •  30/3/2018  •  3.339 Palavras (14 Páginas)  •  373 Visualizações

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de uma pessoa para outra pessoa, que será compreendida por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga as pessoas, compartilhados sentimentos e conhecimentos. Em toda comunicação envolve pelo menos duas pessoas: a que envia uma mensagem e a que a recebe. O mesmo autor (p. 85) esclarece que:

Uma pessoa sozinha não pode comunicar-se, pois somente com outra pessoa receptora é que pode completar o ato da comunicação. Entretanto, as organizações não podem existir nem operar sem a comunicação; esta é a rede que integra e coordena todas as suas partes.

Ainda conforme Chiavenato (2002) há três conceitos importantes para a compreensão da comunicação: dado, informação e comunicação.

• Dado: é o registro de um determinado evento ou de um fato, por meio de um banco de dados como, por exemplo, onde é armazenado conjuntos de dados para serem posteriormente combinados e processados;

• Informação: é um conjunto de dados com um significado que irá reduzir a incerteza a respeito de algo ou que irá permitir o conhecimento a respeito de algo. O conceito de informação, tanto do ponto de vista popular, como do ponto de vista científico, envolve um processo de redução de incerteza;

• Comunicação: é quando uma informação é transmitida a alguém, sendo então compartilhada também para outra pessoa com o intuito de receber e compreender. Comunicar significa tomar comum a uma ou mais pessoas uma determinada informação.

O processo de receber e utilizar informações são justamente o mesmo processo de ajustamento do indivíduo à realidade e o que lhe permite viver e sobreviver no ambiente que o rodeia.

O processo de comunicação pode ser abordado matematicamente, não do ponto de vista determinado, mas de probabilidades, pois nem todo sinal emitido pela fonte de informação percorre o processo de modo a chegar claro ao destino.

O sinal pode sofrer perdas, mutilações, distorções, pode também sofrer ruídos, interferências, vazamentos e, ainda, ampliações ou desvios. O boato é um exemplo típico de comunicação distorcida, ampliada e muitas vezes, desviada. Em um sistema de comunicações, toda fonte de erros ou distorções está incluída no conceito de ruído. Uma informação com vários sentidos ou que induz a erros contém ruídos. Em uma conversa telefônica, por exemplo, o ambiente barulhento, as interferências, os cruzamentos de linhas, as interrupções e a impossibilidade de ver o interlocutor provocam ruídos. Daí a necessidade de recorrer-se à repetição para superar o ruído. (CHIAVENATO, 2002).

Para esse autor, o conceito de comunicação está sujeito a algumas complicações adicionais quando se trata de comunicação humana, em que cada pessoa tem seu próprio sistema de raciocínio, suas percepções, seus valores pessoais e suas motivações, constituindo um padrão pessoal como referência que torna bastante pessoal e único para a sua interpretação dos fatos. Esse padrão pessoal de referência age como um filtro condicionando à aceitação e ao processamento de qualquer informação. Esse filtro seleciona e rejeita toda informação que não se ajusta a esse sistema ou que possa ameaça-lo. Há uma codificação perceptiva que atua como mecanismo de defesa, bloqueando informações não desejadas ou não relevantes. Assim, existe uma forte relação entre cognição, percepção e motivação. (CHIAVENATO, 2010). “A ideia ou mensagem comunicada é intimamente relacionada com as percepções e motivações tanto do emissor como do destinatário, dentro do contexto ambiental que os envolve”. (CHIAVENATO, 2002, p. 99).

Segundo esse autor, surge então a percepção social, nem sempre é racional ou consciente: “[...] percepção social é o meio pelo qual a pessoa forma impressões de outra na esperança de compreendê-la. A empatia ou sensibilidade social é o meio em que a pessoa consegue desenvolver impressões aprimoradas, a respeito dos outros”.

No fundo, a empatia é um processo de compreensão dos outros. Muitos autores utilizam sinônimos como compreensão de pessoas, sensitividade social, na percepção social para abordar a empatia.

A comunicação completa e eficaz, entendida como o fornecimento ou troca de informações, ideia e sentimentos, por meio de palavras, escrita ou oral, ou de sinais, é vital para o ajustamento das pessoas dentro de uma sociedade. O processo e a comunicação humana estão sujeitos a chuvas e tempestades, é onde existem barreiras que servem como obstáculos ou resistências à comunicação entre as pessoas. São variáveis que intervêm no processo de comunicação e que o afetam profundamente, fazendo com que a mensagem como é enviada se torne diferente da mensagem de como é recebida.

Na realidade, ocorrem três tipos de barreiras na comunicação humana: as barreiras pessoais, as barreiras físicas e as barreiras semânticas:

• Barreiras pessoais: são interferências das emoções e valores humanos de cada pessoa. As barreiras mais comuns em situações de trabalho são os hábitos deficientes de ouvir, as emoções, as motivações, os sentimentos pessoais. As barreiras pessoais podem limitar ou distorcer as comunicações com as outras pessoas;

• Barreiras físicas: são as interferências que ocorrem no ambiente em que acontece o processo de comunicação. Uma distração por meio de uma porta que se abre no decorrer de uma aula, a distância física entre as pessoas, paredes que se antepõem entre a fonte e o destino, ruídos estáticos na comunicação por telefone etc.;

• Barreiras semânticas: são as limitações ou distorções decorrentes dos símbolos por meio dos quais a comunicação é feita. As palavras ou outras formas de comunicação, como gestos, sinais, símbolos etc., podem ter diferentes sentidos para as pessoas envolvidas no processo e podem distorcer seu significado. As diferenças de linguagem constituem barreiras semânticas entre as pessoas.

Esses três tipos de barreiras ocorrem simultaneamente, fazendo a mensagem ser filtrada, bloqueada ou distorcida. Além da influência das barreiras, a comunicação pode ainda sofrer três males: a omissão, a distorção e a sobrecarga.

• Omissão: ocorre quando certos aspectos ou partes importantes da comunicação são omitidos, cancelados ou cortados por alguma razão, seja pela fonte ou pelo destinatário, fazendo com que a comunicação não seja completa ou que seu significado perca alguma substância;

• Distorção: ocorre quando a mensagem sofre alteração, deturpação, modificação, afetando e modificando seu conteúdo e significado original;

• Sobrecarga: ocorre

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