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Transtornos Específicos de Aprendizagem

Por:   •  27/5/2018  •  2.394 Palavras (10 Páginas)  •  335 Visualizações

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Como instrumentos de avaliação, os dois grupos, GC e GE realizaram o Teste de Consciência Fonológica COFIANS (MOOJEN et al.,2003), além de avaliações das produções da escrita das crianças em três momentos , onde foi solicitado às crianças que fizessem um desenho, a escrita do nome próprio e de quatro palavras de uma frase. Além dos dados coletados nestes testes, todas as crianças passaram por uma entrevista individual onde foram investigadas as oportunidades de suas experiências de letramento.

Os dados coletados foram analisados quantitativa e qualitativamente, e especificamente os dados quantitativos passaram por análise estatística, onde foram obtidos os resultados individuais de consciência fonológica e da hipótese de escrita de todas as crianças dos dois grupos. Desta forma, foi possível realizar também uma análise comparativa entre os grupos. Os dados quantitativos foram computados no programa SPSS, versão 18.0.

- Discussão

As crianças participantes, participaram de três coletas de amostra de escrita, na primeira coleta realizada no mês de abril, foi possível afirmar que todas se encontravam na fase inicial do processo de aprendizagem da escrita alfabética, ou seja, no Nível 1, denominado pré-silábica. Através das coletas foi possível traçar o processo de aprendizagem percorrido por cada criança individualmente, como também por todo o grupo. Em dezembro, na última coleta foi possível verificar que 11 crianças do Grupo Experimental encontravam-se no Nível 5 - de hipótese alfabética e apenas 1 criança estava no Nível 4 - de hipótese silábico-alfabético, o que nos possibilita inferir que o GE estava praticamente alfabetizado. Desta forma, foi possível concluir que a intervenção do professor acelera e facilita o processo de compreensão da leitura e da escrita.

Com relação ao desempenho do Grupo Controle neste mesmo período, pudemos observar que no mês de abril as crianças também se encontravam no Nível 1, ou seja, no estágio de hipótese pré-silábica, fase inicial do processo de alfabetização. Observando o gráfico de evolução da aprendizagem da escrita do GC, foi constatado que não ocorreu uma evolução gradativa como no GE. Neste grupo, as crianças saíram do Nível 1 e se distribuíram ao longo dos outros níveis do processo de alfabetização Em dezembro, a maioria das crianças do grupo GC ainda se distribuía entre nos Níveis 2, 3 e 4. isso mostrou que no final do ano, tínhamos crianças sustentando todas as hipóteses de escrita no GC, ou seja, se distribuíam entre os estágios pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético, comprovando um menor rendimento e desempenho do que o apresentado pelo GE.

- Resultados

Os resultados deste estudo mostram que a consciência fonológica é condição básica para a aprendizagem da escrita, melhoram suas habilidades meta-fonológicas e faz com que as crianças evoluam na alfabetização. Também demonstram que a consciência fonológica também é beneficiada pela aprendizagem da escrita, uma vez que as crianças alfabéticas evoluíram ainda mais na pontuação do teste de consciência fonológica. estes resultados não descartam a possibilidade de que exista uma retroalimentação entre estas variáveis.

A pesquisa também comprova a necessidade e a importância da formação do professor no processo de alfabetização. Revelam ainda a importância de incluir nas atividades de alfabetização exercícios que promovam o desenvolvimento da consciência fonológica, como também à explicitação do princípio alfabético.

Conclui que o processo de alfabetização é muito complexo e que a contribuição da Linguística neste sentido, não resolve todos os entraves e desafios, mas a formação e preparo do professor neste âmbito,é imprescindível para a compreensão e aprendizagem dos alunos; deve ainda servir de alerta e reflexão como indicadores da necessidade de mudança no preparo e no conhecimento didático pedagógico, garantindo desta forma melhores resultados neste processo.

Discussão crítica com base nos artigos escolhidos:

Artigo 2:

“Psicolinguística na alfabetização -

tendências, contribuições, possibilidades”

Clarice Lehnen Wolff 1

Marília Marques Lopes 2

Vera Wannmacher Pereira 3

1 Doutoranda em Linguística da FALE-PUCRS. clarice.lewolff@gmail.com

2 Doutoranda em Linguística da FALE-PUCRS. liamarilopes@gmail.com

3 Pós-Doutora em Letras; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS. vpereira@pucrs.br

O artigo apresenta a visão de que o professor alfabetizador e dos anos iniciais precisa ter o conhecimento de como acontece à identificação dos grafemas e de como o processamento da leitura ocorre em nível cerebral. Ser professor nesta etapa da escolaridade requer conhecimento em diversas áreas do conhecimento: cognição, neurologia, psicologia, linguística, literatura entre outros…

Este texto em especial apresenta a visão do cientista, neurologista e professor do Collége de France - Stanislas Dehaene - que apresenta a ideia de que a leitura é uma atividade cultural, mas que também tem um cunho biológico, posto que em qualquer cultura do mundo, a mesma região cerebral é sempre ativada. Afirma também que o ato de ler é uma revolução: o estudo de imagens cerebrais mostra que o homem adquiriu mecanismos extremamente requintados exigidos pelas operações da leitura.

Afirma também que temos uma plasticidade sináptica desde que nascemos até a idade adulta. É ela que faz uma reconversão parcial da arquitetura do nosso córtex visual de primatas para reconhecer letras e palavras. Aprender a ler possibilita uma conversão de redes de neurônios, inicialmente dedicadas ao reconhecimento visual de objetos. Embora não exista uma área pré-programada para a leitura, podemos localizar diversos setores do córtex cerebral como responsáveis pela atividade.

Um setor está em contato com as entradas visuais; outro codifica essas entradas com precisão espacial; outro integra as entradas de uma vasta região da retina, e assim sucessivamente. No córtex estão os neurônios mais adaptados à tarefa de ler.

Ainda de acordo com o cientista, no processo de alfabetização,

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