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Psicodiagnóstico Interventivo – Fenomenológico Existencial

Por:   •  30/10/2018  •  2.121 Palavras (9 Páginas)  •  437 Visualizações

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Conclusão/Comentário

Concluímos assim, que o texto de Marizilda F. Donatelli, tem como finalidade a explicação elaborada sobre a abordagem psicológica no meio clinico, e assim, buscando exemplificar como é as etapas nesse meio, como devemos segui-las para uma melhor elaboração da consulta para a formação da área de psicodiagnóstico. Ela simula etapa por etapa, e como devemos nos conceituar diante do trabalho clinico, como um psicólogo deve se apresentar sobre os pacientes e sua forma de pronunciar sobre as consultas e diante do diagnostico final. Assim, auxiliando os estudantes da área de psicologia para a sua formação e atuação na área de psicodiagnóstico.

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Devolução de informação no processo psicodiagnóstico

O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica que obtém métodos de diagnóstico através da aplicação de testes psicológicos e da interpretação de sinais do comportamento, e indicadores da personalidade, que tem como proposito de identificar sintomas que possibilitem a compreensão pela qual o sujeito esta em busca de auxilio. Após a elaboração das entrevistas e testes projetivos, temos como elaboração final a devolução das informações atribuídas diante do que foi observado.

A devolução de informação consiste em observar a resposta verbal e pré-verbal do paciente e de seus pais, ante a recepção da mensagem do psicólogo. Isso constituiu outra fonte de informação que permite sintetizar acertadamente o caso e emitir o diagnostico e o prognostico com maior margem de certeza, ao mesmo tempo em que permite o planejamento mais adequado da orientação terapeuta.

O texto nos mostra que é de suma importância transmitir o resultado de uma comunicação realizada, tanto para os pais como para a criança, a devolução daquilo que pôde ser compreendido ao longo do processo, deve ser devidamente abordado, para que possa mobilizar as resistências, preencher lacunas, e promover representações. Caso devolva as informações para os pais separadamente favorece a discriminação de identidades dentro do grupo familiar. E caso não há a devolução a criança sente que sua identidade fica depositada no psicólogo e nos pais, fazendo ele como um terceiro, excluindo-o de algo que ele tem direito, já que sua problematização é o motivo central da consulta.Muitas vezes das quais o paciente não sabe se o psicólogo lhe dirá algo sobre o seu problema, ou quando lhe será informado, o paciente nem sempre fica disposto a colaborar com o psicólogo. Já se o paciente sabe que ao finalizar os resultados serem fornecidos a ele, sente-se comprometido no processo e mais disposto a colaborar. Se devolvemos informações damos ao paciente uma oportunidade de se ver com mais critério de realidade, com menores distorções idealizadoras ou depreciativas. Já para os pacientes que vem consultar espontaneamente, é mais fácil de ser aceita como necessária e factível. Isto se deve, possivelmente, a uma maior facilidade do profissional em identificar figuras próximas a idade e a consequente prevalência da comunicação verbal entre ambos.

Uma boa devolução começa com a aquisição de um bom conhecimento do caso, que proporciona uma base firme para proceder com eficácia. Uma vez concluída as entrevistas iniciais com os pais, a aplicação dos testes e a hora de jogo (caso for uma criança), é preciso estudar todo o material registrado e elaborado hipóteses explicativas.

É fundamental que o psicólogo saiba se expressar com clareza e faça reiteradas sínteses cada vez mais compreensivas do caso, a medida que inclui novos dados. É importante que repita a informação que considera que será objeto de maior resistência por parte dos pais.

O psicólogo deve esta preparado para o surgimento de emoções polares, pois em toda entrevista surge, ao mesmo tempo em que o sentimento reparatório, inveja e ciúmes do psicólogo, provocados pela culpa de tornar consciente tudo aquilo que não puderam reparar e que ainda sente destruído. O psicólogo é encarregado de distinguir os sentimentos e situar o paciente e os pais na realidade. Da mesma forma, o psicólogo deve estar preparado para a emergência explicita de conflitos que não haviam sido verbalizados. Quando surgem nas entrevistas com os pais, o psicólogo costuma a ser forçado a desempenhar o papel do juiz e a ser terapeuta do casal, excluindo a situação do filho. Isto é um perigo grave, pois a tarefa é descentrada.

O psicólogo que devolve informação a crianças deve ser treinado da comunicação com elas. A experiência que possua como terapeuta de crianças serem-lhe especialmente útil. Conhecer a técnica de jogo e os elementos básicos da hora de jogo permite captar e compreender melhor o que a criança diz e faz durante a aplicação do psicodiagnóstico e, especialmente o que acontece na entrevista de devolução. Tudo que ela dramatiza, gesticula ou faz adquire, nessa oportunidade, importância to grande ou maior do que verbaliza.

A entrevista de devolução é um passo a mais no conhecimento do caso, passo que as vezes ganha grande importância quando surge suas lembranças reprimidas ou atitudes inesperadas, que fazem mudar os planos idealizados para o caso. Assim, podendo fazer com que desencadeie novas formas de interação auxiliando o individuo na sua própria experiência. Podendo haver mais consultas, ou o encaminhamento deste paciente. A entrevista devolutiva não precisa ser necessariamente uma só, pode deixar aberta a possibilidade para outras entrevistas, sobretudo quando se percebe que o paciente ou os pais necessitam mais de uma oportunidade para elaborar o que é imprescindível dizer lhe.

Já em um caso de pacientes, tanto criança, um adolescente ou um adulto psicótico grave ou em estado confusional, são os pais ou outros parentes os responsáveis pela concretização do tratamento. Se devemos recomenda-lo, é preciso fundamentar previamente nossa indicação e esclarecer os riscos que o paciente ou o grupo familiar correm caso optem por não atender a recomendação.

A devolução de informação também, é recomendável para preservar a saúde mental do psicólogo, evitando que sua tarefa se torne insalubre. Isto aconteceria se ele se encarregasse dos depósitos maciços do paciente e/ou de seus pais. Se restituiu tais fantasias, emoções, impulsos, etc., nele depositados, consciente ou inconscientemente, a seus verdadeiros donos, o psicólogo esta preservando sua saúde. Isto so pode ser feito na entrevista inicial. Desta forma devolução funciona como prova que o psicólogo saiu ileso do

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