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Projeto - O Ensino de Libras para Crianças Ouvintes

Por:   •  11/10/2018  •  2.496 Palavras (10 Páginas)  •  284 Visualizações

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[...] sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca. [...] as crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito próprio. (BRASIL, 1998, V.1, p. 21)

Para aproveitar essa curiosidade na aquisição de conhecimentos será realizada uma breve contextualização sobre o que é e onde surgiu a Libras, bem como a necessidade de se aprender, visando a quebra de barreiras para a comunicação com o surdo. Levando em consideração a necessidade da comunicação no âmbito educativo, favorecendo ambos os lados: dos ouvintes e dos surdos. A única forma de comunicação da criança surda, ocorre através da Libras, dessa forma é de extrema importância disseminar estes conhecimentos para que de fato ocorra a inclusão e socialização da criança surda com seus pares.

De acordo com Araújo, Silva e Sousa (2006), no princípio, os surdos eram afastados da sociedade, sendo muitas vezes abandonados ou sacrificados. Por tempos acreditou-se que a surdez causava inferioridade na capacidade cognitiva, com isso o surdo foi visto como uma pessoa incapaz de ser ensinada. No entanto, a diferença entre um surdo e um ouvinte é de que o surdo apenas se comunica de forma diferente, sendo suas capacidades cognitivas as mesmas de um ouvinte, ou seja, já não são tratados como deficientes.

Uma das maiores dificuldades dessa inclusão na área da educação é a comunicação. Neste contexto, o intérprete é de extrema importância para que esta comunicação ocorra e para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive, no entanto não podemos focar somente no intérprete, devemos considerar que em uma escola o surdo também está cercado por colegas ouvintes.

Na pesquisa das autoras Araújo, Silva e Sousa (2006) foi analisado que os estudantes ouvintes apresentam desejo em aprender a Libras, dessa forma criando possibilidades de interação, socialização e comunicação para com a comunidade escolar. Tendo como resultado a inclusão visando o crescimento pessoal e profissional de todos.

O ensino de Libras nas escolas para alunos ouvintes possibilita a aceitação e inclusão do aluno surdo e da sua língua, gerando assim o respeito e maior interação entre os pares.

Atualmente, existe a necessidade de pensar e reestruturar as metodologias habitualmente utilizadas, direcionando o olhar para a educação e para o ensino da Libras nos contextos escolares. Deve constar nesses planejamentos as práticas que possibilitem uma aprendizagem que seja significativa para o surdo e para o ouvinte no contexto social.

Fazer uso das diversas linguagens possibilita um vasto campo de aquisição de conhecimentos que se tornam interligados de forma sucinta. O ato de aprendizagem voltado para as crianças deve estar inserido em uma prática lúdica, o qual leve a criança a adquirir conhecimentos e internalizá-los por meio de jogos e brincadeiras.

Kishimoto (1993) relata que o jogo educativo apresenta duas características, uma voltada para o lúdico, o qual visa proporcionar o prazer e a diversão, e outra que assume uma posição educativa que visa estimular a busca por conhecimentos e saberes.

Segundo a Base Nacional Comum Curricular (2016, p. 73),

A gestualidade, o movimento realizado nas brincadeiras ou nos jogos corporais, a apropriação da linguagem oral ou em libras, a expressão gráfica, musical, plástica, dramática, escrita, entre outras, potencializam a organização do pensamento, tanto na capacidade criativa, expressiva e comunicativa, quanto na sua participação cultural.

A proposta de práticas lúdicas amplia as perspectivas na área da educação, pois trabalha com a aquisição de conhecimentos fundamentais para as vivências futuras do aluno surdo e do ouvinte, pois a interação acontece de forma imperceptível por meio da brincadeira.

O ensino de Libras ligado ao lúdico propicia à criança o sentimento de pertença, de socialização e de livre expressão através do uso de brincadeiras lúdicas que permitem a aquisição de novos saberes. As brincadeiras se configuram como parte essencial das vivências para as crianças, sendo estas o caminho para aguçar a imaginação e criatividade das mesmas.

Sigarini e Loubet (2016) apresentam como proposta de educação para o surdo através de atividade lúdica que contemple as duas línguas, a Libras e a Língua Portuguesa, exemplificando:

O “jogo da memória” é um material que pode ser trabalhado com os alunos desde a sua confecção. Para a confecção do jogo são necessárias fichas de papel cartão e lápis. Baseados em um tema, os alunos devem registrar nas fichas os pares, podendo este ser em figura e palavra ou sinal e palavra. No momento do jogo, o aluno ou aluna deve anotar os pares que conseguir encontrar (SIGARINI; LOUBET, 2016, p. 04)

Neste projeto também faremos o uso do jogo da memória, porém, como o foco é o ensino de Libras para os ouvintes por meio das imagens, as fichas serão feitas de acordo com a figura e o sinal em Libras.

4. OBJETIVO GERAL

Através deste projeto buscamos oportunizar aos alunos a aprendizagem de conhecimentos referentes à Língua Brasileira de Sinais, criando oportunidades de interação e comunicação com os alunos surdos que frequentam a unidade escolar.

5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Favorecer o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais;

- Promover o processo de inclusão do aluno surdo com seus pares;

- Reconhecer e valorizar a diversidade;

- Disseminar os conhecimentos da Libras.

6. METODOLOGIA

O projeto atenderá as crianças do 3º e 4º ano das séries iniciais do ensino fundamental. Terá a duração de três meses, onde faremos um encontro por semana, sendo que em um dia serão atendidas as duas turmas em horários diferentes.

Todas as atividades serão seguidas de rodas de conversas, para que assim possamos identificar as dúvidas e dificuldades dos alunos. Também será realizada a contação de histórias e a apresentação de vídeos com músicas sinalizadas, para que as crianças tomem conhecimento da utilização de tais materiais.

Em cada encontro os alunos receberão uma

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