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Projeto de ensino

Por:   •  30/1/2018  •  2.060 Palavras (9 Páginas)  •  457 Visualizações

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https://www.ufpe.br/cead/estudosepesquisa/textos/adlene_silva1.pdf

Apesar desse fato incontestável de que somos, em virtude de nossa formação histórico-social, uma nação multirracial e pluriétnica, de notável diversidade cultural, a escola brasileira ainda não aprendeu a conviver com essa realidade e, por conseguinte, não sabe trabalhar com as crianças e jovens dos estratos sociais mais pobres, constituídos, na sua grande maioria, de negros e mestiços. (José Ricardo Oriá Fernandes, 2005).

Segundo José Ricardo oriá, os africanos, que aportaram em nosso território na condição de escravos, são vistos como mercadoria e objeto nas mãos de seus proprietários. Nega-se ao negro a participação na construção da história e da cultura brasileiras, embora tenha sido ele a mão-de-obra predominante na produção da riqueza nacional, trabalhando na cultura canavieira, na extração aurífera, no desenvolvimento da pecuária e no cultivo do café, em diferentes momentos de nosso processo histórico.

Muitas leis e decretos foram criados e inovados com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a grande contribuição do negro na formação da cultura brasileira. Em continuidade a constituição federal de 1988, a lei de diretrizes e bases da educação nacional, determina que o ensino de história do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia (art. 26, § 4º).

O ministério da educação e cultura (MEC), coloca como um dos objetivos gerais do ensino fundamental o conhecimento e a valorização da pluralidade do patrimônio sociocultural do país, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, devendo alunos e professores posicionarem-se contra quaisquer formas de discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais.

O trabalho com conteúdos voltados para as diversidades encontradas nas escolas, são de grandiosa e fundamental importância para desenvolver uma compreensão e fortalecer o combate aos preconceitos existentes tanto na escola quanto no cotidiano dos alunos.

[pic 2]

Escola municipal Rosa Fonseca, Patrícia nogueira coordenadora pedagógica; disponível em; http://emrfonseca.blogspot.com.br/2011/08/mostra-de-talentos.html

A contribuição das escolas nesse processo de quebra de barreiras contra o preconceito se torna cada dia mais indispensável, pois as crianças de hoje, conseguintemente serão os nossos adultos em um futuro próximo.

José Ricardo Oriá Fernandes, considera que não basta apenas introduzir o estudo da diversidade cultural no currículo desses cursos. Há que se pensar, também, na formação de profissionais em nível de pós-graduação (mestrado e doutorado) na temática dos estudos afro-brasileiros, a fim de contribuir com avanços na pesquisa científica dessa área.

Várias tentativas de mudanças tem procurado apontar as questões das relações e das situações surgidas em sala de aula, mostrando como e quando ocorrem a discriminação no espaço escolar e a dificuldade dos profissionais da educação em lidar com essas situações, pois “a luta pelo direito as diferenças sempre esteve presente na história da humanidade e sempre esteve relacionada com a luta dos grupos e movimentos que colocaram e continuam colocando em cheque um determinado tipo de poder, a imposição de um determinado padrão de homem de política, de religião, de arte, de cultura”. (GOMES, 2003, p.73).

Segundo Gomes (2003), surge à necessidade de se compreender melhor a teia de relações que se estabelece dentro da escola, a partir do reconhecimento de que esta, como uma instituição social, é construída por sujeitos socioculturais e, consequentemente, é um espaço da diversidade étnico-cultural.

É importante que para o desenvolvimento do processo cultural na escola, essa tem que ter o conhecimento de todos os seus alunos, para assim poder buscar as melhores soluções possíveis para que o aluno possa se tornar capaz de se encontrar no meio em que vive e assim torna-se um cidadão crítico e pensante.

A contribuição do negro na cultura.

[pic 3]

Capoeira dança tipa africana, educar para crescer, 2013.

A copeira originou-se como uma dança, com o decorrer do tempo os negros para se protegerem começaram a utilizar golpes da dança como defesa e luta contra seus inimigos.

A importância da imagem para a história

No século XIX, os documentos oficias eram tidos como verdades e poderiam mostrar verdadeiramente o fato como ele tinha acontecido, fato que como o avanço dos estudos isso se provou um mito, pois através das fontes nunca podemos chegar a uma verdade absoluta, e que a interpretação e feita de acordo com a fonte estudada.

Segundo Valesca Giordano Litz, numa era de informações associadas às imagens, saber interpretar corretamente signos visuais tornou-se uma premissa aos acadêmicos e profissionais do ensino. E por isso mesmo, o estudo associado às imagens se tornou uma ferramenta muito importante que pode ser utilizada pelos professores de História para efetuar seu trabalho tanto em pesquisas como no dia-a-dia em sala de aula. Contudo, antes de utilizar a imagem como uma simples ilustração ou um apêndice de suas aulas, debates ou discussões, o professor precisa compreender a imagem dentro de alguns parâmetros teóricos, pensar nela como parte integrante de um universo visual, compreender o real significado da iconografia em suas diferentes interpretações, para que não caia no erro de utilizar este conhecimento de forma equivocada, apenas descrevendo aquilo que está visível e reforçando o discurso construído ideologicamente.

Assim tem se tornado comum que alguns documentos como uma imagem, uma canção ou um objeto da cultura material apareçam com certa frequência nos materiais didáticos e através do professor na prática de sala de aula, como mediador na aprendizagem da história. ( Erica da Silva Xavier,)

O trabalho com fonte aumenta bastante a capacidade de percepção dos acontecimentos nos alunos. Segundo Erica da Silva Xavier, o professor atendendo a função cognitiva da aprendizagem do aluno pode transformar essas fontes em ferramentas para demonstrar ao aluno de forma didática que a história é feita de vestígios deixados pelos homens do passado e que se constituem

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