UMA CONCEPÇÃO DIALÉTICA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL (IZABEL GALVÃO)
Por: Hugo.bassi • 26/1/2018 • 2.855 Palavras (12 Páginas) • 741 Visualizações
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Sim depois deste depoimento confirmamos que realmente Wallon está correto, pois a observação define muito sorte qualquer situação, pois é no cotidiano que se consegue ver a realidade do caso ou ser humano (a criança).
Capítulo III
A COMPLEXA DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Neste terceiro vemos um pouco os estudos de Wallon sobre as etapas do desenvolvimento infantil, pois no início da vida do indivíduo o orgânico predomina sobre o social, mas com o passar o orgânico vai dando espaço para o social e para a construção das condutas psicológicas superiores, como a inteligência.
A autora ressalta os conflitos que as crianças passam nessa fase, que são de origem exógena e endógena sendo o primeiro de origem social e o segundo de origem maturacional nervosa.
A autora apresenta neste capitulo elementos para a compreensão da complexa dinâmica do desenvolvimento, e expõe os fatores que lhe imprimem o ritmo.
“O estudo da criança contextualizada possibilita que se perceba que, entre os seus recursos e os de seu meio, instale-se uma dinâmica de determinações recíprocas: a cada idade estabelece-se um tipo particular de interações entre o sujeito e seu ambiente.” (1995, p.38)
Vendo essa ideia de Wallon vemos que o meio que a criança é posta em convívio influencia sim e muito no seus aspectos físicos e mentais, é o primeiro contato com a vida social e que poderá influenciar e muito em tudo que ela irá fazer futuramente, enfim influenciará em tudo para seu desenvolvimento. E claro sem esquecer que sua conduta psicológica será afetada dependendo das situações vividas neste espaço de tempo, negativamente ou positivamente.
“É a cultura e a linguagem que fornecem ao pensamento os instrumentos para sua evolução. O simples amadurecimento do sistema nervoso não garante o desenvolvimento de habilidades intelectuais mais complexas.” (GALVÃO, 1995, p.40)
Digo que foi bem complexo entender que o simples amadurecimento do sistema nervoso, não garante um bom desempenho em atividades complexas, então essa seria a resposta pelo falto de pessoa maduras e não serem tão boas em atividades que envolvem um grau maior de dificuldade.
Capitulo IV
CONFLITOS EU OUTRO E A CONSTRUÇÃO DA PESSOA
No quarto capítulo a autora fala sobre os conflitos eu – outro, pois quando a criança nasce ela não se admite como um ser independente, sendo que no primeiro ano de vida ela se indica em terceira pessoa e no terceiro ela já se indica como eu, nesta fase ela sente a necessidade de negar o outro para se afirmar como eu, a próxima fase é a da graça, ou seja, a fase da sedução onde a criança sente a necessidade de admirar a ela mesma e aos outros, logo após essa fase há a fase da predominância da imitação, onde a criança tenta a reaproximação do outro que foi negado através da imitação. Na adolescência a diferenciação do outro é feita através da diferenciação de opinião. Seguindo este raciocínio a autora cita:
Segundo Wallon, o estado inicial da consciência pode ser comparado a uma nebulosa, uma massa difusa, na qual confundem-se o próprio sujeito e a realidade exterior. O recém-nascido não se percebe como individuo diferenciado. Num estado de simbiose afetiva com o meio, parece misturar-se à sensibilidade ambiente e, a todo instante, repercutir em suas reações, as de seu meio. A distinção entre o eu e o outro só se adquire progressivamente, num processo que se faz nas e pelas interações sociais. (GALVÃO, 1995, p.49)
Assim vimos alguns fragmentos que relatam a essa distinção da criança desde o seu princípio. “É pela interação com os objetos e com seu próprio corpo – em atitudes de colocar o dedo nas orelhas, pegar os pés, segurar uma mão com a outra - que a criança estabelece relações entre seus movimentos e as suas sensações [...]” (GALVÃO, 1995, p.50)
Essas interações ajudam o bebe a reconhecê-lo com um ser individual onde irá construir um recorte de seu próprio corpo, se identificando diariamente. Para Wallon, “o outro é um parceiro perpetuo do eu na vida psíquica”. (GALVÃO,1995, p.55). Sim isso ajudará para esse reconhecimento dessa mentalidade existente que vive escondida a espera de movimentos e situações para serem despertadas.
Capítulo V
AS EMOÇÕES: ENTRE O ORGÂNICO E O PSIQUICO
No quinto capítulo a autora ressalta a questão das emoções que para Wallon nos primeiros meses de vida são essenciais para a sobrevivência humana, mas com o passar do tempo às emoções vão se tornando exteriorizadas. Wallon liga também as emoções com algumas mudanças neurológicas como, por exemplo, a cólera e essas mudanças são encontradas principalmente nos recém – nascidos.
Wallon faz um paralelo entre razão e emoção, pois muitas vezes a emoção nos impede de pensar de forma objetiva, mas se em alguma situação a emoção for muito grande e tentarmos parar e refletir sobre as causas daquele conflito as repercussões serão muito menores.
“O meio das pessoas mais próximas (mãe, pai ou outro responsável) acolhe e interpreta as reações do bebê, agindo de acordo com o significado que atribui a elas: mudam-no de posição, dão-lhe de mamar, soltam-lhe as roupas.” (GALVÃO, 1995, p.59).
Então o fato de que a criança se comporte de maneiras positivas e negativas são influencias do meio em que vivem desde a amamentação a criança já recebe algumas situações eu influenciaram na sua construção como ser.
Capítulo VI
DIMENSÔES DO MOVIMENTO
No sexto capítulo a autora fala sobre o movimento e o equilíbrio, e que ele varia conforme o desenvolvimento da criança, mas nas crianças pequenas as sensações predominam sobre as ações motores, sendo essas responsáveis pelas crianças serem capazes de reproduzir alguma cena presenciada.
A autora ressalta que para Wallon o desenvolvimento cognitivo aumenta a capacidade de independência infantil, mas mesmo assim a criança ainda utiliza objetos como um garfo ou uma colher com finalidades lúdicas. Mas isso não se restringe as crianças, pois os Adultos também utilizam de objetos para se expressar, dependendo do contexto cultural onde está inserido.
Wallon chama de disciplinas mentais a capacidade de controlar nossos movimentos, mas que só se estabelecem por
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