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O LÚDICO COMO DIFERENCIAL PEDAGOGICO NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA

Por:   •  26/10/2018  •  6.710 Palavras (27 Páginas)  •  362 Visualizações

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KEYWORDS: Playful, Games, Child, Pedagogical.

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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Considerando que a ludicidade é um assunto que vem conquistando espaço no panorama educacional principalmente na Educação Infantil, paradoxalmente a realidade que se observou em relação a educação infantil é que a ludicidade ainda não é vista como atividade relevante para a criança na sua totalidade

Estudiosos pesquisadores e cientistas buscam conhecimentos em relação ao desenvolvimento cognitivo, visto que, e na relação com o meio que a criança se desenvolve, construindo e reconstruindo suas histórias sobre o mundo que a cerca. Independente da época cultura e classe social, os jogos, brinquedos e brincadeiras parte da vida da criança, pois elas vivem no mundo de fantasias, de encantamento, de alegria, de sonhos onde a realidade e o faz - de conta se confundem.

O jogo está na gênese do pensamento da descoberta de si mesmo da possibilidade de experimentar de criar e de transformar o mundo. Diante dessa visão, é que o presente estudo possibilitou aos educandos vivências inovadoras, tendo em vista a dinamização do processo ensino e aprendizagem plena da criança, proporcionando oportunidade de experimentar, considerando sempre seu contexto social.

O presente estudo realizou-se por meio de pesquisa de campo e bibliografia, numa abordagem quantitativa e qualitativa onde utilizou-se como instrumentos de coleta de dados questionários contendo perguntas abertas e fechadas.

O estudo teve como lócus de pesquisa a Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental Jalile Sanjad Souza a mesma está localizada na avenida José Martins Júnior s/n, Bairro São Tomé no Município de Salinópolis, a escola atende ao ensino infantil, ensino fundamental e a EJA.

2 - RESGATE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO LÚDICA

Platão na antiga Grécia um dos maiores pensadores nascido em Atenas no ano de 428 ou 427 a.C. filósofo filho de pais aristocratas e abastados, gênio grego. Em 487 fundava sua célebre escola de Jardins de Academo discípulo de Sócrates. O pensador afirma que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos, praticados em comum pelos dois sexos, sobre a vigilância e em jardins de crianças. Segundo ele e todo pensamento grego da época a educação propriamente dita deveria começar aos sete anos de vida.

Platão dava ao esporte, tão difundido na época, valor educativo moral, colocando-o em igualdade com a cultura intelectual e em estreita colaboração com ela na formação do caráter e da personalidade. Por isso, investia contra o espírito competitivo dos jogos, que muitas vezes, usados de forma institucional pelo estado, causava danos a formação das crianças e dos jovens. Mesmo entre os Egípcios, Romanos e Maias os jogos serviam de meios para a geração mais jovens aprender com os mais velhos, valores conhecimentos, em como normas dos padrões de vida social da época.[pic 3]

Porém observa-se que na leitura acima, os jogos constituíram sempre uma forma de atividade relevante ao ser humano. Contudo, percebesse que entre os primitivos as atividades de dança, caça, pesca e lutas eram tidas como sobrevivências, deixando muitas vezes, o caráter restrito de divertimento e prazer natural. As crianças nos jogos participavam de empreendimentos técnicos e mágicos utilizando seu próprio corpo e meio.

A cultura adulta fazia parte da infância da criança e de seu mundo. Esse mundo podia ser pequeno, mas era eminentemente coerente, uma vez que os jogos caracterizavam sua própria cultura, e a cultura era a educação, sendo que esta representava sua sobrevivência. Com ascensão do cristianismo, os jogos foram perdendo seu valor, pois eram considerados profanos e imorais sem nenhum significado para criança. Foi a partir XVI que os humanistas começaram a perceber o valor educativo dos jogos e os colégios Jesuítas foram os primeiros a recolocá-los em prática, e pouco a pouco foi imposto às pessoas de bem e aos amantes da ordem uma opinião menos radical em relação aos jogos.

Os jesuítas editaram em latim, tratados de ginástica que fornecia regras dos jogos recomendados e passaram a aplicar nos colégios a dança, a comédia, os jogos de azar, transformados em práticas educativas para aprendizagem da ortografia e da gramática.

Segundo Plilipe Aries (1981 p.16.17) pesquisador da vida da criança e da família, afirma em relação aos jogos que:

“Os padres compreenderam desde o início que não era possível nem desejável supri-los de mesmo fazê-los depender de permissões precárias e vergonhosas. Ao contrário, propuseram-se a assimilá-los e a introduzi-los oficialmente em seus programas e regulamentos e controlá-los. Assim disciplinados os jogos, reconhecidos com bons, foram admitidos, recomendados e considerados a partir de educação tão estimáveis quanto aos estudos”

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A partir do momento em que foi visto que os jogos eram realmente importantes e que não poderiam ser eliminados, deu-se maior importância a educação lúdica. Outros teóricos precursores dos novos métodos ativos da educação fizeram a importância do processo lúdico na educação das crianças. Ensina-lhes por meio de jogos, proclamava Rabelais, ainda no século XVI, dizendo: “Ensina-lhes a afeição a leitura e ao desenho, e até os jogos cartas e fichas servem para o ensino da geometria e da aritmética’’.

Frobel (1782-18520), discípulo de Pestalozzi, estabeleceu que a pedagogia deve considerar a criança como atividade criadora, e despertar, mediante estímulos, as suas faculdades próprias para a criação produtiva. Na verdade, com Frobel se fortalecem os métodos lúdicos na educação. O grande educador faz do jogo uma arte, um admirável instrumento para promover a educação para as crianças.

A educadora Maria Montessori (1870-1952) constitui a referência obrigatória de toda a reflexão pedagógica sobre o ensino pré-elementar. Tendo encontrado em Froebel a idéia dos jogos para a educação de cada um dos sentidos. Os jogos “sensoriais” estão ligados a seu nome.

Jean Piaget cita em suas diversas obras fatos e experiências lúdicas aplicadas em crianças, e deixa transparecer claramente seu entusiasmo por esse novo processo. Para ele os jogos não são apenas uma forma de desafogo de entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Por

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