LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Por: Rodrigo.Claudino • 6/6/2018 • 4.220 Palavras (17 Páginas) • 370 Visualizações
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O conhecimento de vida e de mundo de muitas pessoas Surdas foi-lhes passado por outros surdos, como a Língua de Sinais e o principal meio de interação social para a maioria das pessoas surdas, é por ela que costumam ter acesso ao conhecimento de mundo em geral, nas famílias que tem vários familiares surdos, a língua de sinais é usada no cotidiano, nesse contexto, normalmente, tanto filhos surdos como filhos ouvintes crescem em um ambiente no qual a língua de sinais e a língua da família, os pais surdos conversam com seus filhos em língua de sinais, usam estratégias visuais para chamar a atenção de seus filhos desde o nascimento e convivem com a comunidade surda, nessas famílias, o normal e ser Surdo.
O conhecimento cultural específico da comunidade Surda inclui não só os valores e os valores e os costumes, mas também a informação cultural, o conhecimento específico do mundo Surdo inclui vários assuntos como notícias do mundo, acontecimentos importantes matérias de jornal, nomes de lideres Surdos, figuras da historia dos Surdos, a forma de usar o serviço de telefone, atualmente, fala-se também sobre o sistema de intermediação Surdo-Ouvinte e sobre o celular, a companhia visual o telefone luminoso e o relógio vibratório, e a forma de lidar com pessoas ouvintes. Alguns fatores podem afetar o processo de aprendizagem de pessoas surdas, como por exemplo: o período em que os pais reconhecem a perda auditiva, o envolvimento dos pais na educação das crianças, os problemas físicos associados, os encaminhamentos feitos, o tipo de atendimento realizado, entre outros.
Embora os aspectos médico, individual e familiar ampliem o universo de análise sobre o fenômeno, nos chama a atenção para a necessidade de vê-los sob uma perspectiva sociocultural.
Os surdos, por norma são utilizadores de uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala, e podem ter ainda uma cultura característica.
O surdo difere do ouvinte, não apenas porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidades psicoculturais próprias. Somos todos iferentes.
No Brasil os surdos desenvolveram a LIBRAS com influência da língua de sinais francesa, portanto, elas não são universais; cada país, ou comunidade de surdos possui sua própria língua de sinais. Em Portugal, por exemplo, existe a LGP. Em Angola, os surdos locais desenvolveram a Língua Gestual Angolana (LGA), também largamente designada por Língua Angolana de Sinais (LAS). Já outros, por viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos mímicos.
Existem também surdos que, por escolha dos pais ou opção pessoal, preferem utilizar uma língua oral.
Ao longo dos anos, as pesquisas interdisciplinares sobre surdez e sobre as línguas de sinais, realizadas no Brasil e em outros países, tem contribuído para a modificação gradual da visão dos surdos, compartilhada pela sociedade ouvinte em geral.
- Em alguns casos, apesar do bloqueio auditivo, o seu domínio da língua oral pode se equiparar aos ouvintes, através do uso da leitura labial, o uso de aparelhos, implantes auditivos e acompanhamento fonoaudiológico.
No caso de surdos que dominem apenas a língua de sinais, o fato de integrarem um grupo linguístico-cultural distinto da maioria linguística do seu país de origem, equipara-os a imigrantes estrangeiros. Porém, o fato de não disporem do meio de recepção da língua oral, pela audição, coloca-os em desvantagem em relação aos imigrantes, com respeito ao aprendizado e desenvolvimento da fluência nessa língua. Essa situação justifica a necessidade da mediação dos intérpretes em um vasto número de contextos e situações do quotidiano dessas pessoas. Ainda que faça uso da leitura labial, o surdo sinalizado pode ter dificuldades de compreender a língua oral, visto que, essa técnica o habilita, quando muito, a perceber apenas os aspectos articulatórios da fonologia da língua. Daí sua enorme necessidade da mediação do intérprete de língua de sinais.
O QUE O PROFESSOR DEVE FAZER COM UM ALUNO SURDO EM SALA DE AULA, COM ALUNOS OUVINTES?
- Aceitar o aluno surdo como os demais alunos;
- Ajudar o aluno a entender o que se pede não lhe dar soluções prontas;
- Não superproteger;
- Não ficar de costas para o aluno, nem de lado, quando estiver falando;
- Preparar os colegas para recebê-lo;
- Dirigir-se ao surdo em língua de sinais; se não for possível, utilizar frase curtas, bem pronunciadas num tom normal, sem exageros;
- Ao chamar atenção do aluno, utilizar gestos convencionais;
- Colocar o aluno surdo nas primeiras carteiras, longe de janelas e portas, para não se distrair;
- Utilizar todos os recursos que facilitem sua compreensão (dramatização, mímicas e materiais visuais);
- Se utilizar vídeos, certificar se são legendados;
- Fazer resumos do conteúdo das aulas no quadro negro e depois repassá-los em língua de sinais;
- Incluir a família no processo educativo;
- Cumprimentá-lo sempre que possível em língua de sinais e ou com sorriso;
- Todos na escola (professores e funcionários) devem aprender a língua de sinais;
- As aulas devem ser em língua de sinais; se não for possível, solicitar ajuda de intérpretes até que os professores se preparem para esse atendimento;
- A escola deve receber assessoria de uma equipe (pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos) enviada pela Secretaria de Educação Especial do Estado;
- A escola deve incluir no Plano Político Pedagógico estratégias de trabalho com o aluno surdo;
- Avaliar o aluno pela mensagem e pelo conteúdo, não pela escrita;
- Acreditar nas potencialidades do aluno.
Partindo dessas considerações, não é de admirar que o professor evidencie em seu discurso que a presença do intérprete em sala de aula seria, de
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