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A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS OUVINTES E SURDAS - A IMPORTANCIA DE LIBRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  14/12/2018  •  2.128 Palavras (9 Páginas)  •  445 Visualizações

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A IMPORTANCIA DE LIBRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O conhecimento de libras para os surdos tem a mesma importância do que o conhecimento da língua portuguesa para os ouvintes, então por que não começar esse conhecimento desde cedo, expandindo para as crianças ouvintes para que as mesmas possam se comunicar com seus colegas surdos. Com isso ao reconhecer LIBRAS como a Segunda Língua Brasileira, estará desenvolvendo igualmente uma comunicação na sociedade.

Como o nome já diz língua de sinais - LIBRAS, os surdos se comunicam através de gestos realizados com as mãos, cabeça e outras partes do corpo, isso por estarem carecidos da audição. Sobre isto, SALLES (2004), menciona:

“A LIBRAS é adotada de uma gramática constituída a partir de elementos Constitutivos das palavras ou itens lexicais e de um léxico que se estruturam a partir de mecanismos fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos que apresentam também especificidades, mas seguem também princípios básicos gerais. É adotada também de componentes pragmáticos convencionais codificados no léxico e nas estruturas da LIBRAS e de princípios pragmáticos que permitem a geração de implícitos sentidos metafóricos, ironias e outros significados não literais. A LIBRAS é a língua utilizada pelos surdos que vivem em cidades do Brasil, portanto não é uma língua universal.”

Na educação bilíngue o sujeito surdo deve ter o conhecimento da língua de sinais como sua primeira língua e como segunda língua a oficial de seu país, no caso o Português. No entanto, para uma proposta bilíngue a obrigação do ensino da língua oficial na forma de oralização está descartada.

A proposta do bilinguismo é de proporcionar o acesso às línguas garantindo a valorização das culturas para que os alunos tornem-se inseridos na sociedade em que vivem, onde Lúria (1986) nos confirma que, os processos de desenvolvimento da linguagem incluem o conjunto de interações entre a criança e o ambiente tornando-se necessário desenvolver alternativas que possibilitem os alunos com surdez adquirir linguagem aperfeiçoando esse potencial.

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Para Lacerda (1998), o propósito da educação dos surdos era, então, fazer com que pudessem desenvolver o pensamento, adquirir conhecimento e se comunicar com o mundo ouvinte. No entanto, para o acontecimento desses fatos, a LIBRAS deveria de fato ser incitada, ensinada desde a educação infantil, para que qualquer pessoa ouvinte fosse apta a se comunicar com o surdo, para dessa forma haver a inclusão no ambiente escolar e posteriormente no de trabalho.

Com isso é ressaltada a importância da língua de sinais ser estudada desde a educação infantil, seria inserida em todo o pais de forma com que todos pudessem ter um conhecimento claro, pois tanto os alunos ouvintes quantos os alunos surdos aprenderiam juntos na medida em que se relacionassem uns com os outros, com isso durante o passar dos tempos iriam aperfeiçoando suas habilidades..

A inclusão é ainda um grande desafio para todos, durante as aulas onde existam alunos surdos os professores ainda necessitam de interpretes para os ajudarem, e com isso a inclusão de fato não acontece, pois o aluno acaba se relacionando somente com o tradutor.

Inclusão propriamente dita, não se baseia na permanência física dos alunos com os professores, mas é um meio de se quebrar os paradigmas do assunto, e com isso os alunos passam a ter um maior potencial, devido aos cuidados do professor quanto as particularidades para atender suas necessidades. Onde se é afirmado por Mantoan :

Inclusão é a capacidade que temos de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. (MANTOAN, 2002).

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Os alunos com necessidades especiais no geral incluídos no ensino regular tem se deparado com as dificuldades no ambiente escolar tais como: a maioria das escolas ainda não está preparada fisicamente para situações com tais necessidades, faltam materiais didáticos específicos, os currículos escolares não estão elaborados para abordar tal realidade que deveriam propor metas e ações para tais questões, fatores esses importantes para garantir a acessibilidade a uma educação com qualidade de acordo com a asseguração das leis.

Para que se obtenha um bom trabalho durante a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais no ensino regular, cabe a escola se reestruturar, com adaptações nas salas de aula, materiais pedagógicos, alterações no currículo escolar e no incentivo às formações específicas dentro do corpo docente. Sabe-se que, a inclusão vem ganhando ainda mais lugar no campo pedagógico, mas ainda bate de frente com um problema que impede sua eficácia, o despreparo dos professores para atender a essa nova exigência da educação.

Para o sucesso desse feito é de suma importância a presença de profissionais preparados, a fim de garantir aos alunos um ensino de qualidade, conforme decreto de n°5.625, de dezembro de 2005 capitulo III, Art.5° que define a formação de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, realizado em curso de Pedagogia ou curso normal superior onde as Libras e a Língua Portuguesa escrita sejam línguas de instrução, para viabilizar a formação bilíngue.

Em se tratando de profissionais habilitados em LIBRAS, Strobel considera que:

São raros os professores habilitados para trabalhar com os alunos surdos em sala de aula. Na maioria dos cursos de Pedagogia nas universidades não tinham estas especializações para esta área somente agora salvo pelo decreto n. 5626, de 22 de dezembro de 2005 que dá obrigatoriedade das aberturas de cursos de Libras nestes cursos, as coisas podem melhorar (STROBEL, 2008, p. 102).

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A língua de sinais LIBRAS deve fazer parte da grade curricular do curso de formação de professores, e é de grande importância, pois o professor deve ser versátil, sempre preparado para enfrentar

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