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LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES DE ESTÁGIO SOB O OLHAR NORTEADOR DE EMÍLIA FERRERO E ANA TEBEROSKY

Por:   •  21/5/2018  •  6.078 Palavras (25 Páginas)  •  342 Visualizações

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Através do conhecimento que a criança trás de seu mundo particular, das vivências e convivências nos ambientes dos quais participa, ela vai paulatinamente construindo e reconstruindo o processo de aprendizagem da escrita e da leitura através dos fonemas a ela apresentados pelo professor.

Este conhecimento adquirido dentro da sala de aula passa pelo processo individual e coletivo, onde as crianças se ajudam e criam formas e formulas silenciosas e orais, quando conhecem as primeiras letras, identificam os primeiros sons, agrupam as primeiras sílabas e passam a construir palavras, textos, histórias faladas de início e escritas depois da maturação psicológica.

As crianças que observamos ainda apresentam dificuldades para pronunciar de forma adequada os fonemas, formar e utilizar sílabas como nha, lha, xa, za, escrever pequenas frases e elaborar textos, mesmo que ainda de forma oral.

Os primeiros passos nos anos iniciais, é diferente para cada criança, que se enriquece com as descobertas e pacifica o educador com seus conceitos e sonhos.

A alfabetização constrói o alicerce e deixa pilares para a construção de novos mundos, através da liberdade de movimentos, que cada indivíduo utiliza para aprender a codificação dos símbolos, letras.

Dentro do processo de aprendizagem da leitura e da escrita, o indivíduo aprende a identificar o seu eu e através disso constrói seu sucesso, mesmo que às vezes tropece; possibilitando ao professor investigar seu insucesso.

Tornar o aluno consciente de suas possibilidades através de diversos caminhos (metodologias), utilizando-se de instrumentos como: o visual, auditivo, psicomotor, linguístico, tanto para avaliar como para ensinar, faz com que o aluno possa perceber que não existe somente uma maneira de interpretação.

Universalmente utilizadas, a leitura e a escrita, têm muitas facetas e o grau de dificuldade de cada indivíduo para se inserir neste sistema e a busca pela adaptação, torna o trabalho do professor inquietante a partir do momento em que ele precisa ser motivador e facilitador conscientizando o aluno de seu potencial.

Redefinidos os processos de aprendizagem quando necessário, o aprendiz se torna confiante e começa a ler e escrever de forma contínua, aperfeiçoando-se a cada dia. Passa a fazer a relação entre consciência fonológica, leitura e escrita, e ganha o mundo através de seus dizeres.

Aprendido e apreendido o princípio alfabético, o coro de vozes dentro da sala de aula se repercute pelos anos do ensino regular, até que os conceitos linguísticos se misturam com a imaginação e tornam o cidadão capaz de leituras, releituras, cópias, escritos e criações.Encontro de saberes da criança com suas representações infantis e do adulto que se tornou, com suas múltiplas criações, que se traduz através do aprendiz que se transformou em um aplicador de formas fonéticas desenvolvendo hipóteses e criando soluções para as junções de letras e símbolos.

O conhecimento que resulta da linguagem escrita e escrita falada, não pode, contudo, abandonaros sonhos que ficaram para trás com as crianças que não conseguem cumprir todo esse ritual. Pode ser decifrado, através de hipóteses que vão caracterizando as histórias de outras crianças que mesmo não conseguindo construir a partir das letras, fonemas, leituras e escritos, vão reestruturando vidas, saberes, seres e conhecimentos para escrever e ler de maneiras diferenciadas. Idealiza novas conquistas, novos saberes, novas criações, que são traduções de vivências e experiências utilizando instrumentos como: aspectos sonoros, visuais, psicomotor, linguístico, afetivo - formas essas, aspiradas e inspiradas por pedagogos, professores que contam e encantam através dos nomes das letras e da fonetização da escrita.

O aprendizado da matemática pode ser apresentado à criança de diferentes maneiras e em diversos espaços, de maneira natural e prazerosa. Enquanto ela brinca, ela se relaciona com oseus pares, com o professor e com os ambientes, percebe seu corpo nos lugares, conta objetos e organiza os brinquedos. Aceita as regras das brincadeiras ou as negocia. Desse modo ela esta sempre solucionando situações/problemas que fazem parte da sua experiência.

Ao experimentar essas pequenas dificuldades, ela desenvolve seu raciocínio lógico e a capacidade de decidir por melhores soluções acerca dos problemas que vão surgindo em sua rotina.

Mesmo não sabendo a ler e escrever a criança já está sendo alfabetizada matematicamente quando fala sua idade, altura, o numero de sua casa, o numero de irmãos, quantos são seus avós, quantos brinquedos tem e através de uma infinidade de outras coisas, mesmo sem atribuir a eles o significado real de quantificação. Como afirma DANYLUK (1988, p.58), “Ser alfabetizado em matemática, então, é entender o que se lê e escrever o que se entende a respeito das primeiras noções de aritmética, geometria e lógica”. Podendo assim, fazer com que a criança/aprendiz possa perceber que a compreensão dos símbolos facilita a leitura e contribui com a escrita, permitindo uma interpretação mais conscientedos conteúdos a ela apresentados. Na Proposta Curricular para o Ensino de Matemática – 1ºGrau (1992, p. 13), sugere que:

[...] o aprendizado de Matemática tenha essencialmente o significado de uma alfabetização nos aspectos quantitativos da realidade, na classificação das formas, nos rudimentos da razão, na lógica da articulação dos significados, no desenvolvimento da capacidade de projetar, de arquitetar soluções envolvendo grandezas.

Entendemos que a alfabetização está relacionada com a visualização dos símbolos, a compreensão dos dados, a maneira como a criança e o professor utilizam as informações apresentadas, a comunicação que se desenvolve entre as partes e como as idéias e formas saem do imaginário e chegam ao papel se transformando em símbolos/letras para serem traduzidos e lidos em seus mais variados contextos.

Diante disso, acreditamos que o letramento e a alfabetização da língua materna andam juntos com a alfabetização matemática, visto que o olhar se apropria primeiro da forma e a memorização tanto utilizada na matemática toma consciência dos símbolos, emprestando às letras o desenho das formas, que começam com garatujas e culminam em caligrafias que contarão a história de alfabetização de diferentes crianças que estudavam em salas de 2º período.

Não podemos esquecer, entretanto, que o professor deve buscar novos conhecimentos e se capacitar para apresentar a seus alunos novas formas de ensino/aprendizagem tão discutidas

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