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GESTÃO ESCOLAR: DEMOCRACIA, HUMANIZAÇÃO E QUALIDADE DE ENSINO

Por:   •  6/7/2018  •  2.031 Palavras (9 Páginas)  •  339 Visualizações

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espaço de formação, troca de conhecimentos, comportamentos, valores e práticas, entre alunos, professores e todos que compõem a comunidade escolar, onde Juarez Dayrell em “A escola como espaço sócio-cultural” destaca que

Analisar a escola como espaço sócio-cultural significa compreendê-la na ótica da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em conta a dimensão do dinamismo, do fazer-se cotidiano, levado a efeito por homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras, negros e brancos, adultos e adolescentes, enfim, alunos e professores, seres humanos concretos, sujeitos sociais e históricos, presentes na história, atores na história. Falar da escola como espaço sócio-cultural implica, assim, resgatar o papel dos sujeitos na trama social que a constitui, enquanto instituição. (DAYRELL, 1996, p. 136)

Assim, a instituição escolar tem a oportunidade de ampliar as suas atuações, e no seu fazer cotidiano, revelar os elementos de seu contexto passando a representar seu papel social consciente de sua identidade e de como ocupa o espaço da qual está inserido.

Segundo Libâneo, esta forma a escola também apresenta como foco a construção de uma identidade participativa que:

Asseguram a racionalização dos usos de recursos humanos, materiais, financeiros e intelectuais, assim como a coordenação e o acompanhamento do trabalho das pessoas. (LIBÂNEO, 2007, p. 316)

É importante destacar que a escola ao estabelecer seus princípios e metas demarca os métodos e recursos que podem ser utilizados, caracterizando assim sua forma de gestão. As ações e procedimentos devem ser desenvolvidos com atividades integradas, pois essa perspectiva desencadeia a necessidade de organização, com direção e avaliação por parte de seus gestores, disponibilizando meios e condições para efetivação dos seus objetivos. Desta forma cria-se uma possibilidade dos sujeitos refletirem sobre o significado do seu trabalho, sendo este na ordem individual e coletiva, realizada na unidade escolar e comunidade.

A gestão escolar democrática estabelecida como lei na Constituição Federal de 1988 no Brasil, estruturou bases legais e institucionais , onde, ela passou a assumir um cargo de maior valor diante de outras instituições sociais, pelo seu papel na construção e propagação da cidadania. Isso porque o ideal democrático tem um vínculo propulsor diretamente ligado ao desenvolvimento e evolução dos princípios educacionais. A medida em que a educação assumiu um perfil de responsabilidade, passou a rejeitar os ideais de autoritarismos e manipulação, atentando para a necessidade de formar cidadãos capazes de assumir uma postura política perante a sociedade.

Constatando – se estes fatos, notifica-se a carência de um trabalho real referente ao desenvolvimento nas condições de igualdade de oportunidade destinadas a população. Em seguida esse princípio tende a existir dois patamares que refletem claramente como uma concepção pode ser reconhecida numa organização. Nela encontramos a visão “macro” do sistema diante do envolvimento que compõem a escola, imprimindo as decisões na perspectiva política de planejamento, currículo e avaliação que se refletem no caráter “micro” da instituição referente ao desenvolvimento das práticas em sala de aula.

Faz-se necessário que se tenha convicções, práticas educativas concretas, padrões éticos e, sobretudo a colaboração no trabalho coletivo para que sejam ampliados os princípios de justiça e igualdade na mediação do conhecimento, da cultura e realidade, ao oferecer aos sujeitos subsídios em seu desenvolvimento intelectual, exercendo ações conscientes e transformadoras no meio social. Sendo assim a valorização de espaços abertos destinados a comunicação na área da educação e de seus atuantes são necessários para que as bases que consolidam a democracia possam ser discutidas , disseminadas e através das trocas de experiências analisadas e colocadas em prática para novas reavaliações e aprimoramento.

Sabendo-se que o ser humano organiza-se para uma vida em sociedade construindo sua identidade à medida que se relaciona com o outro, ampliando suas ações através do diálogo, no elaborar de experiências, nas atuações coletivas e na universalização do conhecimento intelectual. Observamos que as relações humanas passam a exigir uma capacidade de articulação e adaptação diante das constantes transformações de princípios que marcam o espaço e o tempo da convivência. Contudo este processo para estabelecer relações saudáveis pressupõe uma dificuldade considerável no âmbito social , segundo Jung é espantoso constatar o quão diminuta é a capacidade das pessoas em admitir a validade do argumento dos outros, embora esta capacidade seja uma das premissas fundamentais e indispensáveis de qualquer comunidade humana. (...) Na medida em que o indivíduo não reconhece o valor do outro, nega o direito de existir também ao “outro” que está em si, e vice-versa. A capacidade de diálogo interior é um dos critérios básicos da objetividade. (JUNG 1984, p. 89).

Compreende-se que a convivência permite aos sujeitos, perceber os limites e possibilidades das suas ações e o surgimento de novas necessidades que os leva ao autoconhecimento. Esta perspectiva traz o reconhecimento de uma nova concepção de educação, pois a escola exerce a função de contribuir no preparar dos sujeitos para a vida em sociedade, e para tanto precisa compreender a relevância das relações na construção do processo pedagógico. Assim, ela deixa de ser um ambiente unicamente destinado para transmissão de conhecimento acumulado, passando a constituir-se como espaço de sociabilidade, interação das relações humanas de igualdade de oportunidade.

Conclusão

Ser democrático e humanitário, significa desafiar-se através de um respaldo, com respeito e liberdade as diferenças, onde o percurso de determinado ambiente pode ser traçado segundo um trabalho em equipe, que, para chegar aos seus objetivos depende exclusivamente das relações. Neste respaldo existe a promoção da formação humana, existindo assim o investimento do crescimento em grupo e individual que reflete no ambiente de trabalho com melhores condições para desempenho das atividades, como também, o próprio desenvolvimento de conceitos como participação crítica, inovação, tolerância, dentre outros, que sem dúvidas

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