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GESTÃO ESCOLAR, DEMOCRACIA E QUALIDADE DE ENSINO.

Por:   •  10/6/2018  •  3.575 Palavras (15 Páginas)  •  424 Visualizações

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Mas do que falar de qualidade do ensino e dos objetivos da escola deve-se pensar no caráter ético-político dessa qualidade, enfatizando a dimensão social desses objetivos. Dá-se muita ênfase aos políticos e à sua incompetência sendo que a população mesma os elegeram como representantes, mas não se dá a mesma ênfase a escola como formadora das qualidades políticas e sociais desses cidadãos, percebendo que a transformação social, o saber sobre política e convivência social se dá e se constrói pela própria prática social, visto que a escola não é exclusiva a oferecer esses valores, conhecimentos e desenvolvedora de capacidades e habilidades para se atingir essa democracia e por conseqüência a qualidade da educação oferecida pela escola e a que é oferecida fora dela. A verdadeira democracia caracteriza-se pela participação ativa dos cidadãos na vida pública da sociedade à qual se está inserido, sendo importante que cada um se considere não apenas como usufruidor dos direitos estabelecidos, mas como “criador de novos direitos”. Para isso é preciso que a educação se preocupe em dotar, preparar essas capacidades culturais e intelectuais para essa participação ativa, levando a essa compreensão da educação para a democracia, inserindo-o nas diferentes áreas do conhecimento como parte de sua formação intelectual, pois quem não tem acesso a essas diversas expressões da cultura, inclusive literaturas, artes em geral, possam e serão considerados marginalizados e “excluídos”. Também inseri-lo a uma didática dos valores republicanos e democráticos, que não se aprende de forma intelectual apenas, mas pela consciência ética que se forma pela razão uma conquista de corações e mentes, uma formação moral. Sendo necessário também gerar a educação do comportamento, desde os primeiros anos escolares, procurando enraizar hábitos de tolerância diante das diversidades, aprendendo a cooperação ativa e subordinação pessoal ou do grupo ao bem comum que será gerado.

Paro, enfatiza que a caracterização das práticas escolares, deve haver a clareza de que é dos diversos atores envolvidos, das ações e relações desenvolvidas que vai depender a realização do projeto de escola pública de qualidade, construindo uma administração formal, dando importância ao controle de trabalho, a dimensão mediadora para que não se perca a adequação das ações, recursos e processos aos fins perseguidos.

A estrutura administrativa da escola condiciona a prática escolar e a efetiva realização dos objetivos que se mostram relevantes, pois a prática escolar costuma frustrar as perspectivas da necessária emancipação intelectual e cultural dos alunos, se percebe uma ligação entre a estrutura da escola e essa frustração a partir da não constituição e promoção da condição de sujeito dos vários agentes que se envolvem, percebendo-se apenas como marionetes de decisões impostas e não atuam somente sobre a eficiência do ensino, mas sobre seus resultados alcançados com relação aos fins educacionais. Para se alcançar os fins que se propõem, deve haver mediações tanto na estrutura didática quanto a administrativa precisam ser dispostas de modo coerente com esses fins.

Essa mediação tem se tornado obstáculo para que se alcance uma escola publica com propósitos democráticos, pois é desconsiderada a estrutura organizada para atender aos objetivos comprometidos com a liberdade e com a formação de sujeitos históricos que participam ativamente de tentativas de introdução de mecanismos democráticos na escola, devem propor assim, as políticas públicas comprometida com a qualidade de ensino, não ignorando a necessidade dos meios para a realização adequada desses. É necessário que haja coerência entre o discurso para que se alcance essa democratização na escola publica e por conseqüência a qualidade do ensino.

AS FUNÇÕES DA ESCOLA, A ESTRUTURA DIDÁTICA E A QUALIDADE DO ENSINO.

Funções da escola têm a ver com uma concepção educativa da instituição escolar que não se reduz o a mero provimento de informações aos seus alunos de modo apenas para prepará-los para o mercado de trabalho ou para o próximo nível escolar. Portanto a função da escola é a formação do cidadão em sua dupla dimensão: individual e social.

Entre esses dois sujeitos individual e coletivo, a qualidade da educação oferecida deve referir-se à formação da personalidade do educando de forma integral e não apenas na aquisição de conhecimentos no seu sentido tradicional. Valorizando assim os conteúdos e usando de acordo na formação integral, superando a função credencialista na qual se tem pautado o ensino básico. Pois essa educação deve ser pautada nos conteúdos e em uma forma democrática de ensino. Não podemos esquecer que não há nada, numa concepção emancipadora de educação, contra a importância das informações e conhecimentos. Mas eles não basta é preciso cultura, pois a educação é a apropriação desta. A qualidade do ensino também está relacionada com as expectativas dos alunos para o futuro.

A respeito da organização didático-pedagógica fica clara a percepção e que a escola brasileira continua organizada pedagogicamente para atender a interesses de alguns e não de todos, em que se faz a verificação dos conhecimentos adquiridos por meio de exames (provas). Essa organização é ultrapassada os professores de forma geral apresentam uma postura critica à estrutura didático-pedagógica, se declarando favoráveis à organização do ensino em ciclos e defendendo umas interdisciplinaridades consistentes nos programas escolares. E essa organização didático-pedagógica condiciona a qualidade do ensino oferecido, não só a qualidade passível de aferição por provas, mas a qualidade que não se pode vê, e não pode ser facilmente mensurável por instrumentos quantitativos na formação integral do individuo.

Com relação ao currículo é uma questão de difícil resolução, mas é preciso que contemple a formação integral do individuo em detrimento a concepção conteudista. E relacionado ao termo didático, o texto menciona vários pontos fundamentais para a prática da mesma em um sistema escolar.

Outro aspecto importante é que a escola envolva os pais no conteúdo pedagógico que tem a ver com o papel educador da escola e esse papel também se estende aos pais que são cidadãos passiveis de se beneficiar da ação escolar. O afeto e o respeito do professor para com seu aluno é muito importante na apropriação deste à cultura e a manifestarem-se sem constrangimentos os seus pensamentos e emoções. Essa relação humana reforça a condição de sujeito

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