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Estágio supervisionado Ensino Fundamental

Por:   •  23/10/2018  •  5.905 Palavras (24 Páginas)  •  239 Visualizações

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Incluir pessoas com necessidades educacionais especiais na escola regular pressupõe uma grande reforma no sistema educacional. Isto implica na flexibilização ou adequação do currículo, com modificação das formas de ensino, metodologias e avaliação; implica também no desenvolvimento de trabalhos em grupos na sala de aula e na criação e adequação de estruturas físicas que facilitem o ingresso e a movimentação de todas as pessoas. É um desafio, fazer com que a Inclusão ocorra, sem perdermos de vista que além das oportunidades, devemos garantir não só o desenvolvimento da aprendizagem, bem como, o desenvolvimento integral do indivíduo com necessidades educacionais especiais. Estamos conscientes de que o desafio colocado aos professores é grande e que parte significativa continua “não preparada” para desenvolver estratégias de ensino diversificado, mas, o aluno com necessidades especiais está na escola, então cabe a cada um, encarar esse desafio de forma a contribuir para que no espaço escolar, aconteçam avanços e transformações, ainda que pequenas, mas que possam propiciar o início de uma inclusão escolar possível. Nesse sentido, direciono a atenção para as ações que cabem aos professores realizar na prática pedagógica no intuito de favorecer a aprendizagem de todos os alunos envolvidos no processo. Sugiro algumas Adaptações Curriculares de Pequeno Porte (Adaptações Não Significativas), possíveis de serem aplicadas. De acordo com o MEC as adaptações curriculares são: Respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais: a) de acesso ao currículo; b) de participação integral, efetiva e bem sucedida em uma programação escolar tão comum quanto possível; (BRASIL, 2000, p. 7). Essas adaptações são assim chamadas, justamente por não exigirem autorização de instâncias superiores e terem sua implementação totalmente realizada através do trabalho docente. De modo geral dentre essas adaptações que fazem parte do currículo, para garantir a inclusão e a permanência do aluno com necessidades educacionais especiais no ensino regular, estão:

- A criação de condições físicas, materiais e ambientais na sala de aula;

- Permitir e favorecer a participação do aluno em toda e qualquer atividade escolar;

- Lutar pela aquisição de equipamentos e materiais específicos necessários;

- Realizar adaptações em materiais de uso comum em sala de aula; sistemas alternativos de comunicação, tanto no decorrer das aulas como nas avaliações, para alunos que não utilizam a comunicação oral;

- Colaborar na eliminação de sentimentos de baixa autoestima, inferioridade, menos valia ou fracasso. As adaptações de pequeno porte (não significativas) constituem pequenos ajustes nas ações planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula. Além dessas adaptações gerais, é importante refletir também nas adaptações mais específicas de acordo com cada necessidade. É importante ressaltar ainda, que antes de se iniciar um trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais, no ensino regular, é necessário que se faça um preparo dos demais alunos, no sentido de conscientização da importância da convivência na diversidade e no respeito às diferenças.

ADAPTAÇÕES PARA ATENDER ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Para que o processo de inclusão possa ser direcionado ao atendimento eficaz dos alunos que apresentam necessidades especiais, no atual modelo escolar brasileiro, devemos repensar a escola e suas práticas pedagógicas, visando o benefício de alunos e professores. É preciso organizar e estabelecer o desenvolvimento de estratégias de intervenção que facilitem a implementação desta proposta. Claro que não há modelos pedagógicos prontos, fechados, nem diretrizes que possam dar conta de uma transformação da escola tradicional, para uma escola inclusiva e de qualidade para todos. Cada escola, cada turma, cada professor, cada aluno, possuem suas especificidades e estão inseridos em diferentes realidades. Mas, é possível estabelecer algumas adaptações que possam contribuir de forma simples, prática e abrangente às diversas situações, dificuldades e necessidades especiais existentes nas escolas, uma vez que os alunos com necessidades especiais, já estão chegando na escola, então cabe a cada um, encarar esse desafio de forma a contribuir para que no espaço escolar, aconteçam avanços e transformações, ainda que pequenas, mas que possam propiciar o início de uma inclusão escolar possível no intuito de favorecer uma aprendizagem de qualidade para todos os alunos envolvidos no processo. As orientações de adaptações, sugeridas a seguir possuem como referência principal, o Projeto Escola Viva: Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola, produzido em Brasília no ano de 2000, pelo Ministério da Educação/Secretaria da Educação Especial.

ADAPTAÇÕES PARA ATENDER NECESSIDADES ESPECIAIS EM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

- Posicionar o aluno de modo a favorecer as condições de audição na sala de aula;

- Facilitar a locomoção e o deslocamento do aluno, proporcionando maior grau de independência, evitando acidentes, através da melhor disposição possível do mobiliário.

- Explicar verbalmente, de forma detalhada todo o material utilizado visualmente em sala, para que o aluno tenha noção do que e de como está se desenvolvendo a atividade;

- Oferecer suporte físico, verbal e instrucional, para a locomoção do aluno, no que se refere à orientação espacial;

- Ampliar o tempo disponível para a realização das atividades e provas;

- Evitar dar uma avaliação diferente, pois isso pode ser considerado discriminatório e dificulta a avaliação comparativa com os outros estudantes;

- Ajudar só na medida do necessário;

- Ter um comportamento o mais natural possível, sem super proteção, ou pelo contrário, indiferença. Aspectos que devem ser considerados na escolarização do aluno deficiente visual: dificuldade de contato com o ambiente físico; carência de material adequado - pode conduzir a aprendizagem da criança deficiente visual a mero verbalismo; a formação de conceitos depende do íntimo contato da criança com as coisas do mundo; assim como a criança de visão normal.

Geralmente, apenas com um leve toque a pessoa cega poderá seguir

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