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Estágio Supervisionado em Magistério do Ensino Fundamental I Mikaela de Paula Lacerda

Por:   •  21/2/2018  •  2.027 Palavras (9 Páginas)  •  433 Visualizações

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A professora Maria S. Lucena Lima (2008), defende o Estágio Supervisionado “[...] como espaço de aprendizagem da profissão docente e de construção da identidade profissional, que permeia as outras disciplinas da formação, no projeto pedagógico dos cursos de formação, mas é o lócus da sistematização da pesquisa sobre a prática, no papel de realizar a síntese e a reflexão das vivências efetivadas” (LIMA, 2008, p. 198). Neste sentido, elabore um texto contendo até três (03) laudas tendo como parâmetro a abordagem dos seguintes aspectos: O Estágio como oportunidade de reflexão sobre o saber-fazer docente e como possibilidade de formação permanente.

O estágio curricular é uma passagem. Quando as perguntas e dificuldades básicas começam a ser superadas após algumas discussões, registros e relatórios, a carga horária prevista para o estágio chega ao seu fim, antes mesmo que encontremos todas as respostas para as perguntas iniciais, ingressamos em outros desafios acadêmicos e novas perguntas e reflexões vão surgindo. O período de estágio, ainda que transitório, é um exercício de participação, de conquista e de negociação do lugar de estagiário com a escola. O profissional do magistério que se vê diante do estágio supervisionado em um curso de formação docente precisa, em primeiro lugar, compreender o sentido e os princípios dessa disciplina, que, nesse caso, assume o caráter de formação continua, tendo como base a ideia de emancipação humana. Dessa forma, o estágio passa a ser um retrato vivo da prática docente e o professor-aluno terá muito a dizer, a ensinar, a expressar sua realidade e a de seus colegas de profissão, de seus alunos, que nesse mesmo tempo histórico vivenciam os mesmo desafios e as mesmas crises na escola e na sociedade.

O estágio se configura para quem já exerce o magistério, como espaço de reflexão dos de suas práticas, a partir das teorias, de formação contínua, de ressignificação de seus saberes docentes e de produção de conhecimento. O estágio em seus fundamentos teóricos e práticos seja esse espaço de diálogo e de lições, de descobrir caminhos, de superar os obstáculos e construir um jeito de caminhar na educação de modo a favorecer resultados de melhor aprendizagem dos alunos. Falar em formação do professor, portanto é apontar seu desenvolvimento profissional a partir de uma concepção de homem que se organiza formal e sistematicamente na perspectiva da inteireza, e não da fragmentação. A dinâmica de formação continua pressupõe um movimento dialético, de criação constante do conhecimento, do novo, a partir da superação do já conhecido. A pesquisa de proporções a formação continua é como uma prática reflexiva dinamizada pela práxis, como um movimento metodológico e como uma política de desenvolvimento profissional de professores, é a partir dessas propostas que consideramos o estágio como espaço de formação continua e desenvolvimento profissional assentado em três eixos: o conceitual, o metodológico e o político.

A base dos processos de reflexão dos professores é construída por seus saberes adquiridos formal e informalmente. A formação continua estaria assim a serviço da reflexão e da produção de um conhecimento capaz de oferecer a fundamentação teórica necessária para a articulação prático-critica em relação ao aluno, à escola, à sua profissão e à sociedade. Portanto, o professor não é só um mero executor, e sua formação ultrapassa os limites da titulação. A reflexão na formação dos professores não é um processo mecânico, ela deve ser compreendida numa perspectiva histórica e coletiva, que se realiza a partir da analise e da explicitação dos interesses e valores que possam auxiliar o professor na formação da identidade profissional, portanto em processo permanente, voltando para as questões do cotidiano, por meio de sua analise e implicações sociais, econômicas, culturais e ideológicas.

Podemos destacar aqui cinco reflexões para o estágio:

1) Para os alunos estagiários que já exercem o magistério, a reflexão pode ser ancorada na analise das dificuldades que enfrentam para realizar um bom trabalho, e, ao mesmo tempo, no levantamento das possibilidades do professor em seu cotidiano e da escola como organização.

2) A reflexão se faz no diálogo entre pares, com os referenciais teóricos, em atividades coletivas e individuais. O estágio adquire significado quando integra o projeto pedagógico coletivo do curso.

3) A consciência de que os professores se formam também na relação com seus pares, com seus aluno e no trabalho que realizam nos leva a enfatizar a troca de experiências como processo privilegiado para a reflexão, mas uma troca de experiências mediada pela analise critica contextualizada dela.

4) A reflexão tem como objetivo de estudo a vida e o trabalho do professor nas escolas e seus resultados na formação dos alunos.

5) A cultura docente, os hábitos dos professores como corpo docente na instituição escolar, seus vícios e qualidades, as influencias recebidas e a forma como vem reagindo aos impactos das reformas e mudanças que ocorrem no âmbito educacional são fatores que necessitam sempre de renovadas visões. O estágio supervisionado pode ser o espaço em que todas essas questões sejam amplamente discutidas. Dessa maneira a vida, o trabalho, o desenvolvimento profissional, a escola como organização, as experiências e a sociedade acabam compondo um mosaico de partes diferentes de reflexão docente.

Acreditamos no Estágio como lócus de formação do professor reflexivo-pesquisador, de aprendizagens significativas da profissão, de cultura do magistério, de aproximação investigativa da realidade e do seu contexto social. Reafirmamos o nosso conceito de Estágio, como campo de conhecimento, que envolve estudos, análise, problematização, reflexão e proposição de soluções sobre o ensinar e o aprender, tendo como eixo a pesquisa sobre as ações pedagógicas, o trabalho docente e as práticas institucionais, situadas em contextos sociais, históricos e culturais (PIMENTA; LIMA, 2004, p. 61).

Acredita-se que o estágio precisa caminhar nesse rumo, ou seja, numa visão dialética, onde professores/orientadores e alunos/acadêmicos possam argumentar, discutir, refletir e dialogar as práticas vivenciadas na escola. Pensar na formação docente é pensar na reflexão da prática e numa formação continuada, onde se realizam saberes diversificados, seja saberes teóricos ou práticos, que se transformam e confrontam-se com as experiências dos profissionais. Portanto, é através desses confrontos

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