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Estágio Supervisionado EJA

Por:   •  21/2/2018  •  5.244 Palavras (21 Páginas)  •  315 Visualizações

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número considerável desses alunos chega às salas da Educação de Jovens e Adultos com vontade de estudar, com o passar do tempo iniciam um processo de desânimo em relação à sua escolarização, o que levam a abandonar o curso.

O ensino de Jovens e Adultos é para muitos a realização de conhecimento propriamente dito, a integração do indivíduo à sociedade, como cidadão participativo e não mais somente observador.

Todos os alunos entrevistados deixaram claro, durante as entrevistas o seu contentamento em poder frequentar pela primeira vez ou voltar a frequentar uma sala de aula. O que em certos momentos nos emocionou, tamanho o esforço destes alunos em adquirir o saber letrado.

Não estão acomodados o destino que lhes foi imposto, devido à várias circunstâncias, mas buscam e anseiam por educação culta, transformadora e auxiliadora em intervenção na sociedade.

2 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EJA

O relatório teve como principal função demonstrar as etapas percorridas no decorrer desse processo. O referido estágio teve carga horária de 80 horas.

O estágio supervisionado da Educação de Jovens e adultos é um importante instrumento para os futuros profissionais da educação, pois é através dele que colocamos na prática os nossos conhecimentos e aprimoramos nossas técnicas para a futura profissão, contribuindo para o desenvolvimento dos conhecimentos adquiridos na sala de aula da faculdade.

Durante o estágio pude relacionar o conhecer acadêmico com a prática em sala, acelerando a formação profissional, possibilitando perceber as dificuldades e assim buscar aperfeiçoamentos para que possa me tornar uma profissional capacitada.

A Educação de Jovens e Adultos requer um novo pensar acerca das políticas educacionais e das propostas de (re) inclusão desses educandos nas redes publicas do nosso país.

Para os jovens e adultos estudar é um grande desafio. O aluno EJA traz consigo uma bagagem de experiências que envolvem conhecimentos e saberes vivido ao longo dos anos e ainda sua própria “leitura de mundo” como explica Paulo Freire, já que esses jovens, adultos e idosos são trabalhadores, subempregados, oprimidos e muitas vezes excluídos. E é esse o perfil do aluno EJA da rede pública.

São alunos com suas diferenças culturais, etnia, religião e crenças. Para alguém o fator de trabalhar é essencial para sua sobrevivência e até lamentam ter pouco tempo para dedicar ao estudo.

Os alunos da EJA buscam na escola uma forma de integrar-se à sociedade letrada, o grande desejo desses educandos é participar, serem sujeitos ativo na comunidade em que vive, e exercer o direito de cidadão com dignidade. Pois eles têm consciência de que domínio da leitura e da escrita são recursos que possibilitam uma visão do mundo em que vivem, e que apesar das dificuldades somente o estudo pode oferecer uma oportunidade de uma vida melhor e mais digna.

A educação é a maior e melhor instrumento gestor de mudança, através dela o homem consegue compreender melhor a si mesmo e ao mundo em que vive e acompanhar o desenvolvimento e suas especificidades, ou seja, renovar e promover a interação com o novo.

Em breves palavras podemos afirmar que o conceito de alfabetização é: Ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria. O desrespeito à educação, aos educandos, aos educadores e às educadoras corrói ou deteriora em nós, de um lado, a sensibilidade ou a abertura ao bem querer da própria prática educativa de outro, a alegria necessária ao que fazer docente. É digna de nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar, estimular e desenvolver em nós o gosto de querer bem, e o gosto da alegria sem a qual a prática educativa perde o sentido.

É esta força misteriosa, às vezes chamada de vocação, que explica a quase duração com que a grande maioria do magistério nele permanece, apesar da imoralidade dos salários. E não apenas permanece, mas cumpre como pode o seu dever. Amorosamente acrescento.

Mas é preciso, sublinho, que permanecendo e amorosamente o seu dever, não deixe de lutar politicamente, por seus direitos e pelo respeito à dignidade de sua tarefa, assim como pelo zelo devido ao espaço pedagógico em que atua com seus alunos.

Alfabetizar é conscientizar, o educando deve refletir suas próprias palavras desta forma cria-se a cultura. O homem deve conhecer todo o mundo em sua volta, assim a antropologia deveria fazer parte integrante do contexto da educação de jovens e adultos.

A pedagogia do oprimido mostra a busca e o empenho dos homens por uma libertação. A liberdade é uma busca permanente, é uma conquista que exige força, responsabilidade e espírito de luta. Freire (1976) afirma “Que a educação é sexista, racista e favorece os poderosos”.

Oliveira (1999, p. 57) dá sua contribuição sobre o assunto:

O adulto, para a educação de jovem de adultos, não é o estudante universitário, o profissional qualificado que frequenta cursos de formação continuada ou de especialização, ou a pessoa adulta interessada em aperfeiçoar seus conhecimentos em áreas como artes, línguas estrangeiras ou música, por exemplo. Ele é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles provenientes de áreas rurais empobrecidas, filhos de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar (muitos são analfabetos), ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, a pós-experiências no trabalho rural na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar-se ou cursar algumas séries iniciais a EJA.

Nesta perspectiva, portanto, os alfabetizando assumem desde o começo mesmo da ação, o papel de sujeitos criadores. Aprender a ler e escrever já não são, pois, memorizar sílabas, palavras ou frases, mas refletir criticamente sobre o próprio processo de ler e escrever e sobre o profundo significado da linguagem. Enquanto ato de conhecimento, a alfabetização, que leva a sério o problema da a linguagem, deve ter como objeto também a ser desvelado as relações dos seres humanos com seu mundo.

2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ESTAGIADA

O estágio foi realizado na Escola Municipal Jardim Bela Vista, situada à Rua Celeste s/n quadra 08, no bairro Bela Vista, CEP 78890-000, localizada na cidade de Sorriso, no estado de Mato Grosso. O contato com a escola pode ser realizado através (66)3544-8897 e do e-mail emjardimbelavista@hotmail.com.

A escola oferta atendimento na educação

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