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PROJETO DE AÇÃO PEDAGÓGICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

Por:   •  2/12/2018  •  2.015 Palavras (9 Páginas)  •  369 Visualizações

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As dificuldades de aprendizagem em matemática podem ser trabalhadas com êxito a partir de um trabalho conjunto com professores, pais, alunos e o apoio do sistema de ensino. O relacionamento dos alunos com as pessoas que o cercam pode influenciar bastante no desenvolvimento das atividades requeridas para eles, bem como a formação, método de ensino e avaliação podem auxiliar ou prejudicar o processo de ensino-aprendizagem do indivíduo. (ALMEIDA, 2014).

O professor não deverá forçar o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido. Tentar não mostrar impaciência com a dificuldade expressada pelo aluno ou interrompê-la várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer completando sua fala, são atitudes que fazem com que o aluno não se sinta mais seguro em relação aos colegas, ao professor e à sua própria dificuldade de aprendizagem, como também não corrigir o aluno frequentemente diante da turma e procurar sanar as dificuldades encontradas pelos alunos com relação à disciplina. Para ajudar seus alunos o professor poderá explicá-los sobre suas dificuldades e tentar ajudá-lo sempre que precisar, procurando utilizar situações-problemas que envolvam o cotidiano do aluno, para que o conteúdo faça sentido para o indivíduo e que este se sinta motivado ao trabalhar com a disciplina. (ALMEIDA, 2014).

Para que as habilidades em relação ao ensino da Matemática sejam alcançadas, faz-se necessário o empenho e envolvimento de todos, englobando mudanças de métodos de ensino, formação e trabalho do professor e hábitos de estudo e interesse dos alunos. Pode ser tratada futuramente também questão relacionada às percepções dos alunos quanto a esse processo de ensino aprendizagem, pois com uma visão de vários ângulos em relação ao assunto, se torna melhor e de mais qualidade a questão da discussão sobre o assunto, bem como proposta de melhoria na qualidade de ensino mais realista e palpável. (ALMEIDA, 2014).

2.2 A EJA NO BRASIL E AS METODOLOGIAS DE ENSINO NA MATEMÁTICA

O conceito de Educação de Jovens e Adultos, EJA, surgiu apenas com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9394/96, pois anteriormente era chamada de Educação de Adultos. Essa modalidade de ensino da educação básica contempla o ensino fundamental e médio gratuito para jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade própria. A carga horária é a metade da destinada ao ensino regular fundamental e médio.

A crise na política voltada para a Educação de Adultos no Brasil iniciou-se no Brasil Colônia, período em que a EJA passa a ser voltada para a elite, excluindo os negros, os índios e os pobres dos processos educacionais; já no Brasil império, a alfabetização de jovens e adultos passou a ser considerada como um ato de caridade.

A partir do final da Era Vargas (1930-1945), os jovens e adultos tiveram garantido o ensino primário gratuito. No entanto, as mudanças no ensino da EJA surgiram efetivamente com as ideias pedagógicas libertadoras de Paulo Freire e em termos legais, com a LDB 9394/96, que passou a valorizar o contexto da vida profissional e pessoal do adulto para o ensino da leitura e da escrita. Essa nova postura opôs-se à prática existente no ensino de adultos que se voltava à alfabetização, incentivando a leitura e a escrita da mesma forma que eram ensinadas para as crianças. (STRELHOW, 2010).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), estabelece o direito dos jovens e adultos a um ensino básico, e o poder público gratuitamente oferecer o ensino supletivo na idade de 15 anos no ensino fundamental, e de 18 anos no ensino médio além de incluir a EJA no sistema de ensino regular. (BRASIL, 1996).

A Educação de Jovens e Adultos, com todas as suas dificuldades, precisa ser vista numa perspectiva mais ampla, não somente de alfabetização mais sim profissional, social e principalmente libertadora.

Ainda hoje, nota-se que os processos no ensino de matemática para adultos são realizados com métodos ou atividades preparadas para crianças, além disso, Duarte (2009) afirma também que os adultos têm dificuldades para associar a matemática escolar com a matemática utilizada em suas experiências cotidianas, sentindo-se muitas vezes ignorantes com relação ao aprendizado da Matemática.

Para Santos e Oliveira, (2013) os alunos em certo estágio de aprendizagem necessitam manipular objetos concretos para descobrir e entender conceitos matemáticos que estão sendo ensinados.

Existem riscos quanto ao uso dos materiais concretos. Ao planejar uma determina aula de matemática, auxiliada por um material concreto, o professor deve entender que normalmente sua utilização é de forma livre. O educador deve ter bastante ciência dos rumos que podem levar a má utilização dos materiais, correndo o risco da atividade atingir dimensões não imaginadas, perdendo o sentido da sua utilização (FREITAS, 2004). Existem diversos materiais manipulativos, onde podemos destacar: o Ábaco, O Material Dourado e o Quadro Valor de Lugar (QVL).

O Cartaz Valor Lugar (CAVALU), comumente conhecido como Quadro Valor de Lugar (QVL), é um instrumento de ensino e de aprendizagem de matemática, e quando utilizado pelos professores, auxilia na introdução dos conceitos de unidade, dezenas e centenas, facilitando a compreensão dos processos de contagem, formação dos números e operações matemáticas. Sua utilização nas aulas de matemática se deve à alguns fatores, dentre eles o baixo custo; facilidade em sua criação e montagem; fácil utilização e manuseio e contribuição para um bom desenvolvimento das operações aritméticas. Para sua construção utiliza-se geralmente 1(uma) unidade de papel cenário, efetuando-se no próprio, dobras (separações verticais) com o intuito de obter espaços que comportarão objetos, como palitos de picolé, canudos, dentre outros. (DUARTE,2009).

Com o auxílio do Material Dourado, as relações numéricas abstratas passam a adquirir uma imagem concreta, que tende a possibilitar a compreensão do que se faz implicitamente no processo de resolução das Operações Básicas. Além disso, o uso destes materiais torna a aprendizagem mais agradável e dinâmica. Ao iniciar as investigações acerca das Operações Básicas nas Séries Inicias e com o uso do Material Dourado como ferramenta metodológica, deve-se destinar um tempo para que as crianças possam explorar livremente tais materiais. Este importante momento pode possibilitar a compreensão da forma e os tipos de peças que serão exploradas. Por meio da investigação, professor e alunos podem constatar que o Material

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