ESTUDO DE TEXTO – A QUESTÃO ÉTICA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR
Por: Ednelso245 • 19/7/2017 • 1.735 Palavras (7 Páginas) • 753 Visualizações
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com o intuito de iniciar uma discussão sobre a questão ética na educação escolar, os chamados Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), referem-se a temas sociais da vida cotidiana respaldados por áreas curriculares específicas, com os seguintes temas: ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde, orientação sexual, além de trabalho/consumo.
Quatro eixos de conteúdos relativos ao tema foram selecionados, todos eles ligados ao princípio básico de dignidade do ser humano, a saber: respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade. E assim fazendo dos PCN’S uma boa iniciativa para a educação escolar. Outro fator importante destacado pelos PCN’s é que esses “valores éticos” não podem ficar apenas na teoria, mas devem ser vivenciados entre os alunos e professores. Se afirmarmos que a educação escolar não tem o mesmo tratamento que a ética na sociedade, o que se espera então do público em geral (ex.: comunidade e famílias) o que eles pesam e vem dizendo sobre os profissionais da educação? Esses profissionais vêm sendo avaliados mesmo que informalmente, não é preciso uma pesquisa profunda para saber o que “eles” pensam ou o que esses profissionais pensam de seus próprios trabalhos, conotados geralmente como uma profissão de cunho “penoso” e mal valorizada. Essa imagem não parece ser tão injustificada, cujos profissionais da educação tem como por “obrigação” não só alfabetizar, ensinar, orientar e sim até mesmo educar, o fardo parece grande quando o fracasso escolar com a repetência, a evasão e a baixíssima qualidade do ensino brasileiro se perpetua na culpa exclusiva do professor. Nessa perspectiva o trabalho escolar atual produz alunos/cidadãos excluídos em larga escala.
INTERPELAÇÕES AO ÂMBITO ÉTICO DAS PRÁTICAS ESCOLARES
A culpa é de quem? Muitas vezes os profissionais da educação atribui toda a culpa pela má formação escolar entre outros problemas produzidos no seio escolar ao: governo, a política de má fé, as más condições de trabalho, a própria clientela (alunos), a administração, e etc. Inicia-se um ciclo-vicioso de empurraempurra cujos alunos culpam professores, professores aos pais, e vice versa. A imparcialidade começa quando: o aluno vai bem é porque o professor ensina e cumpriu seu papel no seio escolar, mas se o aluno não aprende a culpa é dele mesmo, mas nunca do professor que deveria ter ensinado e orientado. A contradição parece no mínimo estranha, pois o sucesso da aprendizagem é atribuído totalmente ao professor, mas o fracasso é totalmente desassociado do
professor e impregnado no aluno como se ele fosse o único causador de seu fracasso. Os alunos muitas vezes tachados cognitivamente com "distúrbios de aprendizagem" ou como “indisciplinados” tem seu rendimento escolar representado como os dois grandes males da escola na atualidade. É preciso enfatizar que a grande das “faltas” éticas no cotidiano escolar é a atribuição do “aluno-problema” como um obstáculo no trabalho do professor. Para que esse cenário seja modificado, inicialmente deveria haver uma conscientização ética por parte do docente, revisão de algumas supostas evidências sobre seus alunos que apenas justificam seu fracasso escolar, mas não se permitem alterar os efeitos de seus trabalhos no seu cotidiano. Por mais que esses fatos façam parte das “desculpas” ocupadas pelos profissionais da educação pelo fracasso escolar a verdade é que há uma necessidade de um alinhamento ético claro em relação ao trabalho escolar na atualidade e que explicitamente isso se pressupõe o avesso, ou melhor, o inverso de tais justificativas. Temos uma imagem falsa da suposta excelência do ensino privado de hoje pelo fato da decadência do ensino público. Seria inaceitável se ainda continuarmos atribuindo a culpa do “fracasso escolar” apenas aos alunos, essa conduta não passa pelo campo da ética, o ponto de vista do baixo rendimento e a indisciplina dos alunos pode ser entendido como efeitos das próprias práticas escolares e nunca como suas causas.
ALGUNS ENCAMINHAMENTOS ÉTICOS PARA A PRÁTICA ESCOLAR
Muito se fala em avaliação escolar, de como ela deve ser feita ou não, chega-se até em dizer que “o professor bom é aquele que mais reprova” pode-se ver ai que falta traços éticos e o que importa é avaliar e não ser ético em uma avaliação. A partir dessa afirmação da para se pensar, será que os profissionais da educação refletem as suas praticas avaliativas para que sejam éticos e justos. Outro problema de falta de ética em sala de aula muito visto nos dias de hoje é o de “colocar o aluno para fora da sala de aula” essa é uma atitude que de exclusão e que desprivilegia o próprio professor, o professor deve abandonar esse tipo de ato e buscar outra forma “mais ética” de agir dentre sala de aula.
Há uma divergência entre o lugar do professor e do aluno, que aparentemente deve ser preservada a todo custo, essa hierarquia a ser preservada restringe-se apenas a um domínio teórico do professor, mas parece ser que passa por muito mais que isso. Isso não significa, que as normas tenham de serem sempre as mesmas, compartilhadas por todos os professores, a conduta de um aluno e professor em uma aula de matemática não precisam sequer ser as mesmas de uma aula de educação física, já que diferentes objetos de conhecimento estão em jogo, e, portanto, diferentes competências estão sendo perseguidas. É necessário
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