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ESTUDO DE CASO PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO REGULAR X SALA DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

Por:   •  24/12/2018  •  1.938 Palavras (8 Páginas)  •  494 Visualizações

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[...] uma sociedade inclusiva vai bem além de garantir apenas espaços adequados para todos. Ela fortalece as atitudes de aceitações das diferenças individuais e de valorização da diversidade humana e enfatizar a importância do pertencer, da convivência, da cooperação e da contribuição que todas as pessoas podem dar para construírem vidas comunitárias mais justas, mais saudáveis e mais satisfatórias.

Ainda, deve-se destacar que de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Lei nº. 8.069/90 em seu artigo (54, § 3º), a criança tem o direito ao “atendimento educacional especializado aos portadores (sic) de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. Cabe ao educador à missão de incluir este aluno com necessidades especiais, incluindo-o da melhor forma possível, e para isso, deve-se preparar o restante da turma, explicando a necessidade deste aluno, qual a deficiência que o aluno possui, falando sobre essa deficiência de forma que todos entendam cada procedimento que será tomado após a chegada deste. Assim, o professor evitará problema futuros de possíveis bullying[3] dentro da sala.

Notamos que a falta de adultos com deficiência em instituições escolares tem se tornado um problema para os alunos do AEE, pois estes, não veem nenhuma inspiração para seguirem em frente, para quererem ir além, e vencer seus obstáculos, por mais que os ensinamentos sejam qualificados, eles não têm ninguém em quem possam se apoiar.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O estudo apresentado deu-se em uma escola municipal de Rondolândia, do estado do Mato Grosso, que descrevemos o estudo de caso de uma sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Essa sala funciona em horário oposto ao da sala de ensino regular. O espaço não é muito grande, mas a escola, no momento, não possui muitos alunos que precisam desse atendimento, tornando a sala relativamente pequena em suficiente para a demanda que existe atualmente. Já, a sala de ensino regular, possui quadro, informáticos, armários, brinquedos, mesas e cadeiras. E, a sala de AEE possui um pequeno quadro, mesas de tamanhos diferentes, jogos, jogos específicos, brinquedos específicos e dentre outros.

Nas salas de ensino regular, os poucos alunos especiais que encontramos, eles participam de todas as atividades propostas pela professora, juntos com os demais alunos. É notável que apesar de serem incluídos na turma, não conseguem acompanhar as atividades com a mesma rapidez dos outros alunos.

Quanto à relação aluno-aluno nem sempre é a melhor; talvez pela idade a inocência[4] de algumas palavras e atitudes, há momentos de desrespeito não só com os alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEEs), mas entre os demais da sala do ensino regular. Sempre que alguma atitude desrespeitosa acontece, a professora do ensino regular intervém e ensina a maneira correta de agir. Por alguns instantes os alunos se calam e tornam a parte do mau comportamento que fizeram e logo voltam a brincar juntos.

Contatamos que na sala de Atendimento Educacional Especializado frequentam apenas 4 alunos no período da manhã. Existe apenas um profissional específico na sala de AEE, durante a semana o professor é acompanhado pela orientação e direção da escola que auxiliam quando há necessidade para realizar atividades específicas. Apesar serem uma quantidade pequena de alunos, a professora tem muito trabalho com eles. Todas as aulas e todas as atividades são diferentes uma da outra. Os alunos já sabem que há as atividades em sua maioria são individuais, e que as atividades em grupo devem ser realizadas durante o horário da aula. “Com esta atmosfera, os alunos, usualmente, sentem menos pressão e maior motivação para aprender”. (GATTI, 2013, p. 104).

Cada professor registra em um caderno a parte, o desenvolvimento do aluno do AEE, todos os dias. De segunda a quinta registram o andamento diário, e na sexta-feira resumem o quanto aquele aluno evoluiu durante a semana, ou não, e propõem medidas para melhorar e metas a serem alcançadas durante o mês. Cada mês a meta de desenvolvimento é diferente.

Apesar das dificuldades que os alunos apresentam, a professora de AEE motiva mais ainda os alunos; é uma profissional que em suas palavras e atitude se orgulha toda vez que o aluno com necessidades especiais apresenta uma melhora em sua aprendizagem e desenvolvimento do conhecimento de determinado conteúdo que outrora, para ele, era difícil. Cada registro feito no caderno é uma prova de que o empenho do trabalho pedagógico surte efeito positivo na vida escolar do aluno.

Portanto, evidenciamos o brilho no olhar do aluno quando aprende e, reflete no coração do professor quando ensina, mostrando para si que não importa os desafios que a vida lhe apresenta, pois, “sua concepção de mundo e sua identidade pessoal são determinadas pelo lugar que ele ocupa no universo social que, por sua vez, é um reflexo das representações dos outros homens em relação a ele”. (GLAT, 2006, p. 28).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nessa pesquisa podemos afirmar que há muita diferença entre o ensino regular e a sala de AEE. Desde a quantidade, as atividades até os desafios e as dificuldades de cada professor. Não afirmamos que uma turma seja mais fácil de lidar do que a outra, e sim, que os níveis de dificuldades são diferentes. Quando se tem apenas um professor para trinta ou vinte e cinco alunos, fica cansativo auxiliar a todos na hora da atividade, muitas vezes, o aluno que termina primeiro ajuda o professor a ensinar os demais. Já, o professor que tem poucos alunos, sendo esses, com necessidades especiais, também tem uma tarefa difícil. São atividades que atendam a todos, mas que cada aluno terá sua particularidade de desenvolvimento, assim alcançando a aprendizagem acadêmica.

Entretanto, inclusão é ver muito mais além da cor, do sexo, religião e dentre outros; é compreender que acima de tudo se existe os direitos, que todos somos diferentes e que todos merecem o respeito e nós como futuros educadores temos em nossas mãos a responsabilidade de contribuirmos cada dia mais com a inclusão.

Contudo, a inclusão é o caminho, a participação da escola, pois, não se trata somente de uma responsabilidade do professor, mas sim, de toda a equipe escolar. “Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença no inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades”. (SANTOS, 2003, p. 53).

Portanto, a pesquisa realizada notamos

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