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CRIANÇAS DISLÉXICAS COM DIFICULDADES NA LEITURA E INTERPRETAÇÃO

Por:   •  25/8/2018  •  2.370 Palavras (10 Páginas)  •  277 Visualizações

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Em sua etimologia a palavra dislexia significa (do grego: dus=difícil, dificuldade; lexis = palavra), se apresenta como uma deficiência no processo de aprendizagem principalmente no tocante: na leitura, na escrita e consequentemente na soletração.

Através do panorama escolar nacional, podemos destacar diversas complicações altas “deficiências de aprendizagem”, principalmente em crianças e a maioria na fase inicial de alfabetização. Porém por serem mal interpretadas pelos educadores e na maioria das vezes pelos pais, como portadores de uma preguiça ou ainda por estar com um descaso em ir à escolas, cuimíram em um desinteresse total por algumas disciplinas e até a evasão escolar. Com menos frequencia, embora a questão seja posta por vezes, considera-se a hipotese de uma debilidade que leva a família a desinteressar-se do trabalho da criança. ( Anne- Marie Fichot).

A partir de então a dislexia passou a ser estudada por diversos especialistas da época os quais buscavam plausível, clara, talvez a gêneses do problema que fazia com que crianças ao ler não compreendessem bem o que havia lido. Ao passar dos anos até o século XIX quando um médico do interior da Inglaterra relatou em um artigo para medicina em sete de novembro de 1896, um garoto de quatorze anos tinha uma enorme dificuldade de leitura, porém quanto à aritmética não possuia dificuldades de leitura dos números, nem da sua compreensão

A dislexia, como dificuldade de aprendizagem, verificada na educação escolar, é um disturbio de leitura e de escrita que ocorre na educação infantil e no ensino fundamental. Em geral a criança tem dificuldade em aprender a ler e escrever e, especialmente, em escrever corretamente sem erros de ortografia, mesmo tendo o Quociente de Inteligência (QI) acima da média.

Estudos e pesquisas sobre o assunto, no transpor dos anos até os dias atuais são incessantes. Tem sido estudado por diversos especialistas que buscavam uma explicação mais coerente e originária para entender o fato e o porquê que as crianças liam, mas não compreendiam o que haviam lido. Indagações feitas a respeito da origem da deficiência e do caminho para um tratamento eficaz, passaram pelos séculos, assim outros pontos foram descobertos e nos deram algumas sustentação, principalmente para a identificação do problema.

As causas e as correções clínicas para a dislexia ainda não são possíveis de serem sanadas, mas o entendimento da deficiência sim, partindo do pressuposto clínico de que ocorre uma falha na ligação dita correta em uma de suas funções cerebrais principalmente do lado esquerdo deste órgão e impedindo a decodificação do que se lê.

Para os que atuam, em sala de aula, com dislexicos no ensino fundamental ou no ensino médio, cabe o juízo crítico e o discernimento pedagógico de que a dislexia é, apenas, uma dificuldade específica no aprendizado da leitura no período escolar. Os disléxos podem aprender.

A proposta de Mabel Condemarin (1989, p. 55) a dificuldade de aprendizagem relacionada com ser inicial e informalmente diagnosticada pelo professor da língua materna, com formação na área de letras e com habilitação em pedagogia, que pode vir a realizar uma mediação da velocidade da leitura da criança.

O estudo da dislexia, em sala de aula, tem como ponto de partida a compreensão, das quatro habilidades fundamentais da linguagem verbal: a leitura, a escrita, a fala e a escuta. Destas, a leitura é a habilidade lingüística mais difícil e complexa, e a mais diretamente relacionada com a dificuldade específica de acesso ao código escrito denominada “dislexia.

Pennington (1997) diz: Os disléxicos têm um problema com o reconhecimento de palavras e este problema é devido a um déficit no uso dos códigos fonológicos para reconhecer palavras. Quanto mais lemos, mais precisamos traduzir seqüências de letras impressas em pronúncias de palavras. Para fazer isso, precisamos compreender que o alfabeto é um código para fonemas, os sons individuais da fala na linguagem, e precisamos ser capazes de usar estes códigos rápida e automaticamente, de modo que possamos nos concentrar no significado do que lemos.

2.1 CAPÍTULO 1 – DIAGNOSTICANDO UMA CRIANÇA DISLÉXICA

Os educadores que já conhecem a dislexia ficam mais atentos às habilidades e dificuldades apresentadas pelas crianças no âmbito escolar; e quando estas dificuldades estão centradas nas linguagens oral e escrita dificultando o processo de alfabetização, o profissional procura ter mais atenção nessa criança, levantando hipóteses e se necessário procurar a ajuda de uma equipe multidisciplinar, afim de amenizar as dificuldades.

Na escola, os profissionais muitas vezes fazem o diagnóstico dizendo que o fracasso pode ser ocasionado devido á maturidade que a criança ainda não atingiu. Assim dificuldades podem ser apresentadas.

Caso apresenta-se um estudo com uma criança disléxica das séries iniciais, onde se pedisse que ela reproduzisse uma série de palavras e letras, ela não teria dificuldade nenhuma, mas ao apresentar figuras e pedir para que as nomeasse, o resultado não seria o mesmo ou se ainda pedíssemos que soletrasse as palavras as quais havia reproduzido, não teríamos resultados satisfatórios, pois uma criança disléxica trocaria com certeza algumas letras, mudando até mesmo o sentido da palavra. Desta forma não só a leitura ficaria comprometida, mas também a compreensão.

A dislexia, para a Linguistica, assim, não é uma doença, mas um fracasso inesperado (defeito) na aprendizagem da leitura, sendo, pois, uma síndrome de origem linguistica.

Fichot (1973 e) apresenta algumas aprendizagem necessárias inicialmente:

- ao nível da letra: confusão resultante de dificuldades de discriminação perceptiva, concernindo letras cuja única diferença é a orientação do traçado:

p-q d-b u-n

- confusões na diferenciação auditiva dos sons. Estas entre fonemas vizinhos são frequentes:

c-g p-b f-v ch-j t-d

- ao nível de sílaba, a criança inverte a ordem das letras: as dificuldades de orientação no espaço aliam-se às dificuldades de sucessão temporal.

- ao nível da palavra e da frase: estas mesmas dificuldades provocarão inversões de sílabas, omissões de letras, palavras não começadas pela primeira letra, númerosas hesitações, pepetições que tornam dificil a decifração rápida e por esse fato, a compreensão do conteúdo

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