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CONSTITUIÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO PRESENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  10/3/2018  •  1.979 Palavras (8 Páginas)  •  298 Visualizações

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crianças, analisando sempre as práticas de cuidado e educação que estão sendo adotadas.

A avaliação é instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica na busca de melhores caminhos para orientar as aprendizagens das crianças. Ela deve incidir sobre todo o contexto de aprendizagem: as atividades propostas e o modo como foram realizadas, as instruções e os apoios oferecidos às crianças individualmente e ao coletivo de crianças, a forma como o professor respondeu às manifestações e às interações das crianças, os agrupamentos que as crianças formaram, o material oferecido e o espaço e o tempo garantidos para a realização das atividades. Espera-se, a partir disso, que o professor possa pesquisar quais elementos estão contribuindo ou dificultando as possibilidades de expressão da criança, sua aprendizagem e desenvolvimento, e então fortalecer, ou modificar, a situação, de modo a efetivar o Projeto Político-Pedagógico de cada instituição.

Também é fundamental que o espaço das creches e pré-escolas estejam organizado de modo a garantir que as crianças possam brincar e interagir, para que, então, os professores possam observá-las, avaliando como se relacionam com as demais crianças, como utilizam os brinquedos, como estão se desenvolvendo em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.

Construir um ambiente alfabetizador exige-se muita dedicação, inovação e criatividade do educador para promover a aprendizagem dos alunos, e convivam com diversas formas de leitura e escrita. Portanto, recortes, imagens de animais, os trabalhos feitos pelas crianças poderão ser expostos em um mural na sala de aula. O papel do professor é criar e manter um clima de pesquisas e descobertas, os alunos com suas descobertas saberão a importância de ler e escrever, e então darão início ao processo que fará deles, escritores e leitores competentes. É importante que os materiais utilizados no ambiente alfabetizador, estejam ao alcance da criança, porque influi em seu interesse. Materiais ricos em cultura escrita como jornais, revista, livros e gibis, podem ser trabalhados como variados textos para o desenvolvimento do saber da criança.

Não se pode esquecer que, em geral, as possibilidades e limites de métodos de alfabetização estão ligados aos métodos de ensino que, ao serem produzidos paralelamente, dão ao ensino um ordenamento mais amplo e interferem em todos os conteúdos da instrução e formação. As relações entre as formas de organização do ensino, os paradigmas sobre o papel da escola e sobre o aprendizado vão repercutir historicamente em métodos de alfabetização: seja para reforçar alguns deles, seja para negá-los.

O ambiente educativo entendido como espaço de sociabilidade e de aprendizagens previstas pela ação pedagógica se constitui no lugar de experiências significativas e compartilhadas das vivências cotidianas dos sujeitos envolvidos. É, segundo a psicogenética walloniana, o meio no qual ocorre o desenvolvimento infantil. “Nesta teoria, o conceito de meio inclui a dimensão das relações humanas, a dos objetos físicos e a dos objetos de conhecimento, todas elas inseridas no contexto das culturas específicas” (GALVÃO, 1995, p. 100).

Muitos fazeres enaltecem as rotinas na educação infantil e criam possibilidades de cuidado e aprendizagem. A maneira como o educador organiza e compreende cada um desses momentos enriquece ou empobrece esses momentos. O educador pode simplesmente realizar as atividades como algo mecânico e repetitivo ou aproveitar esses momentos para educar e brincar. Desse modo, a hora da roda de conversa é um momento muito rico no contexto da educação infantil, um espaço possibilitador de muitas aprendizagens como desenvolver a oralidade e a esperar sua vez para falar. É importante pensar que a roda não pode ser considerada a única oportunidade para diálogo, ao contrário, é mais uma opção durante todo o dia e uma mola propulsora das habilidades do grupo.

De acordo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:

“Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papeis sociais. (BRASIL, 1998, p. 22).”

Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos. O que traz a ludicidade para a sala de aula é muito mais uma “atitude” lúdica do educador e dos educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva.

Seja material ou humano, tudo o que está presente no ambiente em que a criança está inserida faz parte desse contexto e servirá como aporte para os processos interativos que implicam confronto de interesses e de possibilidades, ora conjugando desejos e compartilhando conhecimentos, ora expondo conflitos necessários muitas vezes ao processo de desenvolvimento e aprendizagem.

Concordando com Suzuki (2012), independente de classe social, credo, cor e raça toda criança tem necessidade de brincar, e deste modo a escola juntamente com a familia devem se unir na busca pelo resgate ludico infantil.

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3 - Considerações Finais

Com base nas informações acima, é percebível que as modificações quanto à concepção de infância, embora lentas, vem caminhado para melhor; ainda há muito que se fazer para garantir o direito de desenvolvimento pleno dessas crianças. Embora tenhamos uma vasta legislação que se propõe amparar a criança desde o nascimento, sabemos que na prática muitos desses direitos são deixados de lado.

O planejamento e a avaliação na educação infantil também são muito importantes, pois, acompanham o desenvolvimento das crianças, analisando sempre as práticas de cuidado e educação que estão sendo adotadas, onde muitos fazeres enaltecem as rotinas e criam possibilidades de cuidado e aprendizagem.

Cuidar e educar significa compreender que o espaço e tempo em que a criança vive exige seu esforço

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