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Atps ed especial

Por:   •  23/1/2018  •  3.948 Palavras (16 Páginas)  •  289 Visualizações

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Nos casos onde a integração do indivíduo com deficiências não é alcançada nas classes do ensino regular o documento possibilita ainda a oferta de educação especial em escolas especializadas.

Seja como for, é apontada com alternativa preferencial a ampliação do atendimento ao educando com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino.

Propõe inclusive, que as instituições regulares de ensino estendam aos educando com necessidades especiais currículos, técnicas, recursos educativos, organização e terminalidade específica, bem como professores especializados na área e / ou sua capacitação.

Então parece que a questão mais urgente aqui não concerne apenas ao estabelecimento de um marco divisório que delimite o que está dentro (incluso) ou fora (excluso) do escopo educacional. Está, sobremaneira, falando a respeito da questão em torno de como se dará esta inclusão e o contexto em que ela ocorre.

Igualmente, e principalmente, quanto aos partícipes implicados neste processo. Concordo com Sekkel (2003, p. 22), quando afirma que: Ao falar de inclusão [...] o primeiro movimento é esse: incluir a nós mesmos.

Ter a coragem de abandonar (que seja por alguns momentos) essa identidade forjada pelas imposições da sobrevivência nesse mundo competitivo e tomar consciência, dar corpo as outras possibilidades, de ser. Temos que ouvir o chamado da vida em nós, daquilo que participamos como parte e como posse. [...]. A inclusão é movida pela realidade e pelo desejo, daquilo que tenho e daquilo que desejo alcançar. Penso a inclusão não como um contrato ou um dever, mas como uma possibilidade de encontro e de realização, fundada na confiança na própria vida, e como um direito de todos de pertencer aos grupos e outras formas de organização humana.

Existe assim a inclusão que defendemos e a que desejamos, e também aquela que tem acontecido no cotidiano das escolas que se denominam inclusivas. Além dos questionamentos já levantados sobre a educação em geral, algumas perguntas continuam se fazendo necessárias e permanecem sem respostas.

A prática da inclusão social repousa em princípios tais como a aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da cooperação.

POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

A matriz da política educacional de inclusão é a Declaração Mundial de Educação para Todos e o Plano Decenal de Educação para todos. (BRASIL, 1993). A Declaração Mundial para Todos propõe uma educação destinada a satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem, o desenvolvimento pleno das potencialidades humanas, melhoria da qualidade de vida e do conhecimento, bem como a participação do cidadão na transformação cultural de sua comunidade.

Estes conceitos foram aprofundados e divulgados com a Declaração de Salamanca e com a Política Nacional de Educação Especial. A PNEE, em particular trouxe importantes modificações nos objetivos e formas de atendimento na educação especial, fixando como meta incluir todas as crianças, inclusive as que têm deficiências graves ou dificuldades de aprendizagem no ensino regular. (BRASIL, 1994).

Quais as principais características de uma escola inclusiva?

De acordo com os princípios e fins da educação nacional, a educação é inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. A prática pedagógica é um elemento- chave na transformação da escola, estendendo essa possibilidade de transformação à sociedade.

Em função do tema da diversidade, as práticas pedagógicas têm caminhado no sentido da pedagogia das diferenças (MENDES, 2002).

Promover a inclusão significa, sobretudo, uma mudança de postura e de olhar acerca da deficiência. Implica em quebra de paradigmas, em reformulação do nosso sistema de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual o acesso, o atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidade.

Segundo Mantoan (2003), a “inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral”.

Portanto, diz que uma escola é inclusiva quando não exclui alguns de seus alunos (crianças e jovens) candidatos à matricula em razão de qualquer atributo do tipo: gênero, cor, deficiência, cognição, classe social, condições de saúde e outros.

Numa escola inclusiva, todos os alunos, com ou sem alguns desses atributos individuais, estudam juntos nas mesmas classes. A escola deve ser um espaço para transformações, para elaboração mútua e para criatividade. Desta forma, precisamos de uma escola que não tenha medo de arriscar, que tenha muita coragem para criar e questionar o que está estabelecido em busca de rumos inovadores, necessários à inclusão. (REGO, 1995).

Os benefícios que a inclusão propicia à escola são muitos, dependendo de quanto empenho ela invista na implementação de uma filosofia da inclusão no ambiente escolar. Alguns exemplos de benefícios são: melhoria nas relações entre os estudantes, entre estes e os professores; melhoria na qualidade de ensino e no desempenho escolar de todos os alunos; maior satisfação de alunos e professores; melhoria da imagem da escola perante as famílias e a comunidade local.

Portanto, a questão da inclusão escolar vai muito além de um ‘modismo’; trata-se de uma necessidade. Como educadores, não podemos mais ‘brincar de ensinar’; por outro lado, aos educando, ‘fingir que aprende’. Educação para todos, sem distinção de raça, cor, religião e capacidade de aprendizagem, é o princípio básico da inclusão.

Como diz Mantoan (1997), ‘[...] cabe à escola encontrar resposta educativas para as necessidades de seus alunos e exigir delas uma transformação. ’’ No processo de inclusão a escola seria, então, o meio pelo qual a própria adapta-se, transforma-se para poder inserir crianças e jovens que apresentem dificuldades, necessidades educativas especiais, ou ainda talentos que estão em busca de seu pleno desenvolvimento e exercício da cidadania.

Portanto, a escola deve ser aberta, pluralista, acolher a todos, respeitar as diferenças individuais

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