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Alfabetização: Um Desafio da Escola Pública

Por:   •  23/6/2018  •  11.789 Palavras (48 Páginas)  •  413 Visualizações

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Key-words: Construtivism. Letterment. Literacy.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................

10

2 A HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL .................................................

11

2.1 A ‘‘ALFABETIZAÇÃO’’ NA COLÔNIA ................................................................

12

2.2 A ALFABETIZAÇÃO A PARTIR DA REPÚBLICA

13

3 AS CAMADAS POPULARES E O ANALFABETISMO ...........................................

19

3.1 ALFABETIZAÇÃO E CIDADANIA ........................................................................

24

3.2 O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO ....................................................................

29

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................

35

REFERÊNCIAS .................................................................................................................

39

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho monográfico contempla aspectos relacionados à alfabetização, e está dividido em três capítulos. O primeiro trata da história da alfabetização no Brasil, apontando as formas de alfabetizar existentes desde a época da colonização aos dias atuais. Ou seja, dos métodos: sintético, analítico, analítico-sintético e o construtivista. Já o segundo capítulo evidencia as possíveis causas e soluções do analfabetismo. Para isso, recorremos ao letramento e ao construtivismo. Por fim, vêm os dados de analfabetismo e evasão, com o intuito de provocar uma reflexão. Logo, a busca por uma melhor qualidade, ao falar em alfabetização.

Nessa perspectiva, discorremos, de forma objetiva e sucinta, sobre os avanços e permanências em relação à situação da alfabetização na escola pública brasileira, que penaliza principalmente os menos favorecidos economicamente em favor de um elitismo dominante. Frente a isso, surgiu o desejo em contribuir com boa parte dos educandos frequentadores destas instituições públicas, pois muitos deles não conseguem alfabetizar-se. E mesmo os que aprendem a ler e escrever, não conseguem entender ou compreender o que lêem. Logo, não podem fazer uso dessa leitura e dessa escrita na vida prática, fato que comprova a não existência da significação e da adequação dos métodos ou instrumentos, fase de aprendizagem do aluno, tão falada e pouco utilizada em sala de aula.

Nesse sentido, apontamos nesse trabalho a perspectiva construtivista da alfabetização, bem como o letramento, como fundamentais à diminuição dos números de analfabetos e iletrados, na busca de uma sociedade mais justa e igualitária, na qual todos tenham os mesmos direitos e deveres, para assim participarem de forma efetiva. Ou seja, que todos possam ser efetivamente cidadãos.

Em linhas gerais, esse trabalho se caracteriza por identificar as maiores dificuldades dos alunos de escola pública em relação ao processo de alfabetização, bem como possibilitar as possíveis soluções a partir da pesquisa.

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2 A HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL

Sabemos que, historicamente, a alfabetização se restringiu às camadas dominantes, que excluíam as classes populares da aquisição do saber. Fato este que, em nossa realidade (Brasil), existe desde a colonização, como nos diz Ramonelli:

A primeira condição consistia na predominância de uma minoria de donos de terras e senhores de engenhos sobre uma massa de agregados escravos. Apenas àqueles cabia o direito a educação e, mesmo assim, em número restrito, porquanto estavam excluídos dessa minoria as mulheres e os filhos primogênitos, aos quais se reservava a direção futura dos negócios paternos [...] era, portanto, a um limitado grupo de pessoas pertencente à classe dominante que estava destinada a educação (1984, p. 33).

Dessa forma, podemos entender ao menos em parte, os motivos da alfabetização não ter se tornado ainda um direito de todos, mesmo tendo ‘‘iniciado’’ há tantos séculos. Deparamo-nos facilmente com crianças que freqüentam a escola, mas não sabem ler, escrever ou entender textos simples. Situação essa que, na maioria dos casos, não se deve a distúrbios orgânicos dos alunos, como nos diz Zorze (2006, p. 24-26): “Pois os dados da Organização Mundial de Saúde mostram que entre 10% e 15% do total de crianças com problemas de aprendizagem apresentam problemas orgânicos, mas o índice de fracasso escolar atinge 40% ou mais”. Fato esse que comprova que o fracasso escolar, em muitos casos, não se deve ao aluno, mas ao sistema, que tem como foco os interesses de uma ideologia elitista e excludente, que ultrapassa os séculos e consegue chegar aos dias atuais, como nos alertam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Fundamental, em especial, o da introdução (BRASIL..., 1997, p. 25), ao dizer que: “As taxas de repetência evidenciam a baixa qualidade do ensino e a incapacidade dos sistemas educacionais e das escolas de garantir a permanência do aluno, penalizando principalmente os alunos de nível baixo.”

Com a explanação deste breve histórico, que evidencia a permanência de uma classe dominante e outra dominada na sua relação com a alfabetização, começaremos nosso trabalho, falando sobre a história da alfabetização brasileira, levando em conta este contexto, para termos uma visão ampla sobre os problemas atuais que estão impregnados na educação, logo, na alfabetização.

2.1

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