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ESCOLA E FAMILIA: UM GRANDE DESAFIO

Por:   •  20/2/2018  •  4.666 Palavras (19 Páginas)  •  352 Visualizações

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A escola só tem acesso ao estudante por algumas horas do dia e por isso precisa voltar seu olhar para o ambiente familiar, buscando formas de parcerias com a família, trazendo-a para o convívio da escola, mostrando-lhe quão importante é sua participação, contribuindo com a melhoria da qualidade de ensino dos (as) seus (suas) filhos (as).

É diante do exposto, que este trabalho teve o propósito de sistematizar de forma preliminar, algumas questões presentes tanto nas famílias como nas escolas públicas de Araguaína, de modo a contribuir com a problemática da "falta de participação das famílias na vida escolar de seus (suas) filhos (as)".

- ESCOLA E FAMÍLIA

- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As idades ou fases da vida, como eram chamadas no século VXII, era uma forma de conceber a biologia humana e correspondiam no espírito daquelas pessoas noções positivas, que passavam do domínio da ciência para o domínio do senso comum e tinham para a ciência a mesma importância que o peso ou velocidade possui nos dias atuais. Segundo (Àries, 1981, p. 36):

”A primeira idade é a infância que planta os dentes, e essa idade começa quando a criança nasce e dura até os sete anos, e nessa idade aquilo que nasce é chamado enfant (criança), que quer dizer não falante, pois nessa idade a pessoa não pode falar bem nem formar perfeitamente suas palavras, pois ainda não tem seus dentes bem ordenados nem firmes. Após a infância, vem a Segunda idade, que se chama puerita e é assim chamada porque nessa idade a pessoa é ainda como a menina do olho, e essa idade dura até os 14 anos. Depois vem a terceira idade que era chamada de adolescência que durava até os 28 anos e podia inclusive estender-se até os 35 anos (...). Depois se seguia a juventude (...) após essa idade seguia-se a velhice”

Hoje estas definições podem nos parecer vazias, mas na época eram noções cientificas e correspondiam a um sentimento popular e comum da vida.

A criança era vista como algo insignificante, tendo pouca importância para a própria família. (AIRÈS, 1973/1981, p.10) afirma que:

“A passagem da criança pela família e pela sociedade era muito breve e muito insignificante para que tivesse tempo ou razão de forçar a memória e tocar a sensibilidade. (...) se ela morresse então, como muitas vezes aconteciam alguns podiam ficar desolados, mais a regra geral era não fazer muito caso, pois outra criança logo substituiria”.

Esse sentimento de desinteresse pela infância era notado inclusive a períodos anteriores da história, como por exemplo, no ato de abandonar bebês, que era um fenômeno presente nas grandes civilizações da Antiguidade.

Na sociedade medieval, o sentimento de infância não significava o mesmo que afeição pelas crianças correspondia à consciência da particularidade infantil, que distinguia essencialmente a criança do adulto e só.

Era esse tratamento e sentimento dispensado às crianças. Precisamente na Europa desde o início da Idade Média, crianças eram abandonadas em grande número e a pobreza dos pais era aceita como justificativa para tal ato.

Na tradição judaica existem dois exemplos de abandono de bebês: o primeiro é o de Ismael, filho de Abraão e de sua escrava Agar. O segundo é o caso de Moisés, abandonado num cestinho à beira do rio Nilo.

De uma forma geral na Grécia antiga os bebês nascidos disformes deveriam ser expostos e freqüentemente eram abandonadas as meninas. O poder do pai era absoluto, permitindo-lhe matar, vender ou expor seus filhos recém-nascidos. O aborto era legítimo e o infanticídio admitido.

Em Roma igualmente, um recém-nascido só era aceito mediante aprovação do pai. O aborto era legalizado e o infanticídio de filhos de escravas era uma prática comum. Os pequenos abandonados estavam submetidos à má sorte de serem submetidos a abusos, estropiados para servirem de mendigos, a prostituição ou à escola de gladiadores, transformados em servos ou eunucos.

Por volta do século XIII, surgiu uma iconografia nova e formou as crianças a se tornaram uma personagem freqüente das pinturas anedóticas um pouco mais próximas do sentimento moderno. O primeiro tipo foi o do anjo, representado sob a aparência de um rapaz jovem, que representava a idade do pequeno clérigo, que eram educados para ajudar nas missas. O segundo tipo de criança era a imagem do menino Jesus ou Nossa Senhora menina, porque a infância se ligava ao mistério da maternidade da Virgem. O terceiro tipo apareceu na fase da gótica, a imagem da criança nua, castamente enrolada em cueiros ou vestidos com uma camisa.

No entanto, pode-se perceber o surgimento a partir do século XIII do gosto pelo retrato da criança, em que elas começam a sair do anonimato. Um exemplo é o surgimento de retrato de crianças mortas, os que demonstram que elas já eram dignas de lembrança e as famílias agora queriam possuir retratos de seus/suas filhos/as, um costume que perdura até hoje.

Os trajes também são formas de interpretarmos a história. Os trajes usados pelas crianças até o século XIII mostram o quanto à infância era tão pouco particularizado. Na Idade Média vestiam-se indiferentemente todas as classes de idade, preocupava-se apenas em destacar os graus de hierarquia social. Nenhum detalhe no traje distinguia uma criança de um adulto. Só a partir do século XVII, as crianças tinham um traje reservado para a sua idade, que a distinguia dos adultos. No entanto, essa diferenciação de trajes não era observada nas meninas. Estas, no momento em que deixavam seus cueiros, eram logo vestidas como mulherzinhas.

Na sociedade medieval, o sentimento de infância não significava o mesmo que afeição pelas crianças correspondia à consciência da particularidade infantil, que distinguia essencialmente a criança do adulto e só.

Era esse tratamento e sentimento dispensado às crianças. Precisamente na Europa desde o início da Idade Média, crianças eram abandonadas em grande número e a pobreza dos pais era aceita como justificativa para tal ato.

Por outro lado, a partir do século XII os municípios se encarregavam dos expostos em seus territórios e buscavam reencontrar a origem das crianças, para se exonerarem de despesas com sua criação.

A partir do século XVII entre os moralistas e os educadores, formou-se outro sentimento da infância, que mais tarde inspirou toda a educação do século XX, que se exprimia agora através do interesse psicológico

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