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Afetividade

Por:   •  26/4/2018  •  8.821 Palavras (36 Páginas)  •  242 Visualizações

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Com o surgimento das novas tendências pedagógicas houve uma subversão, dentro das salas de aulas os alunos passam a serem o centro do processo pedagógico e os professores deixam de serem vistos como autoridades supremas dentro de sala. Quando estes passam a serem vistos seres sociais movidos a razões e emoções e dependentes de afeto.

O afeto dentro da sala de aula é uma questão que vem desencadeando muitas discussões por parte de pais e educadores, quando estes percebem a importância da relação afetiva dentro das salas de aula. Visto que a afetividade implica diretamente no: desenvolvimento emocional e afetivo, na socialização, relação social, sobretudo na aprendizagem.

Ao negligenciar a afetividade em sala, o professor estará cortando laços emocionais que possibilitem o melhor aprendizado dos seus alunos. Como não existe e nunca existira um padrão de aluno os professores devem estar aptos para lidar com educando procedente de diferentes classes sociais. Assim sendo é cada vez maior o número de problemas emocional concentrado dentro de sala. Pois as transformações sociais trouxeram para a sociedade novos formatos familiares; são filhos de casais separados, pais e mães solteiros, filhos de relações extraconjugais, casais de homossexuais, entre outros casos inusitados.

Muitas destas crianças ainda convivem com o fato de seus pais estarem sempre ocupados tentando garantir o pão de cada dia, onde acabam se descuidando do amparo necessário ao desenvolvimento emocional e afetivo e especialmente do processo de ensino-aprendizado de seus filhos. Evidenciando que todos os problemas acima citados desencadeiam a carência afetiva, afetando-os em seu desenvolvimento e, sobretudo em seu desempenho escolar.

Já nos primeiros anos de vida as crianças começam a frequentar instituições de ensino. O primeiro contato com o mundo escolar se dá nas instituições da educação infantil de zero a três e nelas começam a se familiarizar com os conteúdos disciplinar e ainda existe contato sócio- afetivo entre o aluno e professor. Este primeiro contato que influenciara o interesse destas crianças ao mundo escolar, diminuindo o índice de evasão e repetências nas salas de aulas que as sucedem.

Assim é necessário refletir e entender que a afetividade é o grande estimulante na efetivação do conhecimento. É preciso também repensar posturas, crenças, valores e criar situações educativas que despertem o interesse e a motivação dos nossos alunos pelos estudos.

O ato de educar só terá sucesso se houver uma relação afetiva entre professor e aluno, caso contrário a aprendizagem não será significativa e não preparará o indivíduo para uma vida futura, deixando lacunas no processo ensino aprendizagem.

1.5 OBJETIVOS:

1.5.1 Geral

- Explicitar a importância do relacionamento afetivo entre professor e aluno no maternal da Educação Infantil.

1.5.2 Específicos:

- Apontar a importância da boa relação professor aluno na escola;

- Analisar a afetividade e sua influência no processo de ensino e aprendizagem;

- Defender como a afetividade entre Professor e Aluno pode melhorar processo de ensino-aprendizagem;

- Evidenciar que a relação professor e aluno que não aborde a emoção sócio-afetiva trazem prejuízo para a ação pedagógica.

CAPÍTULO II REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Afetividade x Aprendizagem

2.1.1 Afetividade: Alguns pressupostos

A palavra afeto vem do latim affectur (afetar, tocar), segundo caracterização da Enciclopédia Larrousse Cultural (1998) afetividade é um conjunto de fenômenos psíquicos relacionado aos mais diversos termos: emoção, estado de humor, motivação, sentimentos, personalidade entre outros tantos.

A afetividade ocupa lugar central, tanto do ponto de vista da construção da pessoa quanto do conhecimento, sua manifestação se dá nos primeiros anos de vida, neste momento a afetividade reduz-se praticamente as manifestações fisiológicas da emoção, se não fosse a mãe atender o choro do bebê que ecoa aos seus ouvidos, certamente este bebe pereceria. Neste sentido Wallon considera a emoção fundamentalmente social é ela que fornece os primeiros vínculos entre os indivíduos.

As manifestações como: choro, risos, bocejos, movimentos dos braços e pernas, estas basicamente orgânicas (primeiras expressões de sofrimento e de prazer que a criança experimenta), às manifestações relacionadas ao social (sentimento, paixão, emoção, humor.etc), depende extremamente do convívio com o outro.

As psicólogas Claudia Davis e Zilma de Oliveira em seus estudos retratam que:

A presença do adulto dá a criança condições de segurança física e emocional que a levam a explorar mais o ambiente e, portanto a aprender. Por outro lado, a interação humana envolve também a afetividade e a emoção como elemento básico(1998:83:84).

A emoção se dá presente na relação entre os indivíduos o tempo todo, influenciando na velocidade com que se constrói o conhecimento. Portanto o processo de aquisição do conhecimento(cognição) e o afeto constituem aspectos inseparáveis, presente em qualquer atividade.

Assim a afetividade pode ser considerada a mola propulsora das ações dos indivíduos. E reconhecer a afetividade como parte integrante do processo de construção do conhecimento, implica um outro olhar sobre a pratica pedagógica, percebendo o sujeito como um ser intelectual e afetivo, que pensa e sente simultaneamente, não restringindo o processo ensino-aprendizagem apenas à dimensão cognitiva.

2.1.2 Afetividade segundo Henri Wallon (1879-1962)

Wallon foi um autor muito importância na discussão sobre a afetividade em relação ao ensino aprendizagem, elaborando a teoria psicogenética para explicar a sua visão sobre afetividade no processo de desenvolvimento cognitivo. Esta teoria parte da interação genética da espécie com os fatores externos provenientes do meio ambiente, seu foco de estudo e a interação da criança com o meio, o modo com que as pessoas se relacionam com as crianças influenciam nas habilidades que ela poderá vir a ter com o passar dos anos

O autor defende que a criança depende por muito

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