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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  25/3/2018  •  6.041 Palavras (25 Páginas)  •  338 Visualizações

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Ressalta-se que nesse período o cuidar e o educar são de suma importância, sendo esses subsídios essenciais para a formação de um ser crítico, autônomo, dentro da sociedade contemporânea. Entretanto, percebe-se que alguns estudos realizados são voltados para o mundo da criança, seu método de aprendizado e desenvolvimento em diferentes eixos temáticos, porém, ainda são poucos os que dizem respeito à afetividade e suas contribuições educacionais ainda deixam a desejar.

Diante disso, é necessário ver na prática como essa realidade acontece. Por esta razão, esse estudo, teve como metas principais entender a importância dos fenômenos afetivos na escola e na família, identificar até que ponto a afetividade docente pode determinar dificuldades na aprendizagem da criança e verificar que ações pedagógicas podem favorecer a afetividade na relação professor/aluno. Para o alcance dessas metas e do objetivo supracitado, foi realizada uma pesquisa de campo na Escola Municipal Deputado Heraldo Rocha, na Educação Infantil com crianças na faixa etária de quatro a cinco anos, com professores do quadro que compõe a mesma e com pais de alunos.

Salienta-se também, que o educador é um referencial para a construção da personalidade da criança, pois ele é quem passa maior parte do tempo em contato com a mesma dentro da instituição de ensino, tendo ele o dever de proporcionar momentos de harmonia, dando a atenção devida ao desempenho escolar do educando; e a família, igualmente, exerce uma função essencial na constituição das experiências interpessoais; ambos têm grandes influências na formação integral do indivíduo.

Para melhor compreensão dessa temática e da problematização desta pesquisa, este artigo está dividido em seções, constando na primeira, o referencial que apresenta a Infância e sua Importância na Educação infantil, os principais saberes para a docência e como a Instituição escolar pode transmitir o conhecimento. Na segunda seção, o artigo apresenta o conceito de afetividade segundo diferentes teóricos, no entanto, com maior aprofundamento nos estudos de Henri Wallon. Ademais, nesta seção enfatiza-se sobre o vínculo afetivo na relação familiar, bem como a Afetividade Docente e sua influência no ensino- aprendizagem na Educação Infantil.

Já na terceira seção, a pesquisa direciona-se em distinguir todos os aspectos concernentes à escola pesquisada, além de buscar explicar os diversos modos do trabalho realizado na pesquisa de campo, oferecendo destaque desde o procedimento sobreposto, às ferramentas empregadas nesse contexto, dando destaque também para os métodos relacionados com a análise dos dados coletados, ou seja, apresenta-se a abordagem metodológica da pesquisa realizada.

- EDUCAÇÃO INFANTIL E A LEGISLAÇÃO

A Educação Infantil está relacionada a todos os processos educativos vivenciados pelas crianças pequenas, seja no âmbito familiar, no meio social em que a mesma está inserida. Mesmo antes de freqüentarem uma instituição escolar, esse modelo de saber está presente, sendo adquirido no dia-a-dia, no convívio com o outro, principalmente na convivência familiar, onde a participação da mesma é essencial para o desenvolvimento da aprendizagem do indivíduo.

Percebe-se que este modelo de ensino engloba todas as modalidades de educação, indo muito além da sala de aula, pois, desde pequenas, as crianças são introduzidas em um amplo processo pelo qual as aptidões, as capacidades, as informações, as condutas ou valores são obtidos através das relações vividas no cotidiano. Entretanto, a formação do sujeito é de responsabilidade da instituição escolar e/ou familiar, em transformar indivíduos críticos, com plena consciência da sua função neste mundo globalizado.

A Educação Infantil, não é um ensino restrito, ela está inserida a um conjunto de normas e regras que foram constituídas ao longo do tempo, por meio de lutas e conquistas, na garantia de melhorias educacionais. E foram nos meados do século XIX, que esse modelo específico teve um grande avanço, em que a mulher começou a ser introduzida no mercado de trabalho, criando desta maneira, a necessidade do provimento dos cuidados imprescindíveis à sobrevivência das crianças pequenas, passando elas a ser o núcleo dos interesses educativos, instância que deram início a transformações e mudanças voltadas para a educação das crianças, sendo ela [...] “entendida como parte de uma política de apoio à família e como parte de uma política de apoio ao trabalho” (LOPES, MENDES e FARIA 2005, p. 23).

A partir daí, surgiram-se os primeiros ambientes educacionais para que as crianças fossem atendidas, fora do ambiente familiar, em estabelecimentos de caráter beneficente, com um padrão de formação voltado para os costumes e principalmente para os valores religiosos. Com o passar dos anos, este modelo de educação passou então a ser bem mais reconhecido através da ampliação das políticas governamentais.

ANDRADE, (2010, p.13) expressa que:

A Carta Magna estabeleceu a responsabilidade do Estado pela educação infantil em creches e pré-escolas, conforme o artigo 280, inciso IV, e também o direito dos trabalhadores (homens e mulheres) em ter assegurada a assistência gratuita aos seus filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos em creches e pré-escolas. [...] Conforme o artigo 211, § 2o, foi determinado que os municípios atuassem prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil, revelando o princípio da descentralização da educação por meio de uma política de desarticulação entre as esferas do governo e a indefinição de papéis no atendimento aos diferentes níveis de ensino.

Observa-se que foi a Constituição de 1988, que determinou o Estado como o responsável pela educação das crianças de zero a seis anos em creches e pré – escolas, focando na provisão das necessidades básicas da criança, o que exigiu do mesmo a elaboração de dispositivos processuais adaptado ao conjunto de normas da Convenção, da mesma forma, a execução de políticas públicas em conservação aos direitos da criança que determina o direito à educação, frente às suas necessidades.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, sobre a Educação Infantil, traz mais alterações, melhorando o ensino infantil e tornando-o como o início o da educação básica, tendo como alvo o desenvolvimento integral da criança de zero a seis anos de idade, resolvendo no título V, capítulo II, seção II, Art. 30 que a educação pré-escolar será oferecida em:

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